A materialização das promessas, é claro, depende de fatores que estão fora do alcance dos governantes – escassez de recursos e outros. Mas, se eu tivesse que indicar três prioridades viáveis, quais seriam?
1. A infraestrutura é uma poderosa usina de empregos diretos, indiretos e remotos. Assim ocorre com as obras de energia, comunicação (5G), ferrovias, rodovias, saneamento, etc. Os investidores privados já mostraram seu apetite nos leilões recém-realizados, o que deve aumentar muito com a melhoria da segurança jurídica e o bom funcionamento das agências reguladoras.
Pode faltar pessoal qualificado, é verdade. Nesse campo, o governo precisará mobilizar as entidades de formação profissional de nível médio e superior e acionar políticas de incentivo para a preparação dos profissionais, em parceria com os investidores. Estes sabem muito bem o que é necessário.
2. Minha segunda prioridade cai no campo da educação para o trabalho. Destaco aqui a urgente necessidade de executar um programa de três ou quatro anos para recuperar o grave atraso educacional causado pela covid-19 na maioria das crianças e jovens.
Tal programa precisaria ser desenhado nos seus detalhes antes mesmo da posse do eleito e implantado para ajudar os jovens a entrarem de modo competitivo no mercado de trabalho. O Brasil não pode perder uma geração e deixar que ela tenha o seu futuro roubado. A qualificação também ajudará as empresas a melhorarem a sua produtividade.
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