quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Falta de financiamento adequado trava Indústria 4.0 no Brasil

 

Especialistas recomendam linhas de crédito especiais para a implementação de novas tecnologias no setor produtivo
A pesquisa da CNI indica que as empresas de menor porte encontram-se mais atrasadas no processo de implantação da Indústria 4.0

A insuficiência de recursos próprios e de financiamentos adequados é um dos principais entraves para o desenvolvimento da Indústria 4.0 no Brasil. A informação faz parte de estudo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com empresas de diversos portes, nacionais e internacionais, que revela os gargalos para apresentar perspectivas e soluções ao desenvolvimento da Indústria 4.0, que tem como uma das principais características a incorporação da digitalização à atividade industrial, integrando tecnologias físicas e virtuais

O estudo revela que a sensibilização dos representantes das empresas e a criação de financiamentos específicos para a implementação de soluções tecnológicas estão entre as principais medidas para preservar e aumentar a competitividade da indústria brasileira. Na avaliação da CNI, a abertura de linhas como a BNDES Crédito Serviços 4.0, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e a Inovacred 4.0, lançada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), representa um avanço. 

"As principais nações industrializadas inseriram o desenvolvimento da Indústria 4.0 no centro das estratégias de política industrial para preservar e aumentar sua competitividade. O Brasil precisa fazer o mesmo. A capacidade de a indústria brasileira competir internacionalmente dependerá da nossa habilidade de promover essa transformação", analisa Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial da CNI.

A pesquisa indica que as empresas de menor porte encontram-se mais atrasadas no processo de implantação da Indústria 4.0. Mesmo entre as grandes, no entanto, 42,1% das entrevistadas não haviam iniciado o processo de incorporação de tecnologias aos seus processos. Segundo a publicação, a origem do capital não é fator determinante para a implementação de novas tecnologias. O percentual das estrangeiras que não implementaram projetos (40%) está muito próximo do registrado nas empresas nacionais (50%). Entre as empresas multinacionais entrevistadas, foi comum encontrar aquelas que não tinham autonomia decisória e que consideravam sua situação tecnológica atrasada em relação a outras unidades do grupo.

"Uma situação contraditória, em que a multinacional tem mais acesso à tecnologia e às vantagens decorrentes de pertencer a um grupo econômico mais complexo, mas padece pela importância, geralmente subordinada, da unidade brasileira dentro da corporação industrial", avalia o relatório.

Com base nas restrições apontadas pelos executivos entrevistados para a implementação da Indústria 4.0, os especialistas recomendam a sensibilização dos empresários e a disponibilização de linhas de crédito especiais para a implementação de novas tecnologias no setor produtivo. Entre as ações objetivas recomendadas está, entre outros pontos, a concessão de financiamento de baixo custo para a demanda de soluções tecnológicas no padrão da Indústria 4.0 e a divulgação de cases de adoção das tecnologias habilitadoras dessa indústria, para mostrar aos empresários os ganhos concretos com o investimento.

Banco Mundial: Covid-19 aprofundou transformações no mundo do trabalho

Agência Brasil/Marcello Casal Jr
Trabalhadores precisam de qualificacao profissional para assumir os postos de trabalho do futuro.
29 setembro 2020

Segundo novo estudo, com foco na América Latina e no Caribe, a pandemia acelerou processo de digitalização já em curso, impactando principalmente os trabalhadores informais e com baixos salários.

O Banco Mundial lançou um estudo mostrando como a Covid-19 está acelerando e aprofundando as transformações no mundo do trabalho, que já eram visíveis nas últimas décadas. O documento foca na América Latina e no Caribe. 

Antes da pandemia, a região já estava vivendo uma quarta revolução industrial, marcada pela rápida inovação tecnológica. E, também, pela desindustrialização prematura, que limitou o aumento do número de vagas na indústria manufatureira. A América Latina e o Caribe já vinham sofrendo com o fim da chamada década de ouro, de desenvolvimento acelerado e melhorias nos indicadores sociais, que ocorreram entre 2002 e 2013.

Investimentos em educação saúde e nutrição melhoram a capacidade produtiva do trabalhador. Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo

Empregos em risco

Com o distanciamento social causado pela Covid-19, a digitalização se tornou mais importante para apoiar as atividades econômicas. Mas ela também colocou milhares de empregos em risco na região da América Latina e do Caribe. 

Todos esses fenômenos impactaram principalmente os trabalhadores com baixos salários, sem educação formal e com empregos informais, que exigem contato direto com o público. 

É urgente retomar o crescimento econômico e criar mais e melhores empregos, segundo o novo relatório do Banco Mundial. 

Para isso, o documento traz diversas recomendações. Uma delas é atualizar a legislação trabalhista a fim de incentivar o emprego e apoiar a formalização. Com mais empregos formais, será possível expandir a cobertura das políticas de proteção social.  

 
Agência Brasil/Marcelo Camargo
A desaceleracao econômica na América Latina e Caribe e a pandemia prejudicaram os trabalhadores informais.

Capital humano

Outra recomendação é investir em educação, saúde e nutrição, com o objetivo de melhorar o capital humano, ou seja, a capacidade produtiva dos trabalhadores. Diante das novas tecnologias de automação, a reciclagem dos profissionais da América Latina e do Caribe também será muito importante. Dessa forma, eles estarão prontos para assumir os postos de trabalho do futuro.   

Finalmente, o estudo defende foco nas reformas políticas para aumentar a produtividade no setor de serviços. Ele já emprega 60% da força de trabalho da América Latina e Caribe e terá papel cada vez mais importante nos próximos anos.

 

Por Mariana Ceratti, do Banco Mundial Brasil.

Por que ricos ficaram mais ricos e a pobreza explodiu na pandemia?

Por que ricos ficaram mais ricos e pobreza explodiu na pandemia?. Foto: AFP.

Por que ricos ficaram mais ricos e pobreza explodiu na pandemia?. Foto: AFP.

Relatório mostra que as fortunas analisadas passaram de US$ 2,95 trilhões, em março, para US$ 3,8 trilhões, em setembro

Diferentes relatórios de organizações internacionais indicam que os milionários ficaram ainda mais ricos durante a pandemia de coronavírus. Os ligados ao setor digital e de novas tecnologias foram os mais beneficiados no período. Ao mesmo tempo, o surto de Covid-19 acentua as desigualdades sociais e aumenta a pobreza no mundo, seja nos países desenvolvidos ou nos emergentes.

 

O estudo do Institute for Policy Studies e a Americans for Tax Fairness revela que a fortuna dos 643 americanos mais ricos cresceu 29% desde meados de março, quando o coronavírus se espalhava pelo planeta e obrigava populações inteiras a entrar em quarentena. Comércios fechados, economia paralisada e explosão do desemprego não abalaram a saúde financeira desses multimilionários – pelo contrário. O relatório mostra que as fortunas analisadas passaram de US$ 2,95 trilhões, em março, para US$ 3,8 trilhões, em setembro.

Os resultados não surpreendem o pesquisador Fernando Burgos, especialista em desigualdades sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP). “A desigualdade já estava aumentando e a Covid acelerou um processo que já vinha acontecendo no mundo todo. Os bilionários ficaram mais ricos ainda e, do outro lado, temos uma parcela da população que estava relativamente sob controle – embora sempre  estivesse sob o risco de exclusão social – e agora, efetivamente, caiu”, comenta. “São pessoas que entraram em uma situação de altíssima vulnerabilidade.”

 

Valor das ações disparou

 

O que explica uma performance tão robusta dos ultrarricos? Valorização das ações na bolsa durante a pandemia. No início de setembro, outra pesquisa, realizada pela britânica Oxfam, já havia mostrado que, ao mesmo tempo em que a economia mundial levava um tombo sem precedentes, algumas das empresas mais valiosas do mundo registravam lucros extraordinários. As 32 maiores multinacionais devem somar US$ 109 bilhões de dólares a mais do que o lucro médio que tiveram nos últimos quatro anos.

“A maior parte desses lucros excepcionais devem ser distribuídos para os acionistas. Nós estimamos que cerca de 90% desse dinheiro será compartilhado entre eles, uma escolha que tem consequências, afinal exacerba as desigualdades e faz com que a fortuna dos que já são ricos aumente ainda mais”, afirma o porta-voz da Oxfam na França, Quentin Parinello. “Nosso relatório mostra que os 25 bilionários mais ricos do mundo ficaram US$ 255 bilhões mais ricos durante a crise, e considerando apenas até meados de maio.”

Entre eles, estão os CEOs do Facebook, Mark Zuckerberg, da Microsoft, Bill Gattes, e da Tesla, Elon Musk, que viu sua fortuna aumentar 274%, conforme o relatório das entidades americanas. Já o dono da Amazon, Jeff Bezos, que já é o homem mais rico do mundo, ficou 65% ainda mais afortunado durante a pandemia, beneficiado pelo crescimento mundial da plataforma em meio à quarentena.

 

Desinteresse por compartilhamento dos lucros

 

Quentin Parinello lamenta a escolha das grandes empresas, que privilegiam a remuneração dos acionistas em detrimento da promoção, dentro da companhia, de planos estratégicos a longo prazo para compartilhar melhor os lucros. “Apenas com o dinheiro extra que ganhou durante a crise, Jeff Bezos poderia distribuir um bônus de US$ 105 mil para os 875 mil funcionários da empresa – e, mesmo assim, continuaria tão rico quanto ele era antes da pandemia de coronavírus”, avalia o porta-voz da Oxfam.

Do outro lado da pirâmide, 176 milhões novos pobres podem emergir da crise sanitária, conforme alerta da ONU. As Nações Unidas afirmam que as medidas de proteção social tomadas até agora pelo mundo somam € 496 bilhões, mas permanecem insuficientes. O pior da pobreza gerada pela pandemia, adverte a ONU, ainda está por vir.

No Brasil, Fernando Burgos frisa que as consequências da pandemia atingiram em cheio as pessoas que já estavam na extrema pobreza, e muitas delas sequer conseguiram acessar o auxílio emergencial oferecido pelo governo federal. Depois, foram os trabalhadores que já tinham uma certa estabilidade profissional mas, por conta das mudanças de hábito geradas pela chegada do coronavírus, perderam trabalho e renda e passaram a engrossar a lista dos que dependem dos benefícios sociais. Por fim, num processo que ainda está em curso, a crise revela o impacto da automatização acelerada do mercado de trabalho, que corta milhares de postos, principalmente nos setores menos qualificados.

 

Doações não resolvem o problema

 

Neste contexto, o pesquisador da FGV ressalta que grandes empresas e milionários brasileiros promoveram altas doações para os mais necessitados. Entretanto, a iniciativa está longe de bastar para tornar a sociedade brasileira mais desenvolvida e equilibrada.

“A onda de solidariedade foi muito importante, mas se mostrou insuficiente. A gente não viu nenhum esforço do ponto de vista de mudanças estruturais, como aumentar a carga tributária. Nenhum esforço nem de governos, nem dessa elite, para mexer nos modelos de negócios e garantir os empregos das pessoas nesse momento”, diz Burgos.

Para o professor de administração pública, mexer na alíquota de impostos é uma urgência – o Brasil é considerado um paraíso para os ricos, com uma tabela pouco progressiva de tributação em relação à renda. O maior presente é a isenção de impostos sobre dividendos no mercado financeiro.

“Não é possível que a gente, de um lado, fique falando da necessidade de diminuir as desigualdades no Brasil e, de outro, não tribute os dividendos. No Brasil, a gente tem muitas pessoas que, se tirarem um cochilo à tarde, acordam mais ricas. Mas, uma pessoa que é motorista de aplicativo, se tira um cochilo à tarde, talvez não terá dinheiro para levar comida para casa à noite”, compara o pesquisador. “A gente não pode mais  continuar a conviver com isso.”

Segundo o ranking da ONU sobre o tema, em 2019 o Brasil era o sétimo país mais desigual do mundo e o segundo com maior concentração de renda: o 1% mais rico centraliza 28,3% de toda a riqueza do país.

 

 

Covid-19: Após ultrapassar um milhão de mortes, mundo se preocupa com a segunda onda

FOTO: ALBERTO PIZZOLI/AFP
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FOTO: ALBERTO PIZZOLI/AFP




Eficácia de controle da pandemia é colocada à prova; Brasil ainda não rastreia contatos como deveria, dizem especialistas

A preocupação com uma segunda onda da pandemia cresce na Europa – mesmo sem definição clara sobre o que define o final de uma onda de contágio e o começo de outra. Nesta semana, a região registrou aumento de 20% nos casos em relação ao mesmo período anterior. O número de óbitos cresceu em 28%.

“Mais do que uma definição específica, a ideia é um pouco mais subjetiva. Basicamente, o que as pessoas normalmente consideram uma nova onda é quando, depois de uma queda expressiva do número de casos, você volta a subir; ou depois de ter um episódio de surto epidêmico controlado, ele volta a se descontrolar em uma região geográfica específica”, explica o médico do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da FMUSP, Márcio Bittencourt.

Na Ásia, onde menos de 100 mortes eram registradas por dia até meados de abril, o aumento continua desde então. Desde 20 de julho, a região ultrapassa mil mortes quase todos os dias, e está perto de 1.500, principalmente devido à situação na Índia.

Em todo mundo, a curva está em um “platô” desde o início de junho, com cerca de 5 mil mortes por dia.

O Oriente Médio experimentou um pico de mortes durante o verão (boreal) e, em seguida, um ligeiro declínio. Mas a situação piorou e, na semana passada, ocorreram em média 330 mortes por dia, 18% a mais que na anterior.

No continente africano, oficialmente o menos afetado pela pandemia, há cada vez menos mortes desde agosto. Na Oceania, onde o número de mortes por dia nunca ultrapassou a média de 20 pessoas, agora registra menos que 10 e não hesita em tomar medidas rápidas para evitar um surto, como exemplificado pelo governo da Nova Zelândia.

Para Bittencourt, a depender da estratégia utilizada na flexibilização da quarentena e na retomada das atividades econômicas e de fins sociais, como a volta às aulas, era “esperado” que houvesse um novo aumento brusco no número de casos. A experiência, porém, não pode ser uniformizada como inevitável, opina.

Não estou dizendo que não era para reabrir, mas existem formas – e a estratégia escolhida tornou provável que isso acontecesse. Para reabrir com risco menor, é necessário um baixo número de casos, uma estratégia de distanciamento persistente, isolamento de casos, quarentena de contato e medidas de bloqueio físico e químico – usar máscaras, álcool gel e lavar a mão. O lockdown é um pedaço da estratégia, não é nem o principal. A estratégia é ampla.”, diz.

Como exemplo, Alemanha e Portugal aparecem como países que observam um número de casos maior do que nas últimas semanas, mas sem os mesmos índices explosivos de seus vizinhos europeus Espanha e França.

 

 

Homem anda por Lisboa, capital de Portugal, no dia 22 de setembro de 2020. País é considerado 

bem-sucedido no controle da pandemia de coronavírus (Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP)

 

“Portugal vive uma espécie de segunda onda mas mesmo a primeira foi razoavelmente leve. No caso da Alemanha houve um momento inicial grave, que levou a um quase lockdown do país. Esse momento foi rapidamente superado e desde maio Alemanha vive um regime de baixo número de casos. Há um segunda onda, mas não uma explosão desenfreada de casos”, analisa o físico Roberto Andre Kraenkel, participante do grupo Observatório da Covid-19.

O caso alemão chama a atenção de Krankel pela estratégia que combinou distanciamento e mapeamento da cadeia de contágio, apesar da discrepância entre um país rico como a Alemanha e o Brasil em relação ao amparo financeiro a pessoas e negócios.

“A essência do processo foi: lockdown forte até que o número de casos seja baixo, reabertura planejada das atividades e monitoramento de casos. A prioridade atual, em face de uma elevação de casos, é a manutenção da abertura de escola e comércio”, diz Kraenkel.

 

1 milhão de mortos

 

A marca um milhão de mortos em decorrência da Covid-19 em todo o mundo, alcançado nesta semana, jogou luz sobre cenários diversificados da pandemia.

O topo da lista de mortes é liderado por Estados Unidos, Brasil e Índia, enquanto o de casos confirmados tem uma inversão apenas no segundo e terceiro lugar.

Na segunda-feira 27, a Índia ultrapassou os seis milhões de casos oficialmente registrados de coronavírus. O país é dos que mais preocupam os especialistas, devido à sua grande população – 1,3 bilhão de pessoas – e ao fato de possuir algumas das cidades mais densamente povoadas do mundo, com um sistema de saúde frágil.

A Índia registra oficialmente entre 80 e 90 mil casos novos todos os dias, o maior balanço no mundo há várias semanas.

Em termos de mortes, o país tem uma taxa muito menor do que outros países e registra oficialmente quase 100 mil óbitos desde o início da pandemia.

Os Estados Unidos, com cerca de um quarto de sua população, tem 205 mil, e o Brasil mais de 140 mil.

 

Situação do Brasil agora

 

Com 142.921 mortes e 4.777.522 casos confirmados até a noite da terça-feira 29, o Brasil caminha em passos lentos a uma queda no número diário de novas vítimas da doença.

A explicação não se dá por conta de “ondas”, mas sim de um “platô eterno”, explica Márcio Bittencourt, que se associa à falha do País de controlar a circulação do vírus desde o início.

Quem faz com que o coronavírus circule são as pessoas que tem o vírus se encontrando com outras pessoas. Se os casos da Covid-19 ativos ficarem isolados das outras pessoas, a doença vai acabando, porque não tem como transmitir. A estratégia principal é pegar todo mundo que tem sintomas e isolar sozinho, ou o máximo sozinho possível, e isolar todo mundo com quem a pessoa entrou em contato na semana anterior.”, diz.

A estratégia foi repetida por especialistas em diversas oportunidades ainda em março, quando o vírus começou a se espalhar pelo País.

O motivo de um isolamento longo, desgastante e ineficaz como o brasileiro se dá, na visão de Roberto Kraenkel, à incapacidade de fazer um rastreamento efetivo e de planejar com embasamento os próximos passos.

“Nenhum governo estadual teve, seja os meios, seja a vontade, de tomar as medidas necessárias para evitar as mortes que tivemos. Não se organizou, sobretudo, a reabertura do comércio e negócios em geral de forma segura. Não temos rastreio de contatos de forma efetiva em nenhum estado. Sem isso, estamos de mãos atadas, pois não interrompemos as cadeias de contágios”, diz.

“Encontramo-nos em uma situação de um longo desgaste econômico e social, para não falar psíquico, que não é sustentável no longo prazo. Um exemplo é a questão da reabertura das escolas. Não importa se agora ou em um mês adiante, o fato é que não podemos pensar em passar o ano de 2021 com as escolas fechadas. Mas, por outro lado, não construímos um situação de saúde pública que possa garantir a segurança de professores, alunos e funcionários.”, afirma Kraenkel.

Em relação ao País se preocupar com a segunda onda na Europa e em possíveis medidas de bloqueio a voos, Márcio Bittencourt afirma que, no momento, é mais perigoso circular nas ruas brasileiras do que temer que o vírus venha de fora. O Brasil permanece como um lugar a ser evitado.

A chance de pegar de um cara que embarcou de lá [Europa] para cá é muito menor do que você encontrar alguém doente na rua. Se tem algum voo que pode trazer a doença, ele é de algum lugar do Brasil. A gente ainda um dos grandes epicentros para onde as pessoas não deveriam vir e circular”.

*Com informações da AFP 

 

 

 

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Pandemia reduz em um décimo a renda global obtida com trabalho

Informação está no relatório da OIT sobre efeitos da Covid-19
Trabalhadores em economias em desenvolvimento e emergentes, especialmente aqueles com empregos informais, foram afetados em uma extensão muito maior do que em crises anteriores

A renda mundial obtida com o trabalho caiu cerca de 10,7% – ou US$ 3,5 trilhões – até setembro de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior, anunciou a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Essa leitura, que não inclui o auxílio à renda fornecido pelos governos para compensar o fechamento de locais de trabalho durante a pandemia, é o equivalente a 5,5% do PIB global para os três primeiros trimestres de 2019, acrescentou a instituição.

"O fechamento de locais de trabalho continua a perturbar os mercados em todo o mundo, levando a perdas de horas de trabalho maiores do que as estimadas anteriormente", aponta a OIT em seu sexto relatório sobre os efeitos da pandemia no mundo laboral. Trabalhadores em economias em desenvolvimento e emergentes, especialmente aqueles com empregos informais, foram afetados em uma extensão muito maior do que em crises anteriores, disse a agência da Organização das Nações Unidas. A OIT informou que o declínio no número de empregos foi geralmente maior para as mulheres do que para os homens.

"Assim como precisamos redobrar nossos esforços para combater o vírus, também precisamos agir com urgência e em escala para superar seus impactos econômicos, sociais e de emprego. Isso inclui apoio sustentado para postos de trabalho, empresas e renda", afirmou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, em comunicado.

Com Agência Brasil

 

Faça uma linda viagem por Petra

O Editor: Marcia S.
Petra (em grego significa “pedra”, e em árabe chama-se “Al-batra”), é a cidade arqueológica situada ao sul da região de Ma'an, governada pela Jordânia, famosa por sua arquitetura feita nas rochas. É também conhecida como "Cidade Rosa", devido à cor da pedra onde está esculpida.
 
A famosa "Cidade Rosa" é o local mais emblemático e turístico da Jordânia. O lugar permaneceu desconhecido para o mundo ocidental até 1812, ano em que foi descoberto pelo explorador suíço Johann Ludwig Burckhardt, que descreveu Petra como "uma cidade rosa tão antiga quanto o tempo". John William Burgon, em seu poema vencedor do concurso Newdigate, utilizou as seguintes palavras para referir-se a esta imponente cidade: "é o patrimônio cultural mais precioso do legado da humanidade".
 
Confira alguma das melhores imagens deste importante destino turístico.
Petra
Petra à luz de velas. A linda cidade rosa recebe a claridade de mais de 1,500 velas que a iluminam, enquanto ao fundo pode-se escutar a tradicional música beduína.

 
Petra
Petra é um lugar que poucos chegam a conhecer.
 
Petra
A tonalidade rosa da pedra que cobre a cidade faz com que a vista seja tão fascinante como foi há muitos séculos.

 
Petra
Porta de Adriano e Cardo Maximum de Petra. O declínio da cidade de Petra começou após a sua conquista pelos romanos.
 
Petra
Até no meio do deserto existem flores. A antiga cidade nabateia foi declarada uma das sete maravilhas do mundo.

 
Petra
Uma cidade de túmulos antigos e de histórias esquecidas.
 
Petra
Segundo vários documentos antigos, Petra era uma próspera e movimentada cidade com mais de 30 mil habitantes. Calcula-se que em cada uma destas pequenas casas de pedra viviam cerca de 10 pessoas. 
 

Petra
Vista do mosteiro de Al-Deir.
 
Petra
Acredita-se que o grande templo de Petra foi construído um século antes do nascimento de Cristo. Esta é uma das maiores construções de toda a cidade.

Petra
Estes afortunados turistas têm o privilégio de visitar o tesouro de Petra.
 
Petra
A porção menor e mais escondida de Petra.
 
Petra
Logo que se atravessa a passagem entre as rochas, um longo caminho (1.000 metros) conduz ao tesouro da cidade, cujas laterais são guardadas por duas colunas de 80 metros de altura. Esta área, chamada Siq, é o lugar mais famoso de Petra.
 

Petra
O anfiteatro de Petra que, em tempos antigos, recebia mais de 8 mil espectadores. Foi construído neste local para oferecer uma boa visão dos túmulos.
 
Petra
Petra é o lugar ideal para a realização de explorações arqueológicas e estudar sobre a antiga arquitetura de pedra.
 
Petra
Nos arredores do templo podem ser visitados os caminhos onde se encontram as antigas tumbas de pedra, cujo tamanho varia conforme a camada social. As maiores pertenciam aos ricos e as menores, aos menos favorecidos.
 
Petra
O Túmulo de Seda assim denominado pelas várias cores da rocha onde está escavado.
 
Petra
Túmulos de arenito no interior de Petra.
 
Petra
Peregrinação à meia-noite ao templo de Petra.


Petra
O tesouro de Petra, protegido pela noite.
 
Petra
Para alcançar algumas tumbas, o viajante precisa escalar montanhas.
 

Petra
Fachada de Al Khazneh, em Petra. O tesouro à luz do dia.
 
Petra
O tesouro iluminado por velas à noite.

 

Quase 80% dos lares latino-americanos não resistem a 3 meses sem renda

Estudo do BBVA Research alerta para as consequências econômicas da pandemia entre as famílias de maior vulnerabilidade financeira

Moradores de Quito, no Equador, retiram cestas básicas entregues pelo Governo durante o confinamento decretado contra a pandemia, em 27 de maio.
Moradores de Quito, no Equador, retiram cestas básicas entregues pelo Governo durante o confinamento decretado contra a pandemia, em 27 de maio.Dolores Ochoa / AP
Federico Rivas Molina 

Os estragos produzidos pela pandemia golpeiam com especial dureza os lares mais vulneráveis. A queda do emprego evidencia que a capacidade das famílias para fazer frente a seus gastos regulares quando perde sua rende depende diretamente do desenvolvimento econômico dos seus países. Enquanto nos Estados Unidos quase 50% dos lares conseguem se manter por até seis meses, o percentual cai para 5,5% no Equador e Paraguai, para 7% na Argentina, Peru e Colômbia e 14% no Brasil e Chile. Os dados são do relatório Vulnerabilidade financeira dos lares perante a covid-19: uma perspectiva global, desenvolvido pelo BBVA Research. “No caso de perder sua principal fonte de renda, 78% dos lares, em média, não cobririam seu custo de vida durante três meses”, adverte o relatório, que não inclui a Venezuela.

“Entre as certezas que já se têm está que os confinamentos decretados nos últimos meses levaram muita gente a perder seu emprego ou a ter que reduzir suas horas de trabalho. Isto implica o desaparecimento ou redução de sua renda, com o consequente impacto na economia e no bem-estar das famílias”, afirma o relatório, que analisa “qual é a capacidade dos lares para continuar mantendo seu nível de gasto corrente diante dessa perda de renda”. O resultado, segundo os pesquisadores, permitirá “abordar medidas que ajudem a paliar a deterioração no bem-estar ou a ampliação da lacuna de desigualdade”.

Mais informações

O conceito que norteia o relatório é o de “vulnerabilidade financeira”, isto é “a capacidade de fazer frente ou não às turbulências econômicas dependendo unicamente de recursos próprios”. Para medi-la, estima-se por quanto tempo uma família que perdeu sua renda conseguiria cobrir seus gastos em alimentação, energia, água, educação e saúde sem precisar recorrer a um crédito ou medidas mais extremas, como mudar de casa.

O resultado da pesquisa destaca a enorme disparidade que a pandemia causou entre economias desenvolvidas e em vias de desenvolvimento. Países como os Estados Unidos, Canadá e os europeus têm um alto grau de resiliência financeira, ou seja, são lugares onde quase 40% das famílias são capazes de subsistir sem renda por mais de meio ano. Quando o período é reduzido a três meses, a proporção média aumenta para metade das famílias. Na Espanha, por exemplo, dois em cada três lares são capazes de passar três meses sem renda alguma.

A situação muda dramaticamente nos países emergentes, sobretudo na América Latina. “Os dados do relatório sugerem que existe uma relação direta entre vulnerabilidade financeira e desenvolvimento econômico do país. Nos países emergentes do estudo (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Rússia e África do Sul) pouco mais de 10% das unidades familiares suportam mais de seis meses”. “Os níveis de resiliência financeira frente às medidas de confinamento decorrentes da pandemia são, portanto, significativamente menores nestas economias”, adverte o relatório. Além disso, em geral, depois do desconfinamento gradual na região, uma parte importante das famílias não recuperou seu nível de renda anterior à pandemia.

Fatores microeconômicos

O nível macroeconômico de um lar não basta para medir sua vulnerabilidade financeira. O relatório do BBVA volta os olhos também para aspectos microeconômicos que atrapalham as chances de sobrevivência. Por exemplo, “as características que definem a pessoa que toma as decisões financeiras no lar, como o gênero, o nível educacional, a idade e a situação profissional”.

A pesquisa encontrou fatores que se repetem entre os responsáveis por sustentarem os lares mais vulneráveis, “como ser mulher, ser muito jovem ou de idade avançada, ter apenas educação primária ou estar em situação de desemprego ou fazer parte do coletivo de pessoas inativas”. “Tais relações, entretanto, são condicionadas por fatores próprios de cada sociedade”, advertem os pesquisadores. Em todos os países da América Latina ocorre que os lares chefiados apenas por mulheres superam a média de vulnerabilidade financeira, sobretudo na Argentina, Brasil e Peru. Só o Paraguai escapa à norma.

A análise se baseou em pesquisas feitas por diversos organismos sob as diretrizes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) para medir a educação e as capacidades financeiras da população. Os países estudados foram África do Sul, Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, Estados Unidos, Espanha, Finlândia, Hong Kong, Países Baixos, Paraguai, Peru, Reino Unido e Rússia.

 

Um passeio mágico pelo munfo

 https://youtu.be/r6qi393Z7L8           

Click link acima (vídeo: 3 min)

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

New York Times revela que Donald Trump não paga impostos e pode quebrar como empresário

 

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domingo, 27 de setembro de 2020

Serjão Loroza: "a estrutura racista faz os pretos não se identificarem com eles mesmos"

Serjão disse que a ausência de representatividade preta na mídia prejudica a autoestima dos negros e lembrou que na infância, quando brincava de “Super Amigos”, ele não tinha um super-herói preto no qual se inspirar. "É difícil a gente conseguir mensurar a falta que faz essa representatividade". 

(Foto: Divulgação)
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Por Nêggo Tom - Um das figuras mais talentosas e carismáticas do meio artístico, o ator, músico e apresentador Serjão Loroza mostrou-se atento às pautas raciais e presente no ativismo preto. Durante sua participação no programa “Um Tom de resistência” nesta semana na TV 247, o artista falou sobre a sua carreira, do sucesso da sua participação no quadro “Dança dos Famosos”, no programa do Faustão, e se posicionou firmemente sobre racismo. “Essa estrutura cruel chamada racismo faz com que nós, pretos, não nos identifiquemos com as nossas origens e com a nossa cultura”, disse ele.

Perguntado se a ausência de representatividade preta na mídia prejudica a autoestima dos negros, Serjão respondeu que sim e lembrou que na infância, quando brincava de “Super Amigos”, ele não tinha um super-herói preto no qual se inspirar. “É difícil a gente conseguir mensurar a falta que faz essa representatividade. Na minha época, tinha o desenho dos super amigos. Tinha o Super-Homem, Batman e Robin, Mulher Maravilha...E na hora da brincadeira, quando eu tinha que escolher um herói para ser, eu escolhia o ‘Aquaman’. As nossas referências de nós mesmos sempre foram muito poucas”, reclamou.

Loroza revelou estar fazendo terapia atualmente, para aprender a lidar melhor com as marcas que o racismo deixa no subconsciente dos pretos, em função do preconceito estrutural estabelecido em nossa sociedade, que pode causar, além da não aceitação própria, danos psicológicos difíceis de se reverter. “Eu tinha dificuldade em aceitar instrumentos percussivos, com receio de estar voltando às minhas raízes, ao que eu sou mesmo, porque a nossa cultura sempre foi alvo de discriminação. Na minha casa, assuntos que envolviam o idioma Ioruba eram evitados, por influência da aculturação a qual fomos submetidos”, confessou Serjão.

Ele também deu sua opinião a respeito da polêmica envolvendo a empresa Magazine Luiza, que abriu um programa de trainees somente para candidatos pretos. “Em primeiro lugar, eu gostaria de dizer que já fiz o meu pedido no site da Magalu e não estou ganhando nada para fazer propaganda deles aqui no seu programa”, brincou inicialmente. Depois Loroza falou sobre a importância da iniciativa da empresa e das reações contrárias à ação.

“É bom, porque estamos vendo os racistas saírem do armário e junto com eles, muitos brancos que dizem gostar de nós (pretos), mas que reclamam quando recebemos as oportunidades que eles sempre tiveram. O projeto é bom, mas é apenas o começo. Precisamos e queremos ainda mais. E vamos em busca disso”, pontuou.

 

Física quântica

https://youtu.be/AYXzh5Toguc                         Física quântica 


Clique link acima (vídeo)

sábado, 26 de setembro de 2020

Cuidado com os filhos: além de amor, eles precisam saber que foram DESEJADOS

Amor e Limites

 

Colunista Monica Cruz lembra que não há uma escola que ensine a ser mãe, mas que existem algumas atitudes que ajudam na criação dos pequenos

Por iG Delas - Monica Cruz | 25/09/2020 

Quando nasce um bebe, nasce uma mãe, isso é verdadeiro e automático. No momento em que a mulher tem um filho, ela se torna mãe, mas ser mãe não é ser boa mãe.

Além de amar os filhos, a mãe precisa fazer com que eles saibam se sintam desejados

Inúmeros motivos fazem a mulher encarar a maternidade. Há a necessidade de ter um filho e constituir uma família -- que pode ser chamada de instinto ou vontade mesmo. Já algumas tornam-se mães por “ acidente”, ou descuido. Outras pela religião. Qualquer que seja o motivo,  tem que ter havido o desejo entre um homem e uma mulher de gerar uma nova vida.

Pensando assim, toda criança, ao nascer, deveria ser muito amada e muito bem cuidada, já que foi desejada, mas infelizmente nem sempre isso acontece, justamente porque não há uma escola para ser mãe.

Seria muito bom se essa escola existisse, mas como não existe. As mães, muito bem intencionadas, vão aprendendo com erros e acertos o seu papel.

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É bastante comum ouvirmos mulheres que têm vários filhos dizerem que criaram cada um de uma maneira completamente diferente e que os filhos mais novos foram criados com menor preocupação do que o primogênito. Isso acontece porque, a cada novo filho e nova criação, já aprendeu alguma coisa.

Normalmente o filho mais velho foi o que recebeu uma  atenção mais exclusiva, muito presente, e quando nasceram os outros, essa atenção foi diminuindo e sendo dividida com seus irmãos.


Coração de mãe sempre cabe mais um, cabe mesmo, a mãe é capaz de amor todos os filhos, sejam eles quantos forem. Porém, não se cria um filho somente com amor. Amor é o básico, mas é preciso muito mais que isso.

Se houvesse uma escola para mães, nessa escola as mulheres aprenderiam que estar presente para o filho é mais importante do que amá-lo loucamente, que a presença física com atenção real é a maior necessidade da criança na infância.

É mostrar ao filho que ele é desejado, que a mãe quis que ele existisse, que ele é merecedor de seus cuidados, que não existe nada mais importante no mundo do que cuidar dele naquele momento em que você está com ele.

A criança sente quando não é desejada, por mais que os pais tentem suprir com coisas a falta de atenção. Mesmo muito pequenas, as crianças começam a nutrir um sentimento de rejeição. Uma criança que se sentiu rejeitava vai levar esse sentimento a vida adulta.

Ser rejeitada na infância, no momento em que não tem nada a oferecer além dela mesma, fará com que essa criança na vida adulta passe a oferecer coisas materiais em troca de amor, já que no seu inconsciente, quando ela não oferece nada, também não recebe nada de volta.

Esse é apenas um pequeno exemplo da importância da mãe na infância de uma criança. Existem inúmeros outros como esse, ser mãe é realmente muito mais do que colocar um filho no mundo. Ser mãe é dedicação em tempo integral, é cuidar, amar, proteger e prover.

Neste tema de “ escola para mães”, as mulheres podem aprender o tempo todo, observando outras mães, lendo sobre o assunto, assistindo a filmes, consultando amigas e parentes e corrigindo erros cometidos com outros filhos.


Tudo isso é importante no aprimoramento da criação e educação dos filhos. Aquela vontade de melhorar e fazer mais do que seus pais fizeram para você também é natural, queremos sempre evoluir e, às vezes, até mostrar aos nossos pais que podemos fazer melhor que eles.

Nada do que você fizer para os seus filhos será tão efetivo quanto mostrar a eles que, além de amados, eles foram desejados e são queridos. Por isso, o tanto de atenção que você está disposta a dar a eles é o que conta. 

Fonte: undefined - iG @ https://delas.ig.com.br/colunas/amor-e-limites/2020-09-25/cuidados-com-os-filhos-alem-de-amor-eles-precisam-saber-que-foram-desejados.html