sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Hidrogênio verde de etanol na USP

Uma parceria entre USP (Universidade de São Paulo), Shell Brasil e Raízen pretende desenvolver uma tecnologia para tranformar etanol em hidrogênio verde, que será testado em ônibus da Cidade Universitária.

Entenda: por sua baixa emissão de carbono, o hidrogênio verde se tornou um dos combustíveis do futuro diante da atual crise energética. O gás é utilizado em setores de transporte, siderurgia, química e na geração de energia elétrica.
  • A maioria dos projetos de geração de hidrogênio costuma adotar um processo químico –eletrólise– que usa uma corrente elétrica para separar o hidrogênio do oxigênio na água. 
     
  • O diferencial do hidrogênio verde é que a fonte energética é limpa, geralmente solar ou eólica. A tecnologia ainda engatinha, porque transportar o combustível é complicado.
O projeto: o modelo da parceria é diferente dos mais tradicionais ao usar o etanol. A ideia é desenvolver um equipamento chamado reformador, que quebra a molécula do biocombustível para transformá-la em hidrogênio. 
  • Ele partirá de um protótipo já existente da empresa Hytron, que também integra a parceria, assim como o braço de inovação em biossintéticos e fibras do Senai. O início das operações está previsto para 2023.
     
  • O projeto prevê a instalação de duas fábricas no campus da USP já pensando num modelo fácil de ser replicado em outros locais, como em postos de combustíveis –o que mitigaria o problema do transporte do hidrogênio.
     
  • O biocombustível será fornecido pela Raízen, maior produtora de etanol de cana do mundo. A Shell, que tem investido em tecnologias de baixo carbono mundo afora, vai colocar R$ 50 milhões no projeto.
Outras iniciativas: no fim de julho, a Unigel divulgou seu plano para construir uma fábrica de hidrogênio verde em Camaçari, na Bahia, com investimento inicial de US$ 120 milhões e que usará energia elétrica renovável na eletrólise.
  • Por seu potencial de geração de energia limpa, o Brasil é considerado como um mercado promissor para a produção de hidrogênio verde.

 

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