quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Não há necessidade de se fazer auditoria da dívida pública brasileira

De 1994 a 2002 (governo FHC) a dívida de estados e municípios aumentou 473% em função principalmente da adoção de elevado índice de correção da mesma dívida (inflação IGP-DI + 6% a 9% de juros ao ano), passou por todo o governo Lula e só foi mudado em 2014, no governo Dilma, quando passou a ser a inflação medida pelo IPCA + 4% de juros ao ano ou taxa Selic (aplicando-se o menor índice de correção entre os dois escolhidos pela União). Ora, grande parte do aumento da dívida é constituída de juros sobre juros e apenas uma parcela razoável constituiu uso ou empréstimo líquido de dinheiro. Ninguém aguenta pagar cerca de 15% de juros ao ano, por exemplo, ou mais que isto. Portanto, esquerdóides de plantão, parem de tratar de propostas inúteis ou desnecessárias e proponham caminhos para o Brasil manter a inflação baixa e pagar apenas 1% de juro + inflação medida pelo IPCA como indexador de dívida (tanto para estados, municípios e União). Outra medida simples e óbvia seria propor um abatimento na mesma dívida, para que o seu pagamento ou amortização seja possível (caso contrário, ela se tornará descontrolada e impagável - com desastrosos reflexos para o país). Além disso, urge fazer uma reforma tributária que seja progressiva e incida sobre o patrimônio, fazer uma reforma trabalhista mais adaptada à contemporaneidade e, finalmente, fazer uma reforma previdenciária sustentável e que dê fôlego às finanças do Estado. Em suma: devemos conter a sangria pública via controle dos gastos, tanto operacionais quanto financeiros... para que sobrem recursos para proporcionar serviços de qualidade à população brasileira.

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