CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - O vice de Jair Bolsonaro (PSL), general
da reserva Antonio Hamilton Mourão (PRTB), afirmou nesta segunda-feira
(6) que o Brasil herdou a "indolência" dos indígenas e a "malandragem"
dos africanos. A declaração foi feita durante evento da Câmara de
Indústria e Comércio de Caxias do Sul (RS).
"Temos uma herança cultural, uma herança que tem muita gente que gosta do privilégio (...) Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandragem (...) é oriunda do africano", afirmou. "Então, esse é o nosso cadinho cultural. Infelizmente gostamos de mártires, líderes populistas e dos macunaímas."
Procurado pela Folha de S.Paulo para comentar o conteúdo da declaração, Mourão ressaltou que também falou do privilégio dos brancos. "Não tem nada demais, até porque sou descendente de indígenas. Não é acusação para nenhum grupo, isso não existe. Temos uma raça brasileira, a junção de tudo isso aí", disse.
Ele argumentou, ainda, que suas frases foram retiradas de contexto. "O que acontece é que as pessoas pinçam determinadas frases e querem retirar do contexto em que foram colocadas. Estava falando da herança cultural de forma genérica."
A presidenciável Marina Silva (Rede) criticou a declaração de Mourão em suas redes sociais. "Extremismo e racismo são uma combinação perigosa. Não podemos tolerar racismo numa corrida presidencial", escreveu.
"Temos uma herança cultural, uma herança que tem muita gente que gosta do privilégio (...) Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena. Eu sou indígena. Meu pai é amazonense. E a malandragem (...) é oriunda do africano", afirmou. "Então, esse é o nosso cadinho cultural. Infelizmente gostamos de mártires, líderes populistas e dos macunaímas."
Procurado pela Folha de S.Paulo para comentar o conteúdo da declaração, Mourão ressaltou que também falou do privilégio dos brancos. "Não tem nada demais, até porque sou descendente de indígenas. Não é acusação para nenhum grupo, isso não existe. Temos uma raça brasileira, a junção de tudo isso aí", disse.
Ele argumentou, ainda, que suas frases foram retiradas de contexto. "O que acontece é que as pessoas pinçam determinadas frases e querem retirar do contexto em que foram colocadas. Estava falando da herança cultural de forma genérica."
A presidenciável Marina Silva (Rede) criticou a declaração de Mourão em suas redes sociais. "Extremismo e racismo são uma combinação perigosa. Não podemos tolerar racismo numa corrida presidencial", escreveu.
Esta não foi a primeira fala
polêmica do general. Em fevereiro, ele afirmou que o coronel Carlos
Brilhante Ustra é um herói por ter combatido o terrorismo. Ustra foi
reconhecido pelo Poder Judiciário, em ação declaratória, como
torturador.
Mourão também já disse que uma intervenção militar poderia ser
adotada se o Poder Judiciário não solucionasse o problema político, em
referência aos casos de corrupção.
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