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Documento divulgado na quinta-feira 3 também fala em tributar ganhos de capital
O relatório “Tax Policy Reforms 2020” afirma que os governos começarão a procurar formas de restaurar as finanças públicas, “mas eles não podem recorrer às receitas tradicionais de aumento de receita”.
No documento, Pascal Saint-Aman, diretor do Centro de Política e Administração Fiscal da OCDE, observa que aumentar os impostos sobre o trabalho e o consumo não é desejável do ponto de vista da equidade.
“Os governos precisarão encontrar fontes alternativas de receita. A tributação sobre a propriedade e ganhos de capital terá um papel importante a desempenhar, particularmente num contexto de melhorias significativas na transparência fiscal internacional”, diz.
O texto sugere que os governos devem mostrar agilidade e manter as medidas de apoio pelo tempo que for necessário para evitar sequelas da crise.
“Pelo momento, o foco deve ser colocado na retomada da economia. Uma vez que a retomada esteja solidamente estabelecida, em vez de voltar ao status quo, os poderes públicos deverão aproveitar a ocasião para construir uma economia mais verde, mais inclusiva e mais resiliente”, escreveu Saint-Aman. “É preciso dar a prioridade à reforma fiscal ambiental e às políticas fiscais visando reduzir as desigualdades”, completou.
Pós-pandemia
Para a OCDE, os países poderão explorar muitas opções assim que a crise causada pelo novo coronavírus passar.
Vários países, de acordo com a entidade, já anunciaram que pretendem buscar novas fontes de receita, incluindo taxas de carbono, cobrando dos poluidores.
Segundo o documento, a situação das finanças públicas e demandas crescentes por uma repartição mais equitativa da carga fiscal deverão dar um novo impulso a um acordo global sobre a taxação da economia digital.
A OCDE mostra uma evolução na tributação do patrimônio em relação a anos anteriores, com adoção de várias reformas nessa área para aumentar a cobrança de imposto.
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