Um número incontável de profissionais acredita que a tecnologia, por si só, garante vantagem competitiva
14/08/2019 |
Por Maurício Benvenutti* - O Estado de S.Paulo
Os melhores negócios do mundo não focam em vender. Eles focam em construir marcas. Criar memórias. Gerar um conjunto de sentimentos em relação aos seus nomes, slogans e citações. A Apple, por exemplo, não tenta “converter” você em um iPhone. Em vez disso, ela estabelece a imagem da “experiência iPhone”. Assim como Netflix, Nubank e outras empresas admiradas pelos seus clientes.
Todas as artes das lojas são feitas à mão. Tinta, pincel e giz produzem cada etiqueta de prateleira, mural ou painel. Outra característica se refere à quantidade de produtos. Em vez de uma variedade enorme, o Trader Joe’s oferece poucas opções. Para eles, as pessoas se confundem quando há muitas alternativas. – eles só têm 4 mil tipos de produtos, gerando menos controles e processos.
Para garantir a qualidade e o menor preço, a maior parte dos produtos são de marcas próprias. Quanto ao restante, a empresa dispensa o modelo tradicional e não se relaciona com intermediários, distribuidores ou revendedores. O contato é feito diretamente com quem fabrica ou produz os itens que oferece. Também não há descontos. Para eles, “promoção” é uma simples palavra de 8 letras. Não há cupons, programas de fidelidade ou outras ações do gênero.
As estratégias do Trader Joe’s são atípicas para o cenário tecnológico de hoje. Mas, evidenciam que os desafios do empreendedorismo vão além de coletar dados, desenvolver algoritmos e comprar equipamentos modernos. A supremacia dos negócios mais inspiradores da atualidade é construída com experiências, não com transações.
*É SÓCIO DA PLATAFORMA PARA STARTUPS STARTSE
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