Uma parceria entre USP (Universidade de São Paulo), Shell Brasil e Raízen pretende desenvolver uma tecnologia para tranformar etanol em hidrogênio verde, que será testado em ônibus da Cidade Universitária.
Entenda: por sua baixa emissão de carbono, o hidrogênio verde se tornou um dos combustíveis do futuro diante da atual crise energética. O gás é utilizado em setores de transporte, siderurgia, química e na geração de energia elétrica.
- A maioria dos projetos de geração de hidrogênio costuma adotar um
processo químico –eletrólise– que usa uma corrente elétrica para separar
o hidrogênio do oxigênio na água.
- O diferencial do hidrogênio verde é que a fonte energética é limpa,
geralmente solar ou eólica. A tecnologia ainda engatinha, porque
transportar o combustível é complicado.
O projeto: o modelo da parceria é diferente dos mais
tradicionais ao usar o etanol. A ideia é desenvolver um equipamento
chamado reformador, que quebra a molécula do biocombustível para
transformá-la em hidrogênio.
- Ele partirá de um protótipo já existente da empresa Hytron, que
também integra a parceria, assim como o braço de inovação em
biossintéticos e fibras do Senai. O início das operações está previsto
para 2023.
- O projeto prevê a instalação de duas fábricas no campus da USP já
pensando num modelo fácil de ser replicado em outros locais, como em
postos de combustíveis –o que mitigaria o problema do transporte do
hidrogênio.
- O biocombustível será fornecido pela Raízen, maior produtora de
etanol de cana do mundo. A Shell, que tem investido em tecnologias de
baixo carbono mundo afora, vai colocar R$ 50 milhões no projeto.
Outras iniciativas: no fim de julho, a Unigel divulgou seu plano
para construir uma fábrica de hidrogênio verde em Camaçari, na Bahia,
com investimento inicial de US$ 120 milhões e que usará energia elétrica
renovável na eletrólise.
- Por seu potencial de geração de energia limpa, o Brasil é
considerado como um mercado promissor para a produção de hidrogênio
verde.
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