O acordo anunciado pelos ministros das
Finanças dos países do G7 para tributação de grandes multinacionais
teria maior impacto para países ricos do que economias emergentes, como o Brasil.
Entenda: o país já tributa multinacionais e big techs
com uma alíquota maior que 15%, o percentual de imposto mínimo global
acertado no G7 com o intuito de reduzir a atratividade de paraísos
fiscais.
Por outro lado, o outro ponto combinado
entre as maiores economias do mundo, de que as empresas paguem parte
dos impostos nos países em que fazem negócios, ajudaria a direcionar uma
parte maior dos lucros para países em desenvolvimento.
Digital tax: os especialistas ouvidos pela Folha
também avaliam que a discussão tira do cenário o imposto sobre
transações financeiras para tributar a economia digital. Países como
França, Itália e Espanha adotam essa cobrança, que deve chegar ao fim
caso o acordo do G7 entre em vigor.
Por aqui, Paulo Guedes já tentou colocar em pauta esse
imposto diversas vezes, mas a proposta ficou caracterizada como a volta
da CPMF e não colou. No mês passado, o ministro falou que essa discussão estava interditada e ele não "brigaria" pela cobrança.
Números que explicam:
- € 120 bilhões (R$ 743 bilhões) é o potencial de receita estimado com um imposto mínimo de 15% sobre as multinacionais de 35 países.
- € 942 milhões (quase R$ 6 bilhões) de arrecadação extra o Brasil teria com esse imposto.
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