Grávidas não vacinadas contra a covid-19 tem cinco vezes mais chance de morrer
Letalidade da covid-19 em casos graves é de 14,6% para grávidas não vacinadas e de 3,2% para gestantes imunizadas
Dados podem estar represados em função do apagão do Ministério da Saúde
Uma mulher grávida que não se vacinou se vacinou contra a covid-19 tem cinco vezes mais chances de morrer em decorrência da doença do que uma gestante imunizada. É o que mostra um levantamento feito pelo Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19, (OOBr COVID-19), com base dos dados oficiais.
Pesquisadores alertam que o número pode ser ainda maior e pode estar subrepresentado em função do apagão de dados. Com a ômicon, a situação pdoe ser ainda mais grave.
“O Observatório Obstétrico Brasileiro COVID-19, OOBr COVID-19, faz alerta sobre a importância da vacinação contra o SARS-CoV-2 entre as grávidas e aquelas que foram mães recentemente. Pesquisa baseada em estatísticas oficiais evidencia a relevância da imunização, ao concluir que gestantes e puérperas hospitalizadas sem qualquer vacinação têm 5,26 vezes mais chances de ir a óbito do que aquelas que receberam duas doses”, explicaram os pesquisadores.
Considerando apenas casos graves, a letalidade da covid entre gestantes e puérperas não vacinadas é de 14,6%; entre mulheres grávidas com apenas usa dose, o índice cai para 9,3%. Caso a mulher tenha as duas doses, a letalidade de casos graves é ainda menor, de 3,2%.
Dos casos de gestantes e puérperas internadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave por covid-19, isto é, casos graves, e que têm informação sobre vacinação contra covid-19, 80,4% não tomaram nenhuma dose da vacina. Ao mesmo tempo, entre as mulheres grávidas internadas e com casos graves da doença, apenas 4,3% tomaram as duas doses do imunizante.
Não vacinados nas UTIs
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu que a maioria dos internados em Unidades de Terapia Intensiva é de pessoas não vacinadas. A declaração foi dada durante o recebimento do primeiro lote de vacinas pediátricas da Pfizer, que chegou ao país nesta quinta-feira (13).
“Aqueles que se internam nos hospitais e nas unidades de terapia intensiva, a grande maioria são indivíduos não vacinados”, declarou Queiroga. “Países que estão fortemente vacinados, como o Brasil, têm mais possibilidade de passar pela variante ômicron e outras variantes que, por acaso, surjam desse vírus que tem grande capacidade de gerar mutações.”
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