Além da falta de alimentos para todos, os cientistas têm afirmado que comer carne todo dia piora o aquecimento global.
[Imagem: EBC]
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Comida para todos
O rendimento das safras agrícolas poderá fornecer alimentos nutritivos para a população de todo o mundo de acordo com as projeções para o número de humanos na Terra em 2050 - mas somente se fizermos mudanças radicais em nossas escolhas alimentares.
A equipe do professor Nick Hewitt, da Universidade Lancaster (Reino Unido), analisou o suprimento alimentar global e regional para calcular os fluxos de calorias, proteínas e micronutrientes vitais, desde a produção até o consumo humano.
Para verificar se poderíamos alimentar uma população crescente com o nível atual de tecnologia, a equipe combinou dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) com dados de nutrientes alimentares e informações sobre a agricultura e a pecuária e a necessidade nutricional humana.
Eles concluem que, mesmo sem melhorias no rendimento das culturas, a produção agrícola atual é suficiente para fornecer alimentos saudáveis para a população mundial, prevista em 9,7 bilhões de pessoas em 2050, embora isso exija mudanças radicais no comportamento.
Seria necessário haver mudanças fundamentais nas dietas humanas, substituindo a maioria das carnes e laticínios por alternativas baseadas em vegetais, e uma maior disposição para comer culturas como o milho, que atualmente são fornecidas aos animais.
Se isto não for feito, a agricultura terá que mais do que dobrar sua produção atual. "Se a sociedade continuar em sua trajetória dietética atual, será necessário um aumento de 119% nas culturas comestíveis por volta de 2050," disse Hewitt.
Os pesquisadores reconhecem que carnes e laticínios, particularmente aqueles produzidos a partir de pasto e resíduos de cereais, podem ser importantes para pessoas que não têm acesso a diversos tipos de alimentos e que não têm acesso a suplementos alimentares.
"No entanto," concluem eles, "no geral, a produção industrializada de carnes e laticínios, que atualmente depende em 34% das calorias de plantas comestíveis para os humanos em todo o mundo, é altamente ineficiente em termos de fornecimento de nutrição humana."
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