Mudanças em alíquotas previdenciárias terão efeito nulo sobre contas públicas
Por – com informações da Agência O Globo | -
Segundo estudo, aumento de R$ 25,5 bilhões na arrecadação no
regime dos servidores seria quase compensado pelas perdas de
R$ 23,1 bilhões no INSS
As novas regras de contribuição previdenciária propostas na reforma da Previdência
devem ter efeito nulo sobre as contas públicas. De acordo com estudo da Instituição
Fiscal Independente (IFI), a arrecadação no regime dos servidores públicos
crescerá R$ 25,5 bilhões nos próximos dez anos, só com a mudança nas alíquotas.
Mas, no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), as perdas serão de ao
menos R$ 23,1 bilhões no mesmo período.
A reforma propõe um sistema de alíquotas progressivas, parecido com o do
Imposto de Renda (IR). No INSS, o novo regime faria com que os que ganham
menos contribuíssem com menos: a menor faixa de contribuição cairia de 8% para 7,5%.
Como o sistema tem um teto (hoje de R$ 5.839,45), a maior tributação efetiva seria
de 11,68%. Já no caso dos servidores, que hoje recolhem 11% (com variações
dependendo do caso), poderiam pagar até 16,79%.
Imposto de Renda (IR). No INSS, o novo regime faria com que os que ganham
menos contribuíssem com menos: a menor faixa de contribuição cairia de 8% para 7,5%.
Como o sistema tem um teto (hoje de R$ 5.839,45), a maior tributação efetiva seria
de 11,68%. Já no caso dos servidores, que hoje recolhem 11% (com variações
dependendo do caso), poderiam pagar até 16,79%.
“Vê-se, portanto, que, de acordo com as estimativas oficiais, o ganho de receitas
obtido pela União com as mudanças no seu regime próprio foi praticamente todo
compensado pela perda de receita no RGPS [Regime Geral da Previdência Social]. Assim, considerando-se apenas a União, o efeito das mudanças nas contribuições é mais distributivo do que propriamente fiscal", avalia o estudo da IFI.
obtido pela União com as mudanças no seu regime próprio foi praticamente todo
compensado pela perda de receita no RGPS [Regime Geral da Previdência Social]. Assim, considerando-se apenas a União, o efeito das mudanças nas contribuições é mais distributivo do que propriamente fiscal", avalia o estudo da IFI.
O documento também destaca que o governo perderá em arrecadação de IR. No caso dos
servidores públicos, isso ocorrerá porque as contribuições previdenciárias são deduzidas
da renda tributável, ou seja: a mordida do Leão pesaria sobre um montante menor, com
perdas de R$ 7,1 bilhões entre 2020 e 2029. Já no caso do INSS, o governo deixaria de
arrecadar de R$ 2,6 bilhões a R$ 3,2 bilhões, porque boa parte dos trabalhadores com
renda mais baixa estarão isentos.
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