O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
Especialistas recomendam linhas de crédito especiais para a implementação de novas tecnologias no setor produtivo
Redação | Atualizado
A pesquisa da CNI indica que as empresas de menor porte encontram-se mais atrasadas no processo de implantação da Indústria 4.0
A
insuficiência de recursos próprios e de financiamentos adequados é um
dos principais entraves para o desenvolvimento da Indústria 4.0 no
Brasil. A informação faz parte de estudo elaborado pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI) com empresas de diversos portes, nacionais e
internacionais, que revela os gargalos para apresentar perspectivas e
soluções ao desenvolvimento da Indústria 4.0, que tem como uma das
principais características a incorporação da digitalização à atividade
industrial, integrando tecnologias físicas e virtuais
O estudo
revela que a sensibilização dos representantes das empresas e a criação
de financiamentos específicos para a implementação de soluções
tecnológicas estão entre as principais medidas para preservar e aumentar
a competitividade da indústria brasileira. Na avaliação da CNI, a
abertura de linhas como a BNDES Crédito Serviços 4.0, pelo Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e a Inovacred
4.0, lançada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), representa
um avanço.
"As principais nações industrializadas
inseriram o desenvolvimento da Indústria 4.0 no centro das estratégias
de política industrial para preservar e aumentar sua competitividade. O
Brasil precisa fazer o mesmo. A capacidade de a indústria brasileira
competir internacionalmente dependerá da nossa habilidade de promover
essa transformação", analisa Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de
desenvolvimento industrial da CNI.
A pesquisa indica
que as empresas de menor porte encontram-se mais atrasadas no processo
de implantação da Indústria 4.0. Mesmo entre as grandes, no entanto,
42,1% das entrevistadas não haviam iniciado o processo de incorporação
de tecnologias aos seus processos. Segundo a publicação, a origem do
capital não é fator determinante para a implementação de novas
tecnologias. O percentual das estrangeiras que não implementaram
projetos (40%) está muito próximo do registrado nas empresas nacionais
(50%). Entre as empresas multinacionais entrevistadas, foi comum
encontrar aquelas que não tinham autonomia decisória e que consideravam
sua situação tecnológica atrasada em relação a outras unidades do grupo.
"Uma situação contraditória, em que a multinacional tem mais
acesso à tecnologia e às vantagens decorrentes de pertencer a um grupo
econômico mais complexo, mas padece pela importância, geralmente
subordinada, da unidade brasileira dentro da corporação industrial",
avalia o relatório.
Com base nas restrições apontadas pelos
executivos entrevistados para a implementação da Indústria 4.0, os
especialistas recomendam a sensibilização dos empresários e a
disponibilização de linhas de crédito especiais para a implementação de
novas tecnologias no setor produtivo. Entre as ações objetivas
recomendadas está, entre outros pontos, a concessão de financiamento de
baixo custo para a demanda de soluções tecnológicas no padrão da
Indústria 4.0 e a divulgação de cases de adoção das tecnologias
habilitadoras dessa indústria, para mostrar aos empresários os ganhos
concretos com o investimento.
Segundo
novo estudo, com foco na América Latina e no Caribe, a pandemia
acelerou processo de digitalização já em curso, impactando
principalmente os trabalhadores informais e com baixos salários.
O
Banco Mundial lançou um estudo mostrando como a Covid-19 está
acelerando e aprofundando as transformações no mundo do trabalho, que já
eram visíveis nas últimas décadas. O documento foca na América Latina e
no Caribe.
Antes da pandemia, a região já estava vivendo uma quarta revolução
industrial, marcada pela rápida inovação tecnológica. E, também, pela
desindustrialização prematura, que limitou o aumento do número de vagas
na indústria manufatureira. A América Latina e o Caribe já vinham
sofrendo com o fim da chamada década de ouro, de desenvolvimento
acelerado e melhorias nos indicadores sociais, que ocorreram entre 2002 e
2013.
Investimentos em educação saúde e nutrição melhoram a capacidade produtiva do trabalhador. Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
Empregos em risco
Com o distanciamento social causado pela Covid-19, a digitalização se
tornou mais importante para apoiar as atividades econômicas. Mas ela
também colocou milhares de empregos em risco na região da América Latina
e do Caribe.
Todos esses fenômenos impactaram principalmente os trabalhadores com
baixos salários, sem educação formal e com empregos informais, que
exigem contato direto com o público.
É urgente retomar o crescimento econômico e criar mais e melhores empregos, segundo o novo relatório do Banco Mundial.
Para isso, o documento traz diversas recomendações. Uma delas é
atualizar a legislação trabalhista a fim de incentivar o emprego e
apoiar a formalização. Com mais empregos formais, será possível expandir
a cobertura das políticas de proteção social.
Agência Brasil/Marcelo Camargo
A desaceleracao econômica na América Latina e Caribe e a pandemia prejudicaram os trabalhadores informais.
Capital humano
Outra recomendação é investir em educação, saúde e nutrição, com o
objetivo de melhorar o capital humano, ou seja, a capacidade produtiva
dos trabalhadores. Diante das novas tecnologias de automação, a
reciclagem dos profissionais da América Latina e do Caribe também será
muito importante. Dessa forma, eles estarão prontos para assumir os
postos de trabalho do futuro.
Finalmente, o estudo defende foco nas reformas políticas para
aumentar a produtividade no setor de serviços. Ele já emprega 60% da
força de trabalho da América Latina e Caribe e terá papel cada vez mais
importante nos próximos anos.
Por que ricos ficaram mais ricos e pobreza explodiu na pandemia?. Foto: AFP.
Relatório mostra que as fortunas analisadas passaram de US$ 2,95 trilhões, em março, para US$ 3,8 trilhões, em setembro
Diferentes
relatórios de organizações internacionais indicam que os milionários
ficaram ainda mais ricos durante a pandemia de coronavírus. Os ligados
ao setor digital e de novas tecnologias foram os mais beneficiados no
período. Ao mesmo tempo, o surto de Covid-19 acentua as desigualdades
sociais e aumenta a pobreza no mundo, seja nos países desenvolvidos ou
nos emergentes.
O estudo do Institute for Policy Studies e a Americans for Tax
Fairness revela que a fortuna dos 643 americanos mais ricos cresceu 29%
desde meados de março, quando o coronavírus se espalhava pelo planeta e
obrigava populações inteiras a entrar em quarentena. Comércios fechados,
economia paralisada e explosão do desemprego não abalaram a saúde
financeira desses multimilionários – pelo contrário. O relatório mostra
que as fortunas analisadas passaram de US$ 2,95 trilhões, em março, para
US$ 3,8 trilhões, em setembro.
Os resultados não surpreendem o pesquisador Fernando Burgos,
especialista em desigualdades sociais da Fundação Getúlio Vargas
(FGV-SP). “A desigualdade já estava aumentando e a Covid acelerou um
processo que já vinha acontecendo no mundo todo. Os bilionários ficaram
mais ricos ainda e, do outro lado, temos uma parcela da população que
estava relativamente sob controle – embora sempre estivesse sob o risco
de exclusão social – e agora, efetivamente, caiu”, comenta. “São
pessoas que entraram em uma situação de altíssima vulnerabilidade.”
Valor das ações disparou
O que explica uma performance tão robusta dos ultrarricos?
Valorização das ações na bolsa durante a pandemia. No início de
setembro, outra pesquisa, realizada pela britânica Oxfam, já havia
mostrado que, ao mesmo tempo em que a economia mundial levava um tombo
sem precedentes, algumas das empresas mais valiosas do mundo registravam
lucros extraordinários. As 32 maiores multinacionais devem somar US$
109 bilhões de dólares a mais do que o lucro médio que tiveram nos
últimos quatro anos.
“A maior parte
desses lucros excepcionais devem ser distribuídos para os acionistas.
Nós estimamos que cerca de 90% desse dinheiro será compartilhado entre
eles, uma escolha que tem consequências, afinal exacerba as
desigualdades e faz com que a fortuna dos que já são ricos aumente ainda
mais”, afirma o porta-voz da Oxfam na França, Quentin Parinello. “Nosso
relatório mostra que os 25 bilionários mais ricos do mundo ficaram US$
255 bilhões mais ricos durante a crise, e considerando apenas até meados
de maio.”
Entre eles, estão os CEOs do Facebook, Mark Zuckerberg, da Microsoft,
Bill Gattes, e da Tesla, Elon Musk, que viu sua fortuna aumentar 274%,
conforme o relatório das entidades americanas. Já o dono da Amazon, Jeff
Bezos, que já é o homem mais rico do mundo, ficou 65% ainda mais
afortunado durante a pandemia, beneficiado pelo crescimento mundial da
plataforma em meio à quarentena.
Desinteresse por compartilhamento dos lucros
Quentin Parinello lamenta a escolha das grandes empresas, que
privilegiam a remuneração dos acionistas em detrimento da promoção,
dentro da companhia, de planos estratégicos a longo prazo para
compartilhar melhor os lucros. “Apenas com o dinheiro extra que ganhou
durante a crise, Jeff Bezos poderia distribuir um bônus de US$ 105 mil
para os 875 mil funcionários da empresa – e, mesmo assim, continuaria
tão rico quanto ele era antes da pandemia de coronavírus”, avalia o
porta-voz da Oxfam.
Do outro lado da pirâmide, 176 milhões novos pobres podem emergir da
crise sanitária, conforme alerta da ONU. As Nações Unidas afirmam que as
medidas de proteção social tomadas até agora pelo mundo somam € 496
bilhões, mas permanecem insuficientes. O pior da pobreza gerada pela
pandemia, adverte a ONU, ainda está por vir.
No Brasil, Fernando Burgos frisa que as consequências da pandemia
atingiram em cheio as pessoas que já estavam na extrema pobreza,
e muitas delas sequer conseguiram acessar o auxílio emergencial
oferecido pelo governo federal. Depois, foram os trabalhadores que já
tinham uma certa estabilidade profissional mas, por conta das mudanças
de hábito geradas pela chegada do coronavírus, perderam trabalho e renda
e passaram a engrossar a lista dos que dependem dos benefícios sociais.
Por fim, num processo que ainda está em curso, a crise revela o impacto
da automatização acelerada do mercado de trabalho, que corta milhares
de postos, principalmente nos setores menos qualificados.
Doações não resolvem o problema
Neste contexto, o pesquisador da FGV ressalta que grandes empresas e
milionários brasileiros promoveram altas doações para os mais
necessitados. Entretanto, a iniciativa está longe de bastar para tornar a
sociedade brasileira mais desenvolvida e equilibrada.
“A onda de solidariedade foi muito importante, mas se mostrou
insuficiente. A gente não viu nenhum esforço do ponto de vista de
mudanças estruturais, como aumentar a carga tributária. Nenhum esforço
nem de governos, nem dessa elite, para mexer nos modelos de negócios e
garantir os empregos das pessoas nesse momento”, diz Burgos.
Para o professor de administração pública, mexer na alíquota de
impostos é uma urgência – o Brasil é considerado um paraíso para os
ricos, com uma tabela pouco progressiva de tributação em relação à
renda. O maior presente é a isenção de impostos sobre dividendos no
mercado financeiro.
“Não é possível que a gente, de um lado, fique falando da necessidade
de diminuir as desigualdades no Brasil e, de outro, não tribute os
dividendos. No Brasil, a gente tem muitas pessoas que, se tirarem um
cochilo à tarde, acordam mais ricas. Mas, uma pessoa que é motorista de
aplicativo, se tira um cochilo à tarde, talvez não terá dinheiro para
levar comida para casa à noite”, compara o pesquisador. “A gente não
pode mais continuar a conviver com isso.”
Segundo o ranking da ONU sobre o tema, em 2019 o Brasil era o sétimo
país mais desigual do mundo e o segundo com maior concentração de renda:
o 1% mais rico centraliza 28,3% de toda a riqueza do país.
Eficácia de controle da pandemia é colocada à prova; Brasil ainda não rastreia contatos como deveria, dizem especialistas
A
preocupação com uma segunda onda da pandemia cresce na Europa – mesmo
sem definição clara sobre o que define o final de uma onda de contágio e
o começo de outra. Nesta semana, a região registrou aumento de 20% nos
casos em relação ao mesmo período anterior. O número de óbitos cresceu
em 28%.
“Mais do que uma definição específica, a ideia é um pouco mais
subjetiva. Basicamente, o que as pessoas normalmente consideram uma nova
onda é quando, depois de uma queda expressiva do número de casos, você
volta a subir; ou depois de ter um episódio de surto epidêmico
controlado, ele volta a se descontrolar em uma região geográfica
específica”, explica o médico do Centro de Pesquisa Clínica e
Epidemiológica da FMUSP, Márcio Bittencourt.
Na Ásia, onde menos de 100 mortes eram registradas por dia até meados
de abril, o aumento continua desde então. Desde 20 de julho, a região
ultrapassa mil mortes quase todos os dias, e está perto de 1.500,
principalmente devido à situação na Índia.
Em todo mundo, a curva está em um “platô” desde o início de junho, com cerca de 5 mil mortes por dia.
O Oriente Médio experimentou um pico de mortes durante o verão
(boreal) e, em seguida, um ligeiro declínio. Mas a situação piorou e, na
semana passada, ocorreram em média 330 mortes por dia, 18% a mais que
na anterior.
No continente africano, oficialmente o menos afetado pela pandemia,
há cada vez menos mortes desde agosto. Na Oceania, onde o número de
mortes por dia nunca ultrapassou a média de 20 pessoas, agora registra
menos que 10 e não hesita em tomar medidas rápidas para evitar um surto,
como exemplificado pelo governo da Nova Zelândia.
Para Bittencourt, a depender da estratégia utilizada na
flexibilização da quarentena e na retomada das atividades econômicas e
de fins sociais, como a volta às aulas, era “esperado” que houvesse um
novo aumento brusco no número de casos. A experiência, porém, não pode
ser uniformizada como inevitável, opina.
“Não estou dizendo que não era para reabrir, mas existem formas – e a estratégia escolhida tornou provável que isso acontecesse. Para
reabrir com risco menor, é necessário um baixo número de casos, uma
estratégia de distanciamento persistente, isolamento de casos,
quarentena de contato e medidas de bloqueio físico e químico – usar
máscaras, álcool gel e lavar a mão. O lockdown é um pedaço da estratégia, não é nem o principal. A estratégia é ampla.”, diz.
Homem
anda por Lisboa, capital de Portugal, no dia 22 de setembro de 2020.
País é considerado
bem-sucedido no controle da pandemia de coronavírus
(Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP)
“Portugal vive uma espécie de segunda onda mas mesmo a primeira foi
razoavelmente leve. No caso da Alemanha houve um momento inicial grave,
que levou a um quase lockdown do país. Esse momento foi
rapidamente superado e desde maio Alemanha vive um regime de baixo
número de casos. Há um segunda onda, mas não uma explosão desenfreada de
casos”, analisa o físico Roberto Andre Kraenkel, participante do grupo
Observatório da Covid-19.
O caso alemão chama a atenção de Krankel pela estratégia que combinou
distanciamento e mapeamento da cadeia de contágio, apesar da
discrepância entre um país rico como a Alemanha e o Brasil em relação ao
amparo financeiro a pessoas e negócios.
“A essência do processo foi: lockdown forte até que o número de casos
seja baixo, reabertura planejada das atividades e monitoramento de
casos. A prioridade atual, em face de uma elevação de casos, é a
manutenção da abertura de escola e comércio”, diz Kraenkel.
O topo da lista de mortes é liderado por Estados Unidos, Brasil e
Índia, enquanto o de casos confirmados tem uma inversão apenas no
segundo e terceiro lugar.
A Índia registra oficialmente entre 80 e 90 mil casos novos todos os dias, o maior balanço no mundo há várias semanas.
Em termos de mortes, o país tem uma taxa muito menor do que outros
países e registra oficialmente quase 100 mil óbitos desde o início da
pandemia.
Os Estados Unidos, com cerca de um quarto de sua população, tem 205 mil, e o Brasil mais de 140 mil.
Situação do Brasil agora
Com 142.921 mortes e 4.777.522
casos confirmados até a noite da terça-feira 29, o Brasil caminha em
passos lentos a uma queda no número diário de novas vítimas da doença.
A explicação não se dá por conta de “ondas”, mas sim de um “platô
eterno”, explica Márcio Bittencourt, que se associa à falha do País de
controlar a circulação do vírus desde o início.
“Quem faz com que o coronavírus
circule são as pessoas que tem o vírus se encontrando com outras
pessoas. Se os casos da Covid-19 ativos ficarem isolados das outras
pessoas, a doença vai acabando, porque não tem como transmitir. A
estratégia principal é pegar todo mundo que tem sintomas e isolar
sozinho, ou o máximo sozinho possível, e isolar todo mundo com quem a
pessoa entrou em contato na semana anterior.”, diz.
A estratégia foi repetida por especialistas em diversas oportunidades
ainda em março, quando o vírus começou a se espalhar pelo País.
O motivo de um isolamento longo, desgastante e ineficaz como o
brasileiro se dá, na visão de Roberto Kraenkel, à incapacidade de fazer
um rastreamento efetivo e de planejar com embasamento os próximos
passos.
“Nenhum governo estadual teve, seja os meios, seja a vontade, de
tomar as medidas necessárias para evitar as mortes que tivemos. Não se
organizou, sobretudo, a reabertura do comércio e negócios em geral de
forma segura. Não temos rastreio de contatos de forma efetiva em nenhum
estado. Sem isso, estamos de mãos atadas, pois não interrompemos as
cadeias de contágios”, diz.
“Encontramo-nos em uma situação de um longo desgaste econômico e
social, para não falar psíquico, que não é sustentável no longo prazo. Um exemplo é a questão da reabertura das escolas.
Não importa se agora ou em um mês adiante, o fato é que não podemos
pensar em passar o ano de 2021 com as escolas fechadas. Mas, por outro
lado, não construímos um situação de saúde pública que possa garantir a
segurança de professores, alunos e funcionários.”, afirma Kraenkel.
Em relação ao País se preocupar com a segunda onda na Europa e em
possíveis medidas de bloqueio a voos, Márcio Bittencourt afirma que, no
momento, é mais perigoso circular nas ruas brasileiras do que temer que o
vírus venha de fora. O Brasil permanece como um lugar a ser evitado.
“A chance de pegar de um cara que embarcou de lá [Europa] para cá é muito menor do que você encontrar alguém doente na rua. Se
tem algum voo que pode trazer a doença, ele é de algum lugar do Brasil.
A gente ainda um dos grandes epicentros para onde as pessoas não
deveriam vir e circular”.
Informação está no relatório da OIT sobre efeitos da Covid-19
Redação | Atualizado
Trabalhadores em economias em desenvolvimento e emergentes,
especialmente aqueles com empregos informais, foram afetados em uma
extensão muito maior do que em crises anteriores
A
renda mundial obtida com o trabalho caiu cerca de 10,7% – ou US$ 3,5
trilhões – até setembro de 2020 em relação ao mesmo período do ano
anterior, anunciou a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Essa
leitura, que não inclui o auxílio à renda fornecido pelos governos para
compensar o fechamento de locais de trabalho durante a pandemia, é o
equivalente a 5,5% do PIB global para os três primeiros trimestres de
2019, acrescentou a instituição.
"O fechamento de locais de
trabalho continua a perturbar os mercados em todo o mundo, levando a
perdas de horas de trabalho maiores do que as estimadas anteriormente",
aponta a OIT em seu sexto relatório sobre os efeitos da pandemia no
mundo laboral. Trabalhadores em economias em desenvolvimento e
emergentes, especialmente aqueles com empregos informais, foram afetados
em uma extensão muito maior do que em crises anteriores, disse a
agência da Organização das Nações Unidas. A OIT informou que o declínio
no número de empregos foi geralmente maior para as mulheres do que para
os homens.
"Assim como precisamos redobrar nossos esforços para
combater o vírus, também precisamos agir com urgência e em escala para
superar seus impactos econômicos, sociais e de emprego. Isso inclui
apoio sustentado para postos de trabalho, empresas e renda", afirmou o
diretor-geral da OIT, Guy Ryder, em comunicado.
Petra
(em grego significa “pedra”, e em árabe chama-se “Al-batra”), é a
cidade arqueológica situada ao sul da região de Ma'an, governada pela
Jordânia, famosa por sua arquitetura feita nas rochas. É também
conhecida como "Cidade Rosa", devido à cor da pedra onde está esculpida.
A
famosa "Cidade Rosa" é o local mais emblemático e turístico da
Jordânia. O lugar permaneceu desconhecido para o mundo ocidental até
1812, ano em que foi descoberto pelo explorador suíço Johann Ludwig
Burckhardt, que descreveu Petra como "uma cidade rosa tão antiga quanto o
tempo". John William Burgon, em seu poema vencedor do concurso
Newdigate, utilizou as seguintes palavras para referir-se a esta
imponente cidade: "é o patrimônio cultural mais precioso do legado da
humanidade".
Confira alguma das melhores imagens deste importante destino turístico.
Petra à
luz de velas. A linda cidade rosa recebe a claridade de mais de 1,500
velas que a iluminam, enquanto ao fundo pode-se escutar a tradicional
música beduína.
Segundo
vários documentos antigos, Petra era uma próspera e movimentada cidade
com mais de 30 mil habitantes. Calcula-se que em cada uma destas
pequenas casas de pedra viviam cerca de 10 pessoas.
Logo
que se atravessa a passagem entre as rochas, um longo caminho (1.000
metros) conduz ao tesouro da cidade, cujas laterais são guardadas por
duas colunas de 80 metros de altura. Esta área, chamada Siq, é o lugar
mais famoso de Petra.
Nos
arredores do templo podem ser visitados os caminhos onde se encontram as
antigas tumbas de pedra, cujo tamanho varia conforme a camada social.
As maiores pertenciam aos ricos e as menores, aos menos favorecidos.
“Entre as certezas que já se têm está que os confinamentos decretados nos últimos meses levaram muita gente a perder seu emprego
ou a ter que reduzir suas horas de trabalho. Isto implica o
desaparecimento ou redução de sua renda, com o consequente impacto na
economia e no bem-estar das famílias”, afirma o relatório, que analisa
“qual é a capacidade dos lares para continuar mantendo seu nível de
gasto corrente diante dessa perda de renda”. O resultado, segundo os
pesquisadores, permitirá “abordar medidas que ajudem a paliar a
deterioração no bem-estar ou a ampliação da lacuna de desigualdade”.
O conceito que norteia o relatório é o de “vulnerabilidade financeira”, isto é “a capacidade de fazer frente ou nãoàs turbulências econômicas dependendo unicamente de recursos próprios”.
Para medi-la, estima-se por quanto tempo uma família que perdeu sua
renda conseguiria cobrir seus gastos em alimentação, energia, água,
educação e saúde sem precisar recorrer a um crédito ou medidas mais
extremas, como mudar de casa.
O resultado da pesquisa destaca a enorme disparidade que a pandemia causou entre economias desenvolvidas e em vias de desenvolvimento. Países como os Estados Unidos, Canadá e os europeus têm um alto grau de resiliência financeira,
ou seja, são lugares onde quase 40% das famílias são capazes de
subsistir sem renda por mais de meio ano. Quando o período é reduzido a
três meses, a proporção média aumenta para metade das famílias. Na
Espanha, por exemplo, dois em cada três lares são capazes de passar três
meses sem renda alguma.
A situação muda dramaticamente nos países emergentes, sobretudo na América Latina.
“Os dados do relatório sugerem que existe uma relação direta entre
vulnerabilidade financeira e desenvolvimento econômico do país. Nos
países emergentes do estudo (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile,
Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Rússia e África do Sul) pouco mais de
10% das unidades familiares suportam mais de seis meses”. “Os níveis de
resiliência financeira frente às medidas de confinamento decorrentes da
pandemia são, portanto, significativamente menores nestas economias”,
adverte o relatório. Além disso, em geral, depois do desconfinamento
gradual na região, uma parte importante das famílias não recuperou seu
nível de renda anterior à pandemia.
Fatores microeconômicos
O
nível macroeconômico de um lar não basta para medir sua vulnerabilidade
financeira. O relatório do BBVA volta os olhos também para aspectos
microeconômicos que atrapalham as chances de sobrevivência. Por exemplo,
“as características que definem a pessoa que toma as decisões financeiras no lar, como o gênero, o nível educacional, a idade e a situação profissional”.
A
pesquisa encontrou fatores que se repetem entre os responsáveis por
sustentarem os lares mais vulneráveis, “como ser mulher, ser muito jovem
ou de idade avançada, ter apenas educação primária ou estar em situação
de desemprego ou fazer parte do coletivo de pessoas inativas”. “Tais relações, entretanto, são condicionadas por fatores próprios de cada sociedade”,
advertem os pesquisadores. Em todos os países da América Latina ocorre
que os lares chefiados apenas por mulheres superam a média de
vulnerabilidade financeira, sobretudo na Argentina, Brasil e Peru. Só o
Paraguai escapa à norma.
A análise se baseou em pesquisas feitas por diversos organismos sob as diretrizes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE)
para medir a educação e as capacidades financeiras da população. Os
países estudados foram África do Sul, Argentina, Bolívia, Brasil,
Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Espanha, Finlândia,
Hong Kong, Países Baixos, Paraguai, Peru, Reino Unido e Rússia.
No ano em que conquistou a presidência, ele pagou apenas 750 dólares
em imposto – isso porque suas empresas relataram grandes prejuízos.
Revelações bombásticas do jornal podem definir o rumo das eleições nos
Estados Unidos
Atualizado em 28 de setembro de 2020, 07:14
247 – O jornal The New York Times, o mais influente dos
Estados Unidos, acaba de revelar que o atual presidente do país, Donald
Trump, é também um de seus maiores sonegadores. "Donald J. Trump pagou
750 dólares em imposto de renda federal no ano em que conquistou a
presidência. Em seu primeiro ano na Casa Branca, ele pagou outros 750
dólares", aponta a reportagem.
"Ele não pagou nenhum imposto de renda em 10 dos 15 anos anteriores –
principalmente porque relatou ter perdido muito mais dinheiro do que
ganhava. Enquanto o presidente trava uma campanha de reeleição que as
pesquisas dizem que ele corre o risco de perder, suas finanças estão sob
pressão, assoladas por perdas e centenas de milhões de dólares em
dívidas que ele pessoalmente garantiu. Também pairando sobre ele está
uma batalha de auditoria de uma década com o Internal Revenue Service (a
Receita Federal dos Estados Unidos) sobre a legitimidade de uma
restituição de impostos de US$ 72,9 milhões que ele reivindicou e
recebeu, após declarar enormes perdas. Uma decisão adversa pode
custar-lhe mais de US$ 100 milhões", prosseguem os repórteres.
As declarações de impostos que Trump lutou por muito tempo para
manter em sigilo contam uma história fundamentalmente diferente daquela
que ele vendeu ao público americano. O New York Times obteve dados de
declaração de impostos de mais de duas décadas para Trump e as centenas
de empresas que compõem sua organização empresarial, incluindo
informações detalhadas de seus primeiros dois anos no cargo.
Serjão disse que a ausência de representatividade preta na mídia
prejudica a autoestima dos negros e lembrou que na infância, quando
brincava de “Super Amigos”, ele não tinha um super-herói preto no qual
se inspirar. "É difícil a gente conseguir mensurar a falta que faz essa
representatividade".
Atualizado em 27 de setembro de 2020
Por Nêggo Tom - Um das figuras mais talentosas e carismáticas
do meio artístico, o ator, músico e apresentador Serjão Loroza
mostrou-se atento às pautas raciais e presente no ativismo preto.
Durante sua participação no programa “Um Tom de resistência” nesta
semana na TV 247, o artista falou sobre a sua carreira, do sucesso da
sua participação no quadro “Dança dos Famosos”, no programa do Faustão, e
se posicionou firmemente sobre racismo. “Essa estrutura cruel chamada
racismo faz com que nós, pretos, não nos identifiquemos com as nossas
origens e com a nossa cultura”, disse ele.
Perguntado se a ausência de representatividade preta na mídia
prejudica a autoestima dos negros, Serjão respondeu que sim e lembrou
que na infância, quando brincava de “Super Amigos”, ele não tinha um
super-herói preto no qual se inspirar. “É difícil a gente conseguir
mensurar a falta que faz essa representatividade. Na minha época, tinha o
desenho dos super amigos. Tinha o Super-Homem, Batman e Robin, Mulher
Maravilha...E na hora da brincadeira, quando eu tinha que escolher um
herói para ser, eu escolhia o ‘Aquaman’. As nossas referências de nós
mesmos sempre foram muito poucas”, reclamou.
Loroza revelou estar fazendo terapia atualmente, para aprender a
lidar melhor com as marcas que o racismo deixa no subconsciente dos
pretos, em função do preconceito estrutural estabelecido em nossa
sociedade, que pode causar, além da não aceitação própria, danos
psicológicos difíceis de se reverter. “Eu tinha dificuldade em aceitar
instrumentos percussivos, com receio de estar voltando às minhas raízes,
ao que eu sou mesmo, porque a nossa cultura sempre foi alvo de
discriminação. Na minha casa, assuntos que envolviam o idioma Ioruba
eram evitados, por influência da aculturação a qual fomos submetidos”,
confessou Serjão.
Ele também deu sua opinião a respeito da polêmica envolvendo a
empresa Magazine Luiza, que abriu um programa de trainees somente para
candidatos pretos. “Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer que já fiz o
meu pedido no site da Magalu e não estou ganhando nada para fazer
propaganda deles aqui no seu programa”, brincou inicialmente. Depois
Loroza falou sobre a importância da iniciativa da empresa e das reações
contrárias à ação.
“É bom, porque estamos vendo os racistas saírem do armário e junto
com eles, muitos brancos que dizem gostar de nós (pretos), mas que
reclamam quando recebemos as oportunidades que eles sempre tiveram. O
projeto é bom, mas é apenas o começo. Precisamos e queremos ainda mais. E
vamos em busca disso”, pontuou.
Colunista Monica Cruz lembra que não há uma escola
que ensine a ser mãe, mas que existem algumas atitudes que ajudam na criação
dos pequenos
Por iG
Delas- Monica Cruz | 25/09/2020
Quando
nasce um bebe, nasce uma mãe, isso é verdadeiro e automático. No momento em que
a mulher tem um filho, ela se torna mãe, mas ser mãe não é ser boa mãe.
Além de
amar os filhos, a mãe precisa fazer com que eles saibam se sintam desejados
Inúmeros
motivos fazem a mulher encarar a maternidade. Há a necessidade de ter um filho
e constituir uma família -- que pode ser chamada de instinto ou vontade mesmo.
Já algumas tornam-se mães por “ acidente”, ou descuido. Outras pela religião.
Qualquer que seja o motivo, tem que ter havido o desejo entre um homem e
uma mulher de gerar uma nova vida.
Pensando
assim, toda criança, ao nascer, deveria ser muito amada e muito bem cuidada, já
que foi desejada, mas infelizmente nem sempre isso acontece, justamente porque
não há uma escola para ser mãe.
Seria
muito bom se essa escola existisse, mas como não existe. As mães, muito bem intencionadas,
vão aprendendo com erros e acertos o seu papel.
É
bastante comum ouvirmos mulheres que têm vários filhos dizerem que criaram cada
um de uma maneira completamente diferente e que os filhos mais novos foram
criados com menor preocupação do que o primogênito. Isso acontece porque, a
cada novo filho e nova criação, já aprendeu alguma coisa.
Normalmente
o filho mais velho foi o que recebeu uma atenção mais exclusiva, muito
presente, e quando nasceram os outros, essa atenção foi diminuindo e sendo
dividida com seus irmãos.
Coração de mãe sempre cabe mais um, cabe mesmo, a mãe é capaz de amor todos os
filhos, sejam eles quantos forem. Porém, não se cria um filho somente com amor.
Amor é o básico, mas é preciso muito mais que isso.
Se
houvesse uma escola para mães, nessa escola as mulheres aprenderiam que estar
presente para o filho é mais importante do que amá-lo loucamente, que a
presença física com atenção real é a maior necessidade da criança na infância.
É mostrar
ao filho que ele é desejado, que a mãe quis que ele existisse, que ele é
merecedor de seus cuidados, que não existe nada mais importante no mundo do que
cuidar dele naquele momento em que você está com ele.
A criança
sente quando não é desejada, por mais que os pais tentem suprir com coisas a
falta de atenção. Mesmo muito pequenas, as crianças começam a nutrir um
sentimento de rejeição. Uma criança que se sentiu rejeitava vai levar esse
sentimento a vida adulta.
Ser
rejeitada na infância, no momento em que não tem nada a oferecer além dela
mesma, fará com que essa criança na vida adulta passe a oferecer coisas
materiais em troca de amor, já que no seu inconsciente, quando ela não oferece
nada, também não recebe nada de volta.
Esse é
apenas um pequeno exemplo da importância da mãe na infância de uma criança.
Existem inúmeros outros como esse, ser mãe é realmente muito mais do que
colocar um filho no mundo. Ser mãe é dedicação em tempo integral, é cuidar,
amar, proteger e prover.
Neste
tema de “ escola para mães”, as mulheres podem aprender o tempo todo,
observando outras mães, lendo sobre o assunto, assistindo a filmes, consultando
amigas e parentes e corrigindo erros cometidos com outros filhos.
Tudo isso é importante no aprimoramento da criação e educação dos filhos.
Aquela vontade de melhorar e fazer mais do que seus pais fizeram para você
também é natural, queremos sempre evoluir e, às vezes, até mostrar aos nossos
pais que podemos fazer melhor que eles.
Nada do
que você fizer para os seus filhos será tão efetivo quanto mostrar a eles que,
além de amados, eles foram desejados e são queridos. Por isso, o tanto de
atenção que você está disposta a dar a eles é o que conta.