O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
Acidentes com crianças na cozinha podem ser evitados com medidas simples de prevenção, confira as orientações.
Por Erika Tonelli * Publicado em 25/04/2022
É
comum acreditar que crianças e adolescentes estão totalmente seguros
dentro de casa, não é? Mas dados do Ministério da Saúde apontam que 1 em
cada 3 acidentes fatais com crianças de até 14 anos de idade ocorre dentro de casa. Isso acontece porque inúmeras situações e objetos do nosso dia a dia podem representar riscos para meninos e meninas.
A cozinha é
um dos ambientes da casa que mais oferece risco de lesões para as
crianças e adolescentes. Nesse local, existem objetos que podem ser
perigosos, como facas, fósforos e até alguns produtos de limpeza. Além
disso, forno e fogão podem ocasionar queimaduras graves quando estão
sendo usados no preparo dos alimentos.
A boa notícia é que, segundo a Safe Kids WorldWide,
90% dos acidentes podem ser evitados com medidas simples de prevenção.
Confira as principais orientações de segurança na cozinha:
1) Evite
que as crianças brinquem neste cômodo sem que um adulto esteja por
perto para avaliar se a atividade pode representar risco ou não para
ela.
2) Quando
estiver cozinhando, restrinja o acesso das crianças à cozinha. Uma
opção é instalar um portãozinho na porta que dá acesso a esse cômodo.
3) Mantenha
longe do alcance das crianças: facas, recipientes de vidro ou cerâmica,
fósforos, isqueiros, sacos plásticos e produtos de limpeza. Eles devem
ser guardados em armários altos ou gavetas com trava.
4) Ao
cozinhar, dê preferência por utilizar as bocas de trás do fogão e vire
os cabos das panelas para dentro. Isso dificulta o acesso da criança e
previne que ela se queime acidentalmente.
5) Cuidado
redobrado quando o forno for utilizado. Não permita que as crianças
cheguem perto, pois o contato pode provocar queimaduras graves.
6) Ao
servir as refeições, evite utilizar toalha de mesa comprida. As
crianças podem puxá-la e os líquidos e alimentos quentes podem cair em
cima dos pequenos e causar queimaduras graves.
Se
você ficou interessado e quer saber mais sobre entornos seguros e
protetores, acesse o e-book “Casa Segura” e faça o download gratuito, clicando aqui. Para verificar o nível de segurança da sua casa, o Instituto Bem Cuidar desenvolveu um quiz on-line que permitirá de modo prático e rápido avaliar a proteção de ambientes domésticos. Confira aqui!
Conheça uma série de livros infantojuvenis para indicar aos seus filhos
Redação Papo de Mãe Publicado em 26/04/2022,
A
maioria das pessoas acha que entende o comportamento humano até que um
filho ou filha entre nas suas vidas. Acompanhar cada reação e cada passo
do desenvolvimento deles é fundamental para que possamos orientá-los em
processos de conflitos e autoconhecimento. Além disso, entendendo a si e
o mundo que a cerca, a criança ou adolescente passa a ter ferramentas
próprias para tomar decisões importantes e lidar com questões que
enfrentarão pela vida.
Para ajudar nesta missão, a
especialista Helen Mavichian, psicoterapeuta especializada em crianças e
adolescentes e mestre em distúrbios do desenvolvimento pela
Universidade Presbiteriana Mackenzie, listou algumas dicas de livros e
séries de psicologia infantil que podem ajudar crianças e adolescentes a
compreender melhor pensamentos, sentimentos e angústias.
Anote as dicas!
1) Série de livros do autor Todd Parr:
O
escritor e ilustrador norte-americano passa em suas obras a mensagem de
que não há problema em ser diferente. O mote é inspirado em
experiências pessoais vividas pelo autor ao longo de sua infância. Todd
Parr trata em seus livros de temas universais do cotidiano das crianças,
com o diferencial de conseguir quebrar tabus, ao abordá-los de forma
simples, divertida e colorida.
O livro dos sentimentos
- Raiva, medo, ansiedade e alegria são sentimentos contraditórios e
confusos para as crianças. Às vezes, não dá vontade de inventar alguma
coisa diferente, como beijar um leão-marinho? Nesta obra, o autor Todd
Parr fala sobre os sentimentos e como devemos compartilhar todos eles
com quem a gente ama.
Eu não tenho medo
- Com seu estilo bem-humorado, Todd Parr incentiva as crianças a
enfrentar os seus medos e dizer: eu não tenho medo! O livro apresenta
situações que os pequenos têm receio de enfrentar e demonstra de maneira
singela como vê-los de forma positiva, incentivando a criança a superar
seus medos.
O livro da gratidão
- Algumas vezes, as coisas simples passam despercebidas no nosso dia a
dia, mas são elas que fazem o verdadeiro sentido da vida. Você pode ser
grato pela possibilidade de viajar nas férias, por poder contar com os
amigos, pelo carinho dos seus bichos de estimação e até mesmo pela cueca
que serve direitinho na sua cabeça. A gratidão é um dos sentimentos
mais nobres e abrangentes do ser humano. Em O livro da gratidão, Todd
Parr nos faz pensar sobre os pequenos detalhes pelos quais devemos ser
gratos, com desenhos bem coloridos, altas doses de sensibilidade e muito
bom humor.
Tudo bem ser diferente
– Neste livro Todd Parr trabalha com as diferenças de cada um de
maneira divertida, simples e completa, alcançado o universo infantil e
abordando assuntos que deixam os adultos de cabelos em pé, como adoção,
separação de pais, deficiência física, preconceito racial, entre outros.
Tudo bem cometer erros
– A obra ensina como lidar com os erros e aborda de forma simples e
educativa que, mesmo depois de adulto, os erros cometidos tornam os
aprendizados necessários para a pessoa. Todd Parr mostra como situações
que a princípio parecem erradas ou equivocadas são oportunidades de
aprendizagem.
Assista ao Papo de Mãe sobre literatura infantil
2) Séries Sentimentos e Emoções, do autor James Misse:
A
coleção conta com quatro livros, tendo como principal personagem o
Ednelson, um garotinho que entende e fala sobre sua evolução e seus
sentimentos e emoções. Os livros levam os nomes de diferentes
sentimentos e emoções nos títulos: “Quando eu sinto medo”, “Quando me
sinto feliz”, “Quando me sinto triste” e “Quando eu sinto raiva”. A
ideia é abrir um canal de comunicação para que crianças e adultos
consigam identificar tais sentimentos.
3) Os monstrinhos dos problemas, ajudando as crianças a enfrentar dificuldades, da autora Cynthia Borges de Moura:
O
livro foi elaborado para o trabalho de reconhecimento dos problemas com
as crianças. Ele coloca o problema fora da vida da criança, culpando os
monstrinhos! Criaturinhas que perturbam as crianças, criam problemas,
constrangimentos, dão preguiça e contam mentiras. Tem o Tacamedus,
Loroterirus, Briguentus, Corpumolis e mais alguns outros. A autora cria
uma fantasia em que não é a criança que tem problemas, mas sim o
monstrinho que causa esses problemas a ela! É uma brincadeira que
facilita a aceitação dos objetivos terapêuticos por parte da criança.
4) Pedro não quer ir ao banheiro, de Ariádny Abbud:
Este
livro conta a história de Pedro, uma criança que experimenta diferentes
emoções ao tentar se esconder das pessoas que sente medo e evita a todo
custo usar o banheiro. Ao longo da narrativa, Pedro manifesta as mesmas
dificuldades que crianças com transtorno de eliminação, chamado de
encoprese, como constipação, dor abdominal, vazamento das fezes na
roupa, regressão para o uso da fralda, dor ao evacuar e sentimentos de
vergonha, medo e culpa.
5) Vazio, da autora Anna Llenas:
A
vida é cheia de encontros e também de perdas. Às vezes, a gente perde
coisas insignificantes: um lápis ou um objeto qualquer. Mas podemos
perder coisas bem mais valiosas, como a saúde ou uma pessoa querida. O
livro “Vazio” conta a história de uma menina que consegue superar essa
tristeza, dando um novo sentido às suas perdas. O livro é uma
interessante fábula, com uma abordagem leve para um tema tão delicado.
6) Emocionário, diga o que você sente, de Crisitina Núñes Pereira e Rafael R. Valcárcel:
Como
descrever o amor? O que você sente quando está com medo? De onde vem a
alegria? Por que sentimos inveja? Emocionário é um dicionário de emoções
que ajuda a entender melhor o que se passa no coração. Prazer, ódio,
entusiasmo, insegurança, orgulho e muitos outros sentimentos são
representados por ilustrações inspiradoras e explicados de forma simples
e delicada. Com esse livro, crianças de todas as idades vão aprender a
reconhecer suas emoções e expressar seus sentimentos.
O
livro conta a história do monstro das cores, um monstrinho que está
confuso e não sabe o que está acontecendo. Suas emoções estão uma
verdadeira bagunça. Com a ajuda de uma menininha esperta, ele consegue
desembolar tudo. Para cada emoção, uma cor. Por exemplo, o amarelo
representa a alegria; o azul, a tristeza; o preto, o medo. "O monstro
das cores" tornou-se o livro de cabeceira de milhares de famílias e
educadores. A história estimula as crianças a identificar as diferentes
emoções que sentem.
8) Quando Me Sinto, de Trace Moroney:
A
coleção “Quando me sinto” foi cuidadosamente desenvolvida para ajudar
as crianças a entender melhor seus sentimentos e suas emoções e, assim,
ganhar maior autonomia em sua vida. Falar sobre os sentimentos ensina a
criança que, de vez em quando, é normal ficar triste, zangada ou
assustada. Com uma tolerância maior em relação aos sentimentos mais
dolorosos, a criança torna-se livre para desfrutar seu mundo, para
sentir-se segura com suas habilidades a ser feliz. Nestes livros estão
dicas importantes sobre como agir sobre essas situações.
9) Amoras, da autora Emicida:
Em
seu primeiro livro infantil, Emicida conta uma história cheia de
simplicidade e poesia que mostra a importância de nos reconhecermos nos
pequenos detalhes do mundo. Na música “Amoras”, Emicida canta: “Que a
doçura das frutinhas sabor acalanto / Fez a criança sozinha alcançar a
conclusão / Papai que bom, porque eu sou pretinha também”. E é a partir
desse rap que um dos artistas brasileiros mais influentes cria seu
primeiro livro infantil e mostra, através de seu texto e das ilustrações
de Aldo Fabrini, a importância de nos reconhecermos no mundo e nos
orgulhamos de quem somos — desde criança e para sempre.
Sobre
Helen Mavichian: é uma psicoterapeuta especializada em crianças e
adolescentes e Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie. É graduada em Psicologia, com especialização
em Psicopedagogia. Pesquisadora do Laboratório de Neurociência Cognitiva
e Social, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Possui experiência
na área de Psicologia, com ênfase em neuropsicologia e avaliação de
leitura e escrita.
O
que você cultiva na sua família reflete em todas as pessoas, inclusive
em quem você nem conhece. Atenção aos hábitos individuais
Mariana Wechsler* Publicado em 29/04/2022
Esse
últimos dias eu tenho me lembrado tanto de um discurso do Obama, ex
Presidente dos Estados Unidos, que ele fez numa convenção há quase dois
anos atrás. E muito do que ele falou tem relação com o que quero
compartilhar hoje.
O mundo está passando por um momento de
inflexão, de ruptura de um movimento de democratização político e social
que começou há alguns anos, buscando retornar aos credos e
comportamentos de um passado sombrio que não podemos permitir que
retorne.
Tudo o que nossos antepassados plantaram, cultivaram, nós
estamos colhendo hoje. Como toda colheita, se pararmos de plantar, se
pararmos de cultivar o que foi conquistado, as gerações futuras colherão
outros frutos ou não colherão mais nada.
Obama
compartilhou um dos últimos momentos que teve com John Lewis, um de
seus maiores ídolos e mentor. John era dos dos poucos políticos vivos
que participaram dos movimentos civis nos Estados Unidos, tendo lutado
ao lado de Martin Luther King.
John disse que a primeira vez que
encontrou com Obama dentro da Salão Oval, a sala da Presidência, ele
chorou de emoção. Obama ficou surpreso ao ver o seu maior ídolo chorando
ao vê-lo. John disse que nunca havia imaginado a possibilidade de ver
ainda vivo um Presidente dos Estados Unidos preto.
John também
lembrou que naquele mesmo dia, anos antes, ele estava sendo levado para a
prisão por lutar pelos direitos civis e contra a segregação racial. E
Obama conclui esse memória dizendo: o que nós fazemos hoje ecoa para
todas as gerações seguintes.
Comportamentos dentro do ambiente
familiar repercutem em todos os aspectos da sociedade. E tenha certeza
que, o levantar convicto de uma pessoa é capaz de contagiar milhares,
milhões de pessoas.
Imagina
o que você pode fazer pela sua família, imagine qual família você quer
ter, imagine quem você quer ser para o seu filho e filha. E seja!
Enxergar
o efeito de um comportamento seu no seu filho e filha é muito difícil
de se alcançar, porque pode ser muito difícil para você assumir uma
responsabilidade.
Comportamentos mais evidentes são extremamente
fáceis de ver, pois são escancarados. O preconceito racial, de gênero,
de opção sexual é evidente, muito fácil de perceber. Está lá, basta
querer ver e enfrentar.
Já comportamentos mais sutis são difíceis
de se enxergar. Por exemplo, como você se relaciona com o dinheiro, com o
sucesso, com relacionamentos conjugais, amizades, filhos etc.
Seja
mais visível ou menos visível, um comportamento enraizado, um
comportamento que foi e é alimentado constantemente, é realmente difícil
de mudar.
Por isso a importância de você encontrar o seu momento
emocional que criou um ponto de inflexão na sua vida e acabou
determinando a base de um hábito seu – hábito nada mais é do que um
comportamento repetido e alimentado por muito tempo que até acaba
parecendo como se fosse parte de você, mas não é.
Para encontrar esse momento, eu faço um MAPA DO HÁBITO
Preste atenção agora, isso é capaz de transformar a sua vida.
Ao longo do seu dia, tente reparar no seu comportamento e no comportamento do seu filho.
Gente,
o que vou te ensinar agora, você pode aplicar em todos os aspectos da
sua vida, com seu cônjuge, seu chefe, seu cliente, qualquer pessoa que
você se relaciona.
E lembre-se, todo comportamento que se repete é
um HÁBITO. E hábitos nocivos a sua felicidade precisam ser
transformados em hábitos construtivos.
Antes de começar, acredite
no seu potencial. Eu acredito plenamente na sua capacidade, mesmo sem te
conhecer pessoalmente. Todas as pessoas possuem um poder incrível de
transformação, basta se dedicar, basta colocar toda a sua energia nessa
transformação positiva.
Comece a anotar todos os eventos
desafiadores para você. Por exemplo, sua filha não come direito, ou seu
filho grita e faz manha. Mas não anote o evento em si, anote os
sentimentos que ocorreram antes e durante, e as memórias que vieram a
tona.
O
que você falou antes para o seu filho? Como era o seu comportamento?
Estava dando atenção? Estava prestando atenção ao que seu filho queria
falar? Qual era sua postura corporal na hora do seu filho comer. Anote
tudo isso.
No próximo evento, faça a mesma coisa. Perceba como
você está, o que está sentindo, qual memória que vem a tona na sua mente
quando esse evento de conflito aparece, quais emoções aflorecem.
Vai
chegar um ponto em que num conflito você vai conseguir parar para se
observar, e isso será transformador para você. Se for preciso ficar em
silêncio nesse momento fique. Preste muita atenção em você mesma. Crie
um compromisso que você mostrará o melhor de você na sua resposta.
Sempre,
sempre, sempre, preste atenção nos seus pensamentos, nas suas palavras e
sua postura. Pensamentos, palavras e ações criam hábitos. Pensamentos,
palavras e ações moldam o seu futuro.
Não jogue a
responsabilidade do evento de conflito no outro. Não ache que a culpa do
choro é da criança, ela só está manifestando uma emoção. Não se
vitimize! Não queira ser uma vítima do seu destino e da sua condição
como pai ou mãe.
Evite
enfrentar um conflito com conceitos pre concebidos. Einstein já dizia
que não há como solucionar um problema com os mesmos fundamentos que
resultaram nesse problema.
Se você está com uma postura
autoritária com seu filho, não espere que ele não seja autoritário com
você! Quero água! Quero agora!
Seja sempre o seu melhor
O
budismo ensina que perante todo fato nós temos 3000 opções a escolher.
3000 formas como agir. Escolha a opção em que você seja feliz. Escolha a
opção que você quer ser.
Isso requer coragem.
Você tem coragem?
Mude você primeiro. O seu ambiente mudará junto. Vamos juntas nessa jornada da sua mudança!
Vamos mudar a nós mesmas, vamos mudar o Brasil e o mundo. Conte comigo!
Seja sua melhor amiga em primeiro lugar, seja a pessoa Fantástica que você é.
Você pode participar do nosso Fórum da Parentalidade, enviando sua história, dúvidas e desafios - clique aqui e participe.
Eu
mantenho uma pesquisa aberta para conhecer mais sobre você, quais temas
você gostaria de saber e qual pergunta você gostaria de fazer. Pode
clicar aqui muito obrigada por participar.
*Mariana Wechsler,
Educadora Parental, especialista em educação respeitosa, budista há
mais de 34 anos e formada em Comunicação. Mãe de Lara, Anne e Gael.
Escreve sobre parentalidade consciente, sobre os desafios da vida com
pitadas de ensinamentos budistas e suas experiências morando fora do
Brasil, longe de sua rede de apoio. Acredita que as mães precisam
aprender a se cuidar e se abraçar, além de receberem apoio e carinho.
Sempre diz: “Seja Fantástica! Seja sempre a sua melhor amiga”.
Pesquisadores
defendem que é possível ter um controle parcial sobre o processo de
recuperação do fim de um relacionamento amoroso
Allison Hope, The New York Times
28 de abril de 2022
Em
maio de 2020, Omar Ruiz se viu com o coração partido. “Minha esposa me
disse que não estava mais apaixonada por mim”. Pouco depois, o casal se
separou, depois de onze anos juntos.
Ele disse que não ficou
apenas arrasado, mas, como terapeuta de casamento e família, “todo esse
processo solapou minha identidade profissional”, disse Ruiz, que tem 36
anos e mora em Boston, nos
Estados Unidos. “Como posso ajudar os casais quando meu próprio
casamento está desmoronando?” E, assim, ele concluiu que precisava se desapaixonar.
“As pessoas dizem que ficar de coração partido
é normal, então não devemos tentar consertá-lo”, disse Sandra
Langeslag, professora associada de Ciências Psicológicas da Universidade
de Missouri em St. Louis, que estudou os efeitos das separações no cérebro.
Mas ela ressalta que existem muitas doenças comuns e até graves que
tentamos curar, então “por que não haveríamos de ajudar as pessoas que
estão de coração partido e tentando seguir em frente?”
Corações
partidos inspiraram músicas, poesias, artes visuais, sessões de escuta
cheias de sorvete com amigos e até um novo hotel. E independentemente do
motivo – seja morte, deficiência cognitiva, divórcio
ou outro – a maioria das pessoas que passam pela experiência espera se
recuperar e talvez até se apaixonar de novo por outra pessoa.
Mas
e se na verdade tivéssemos algum controle sobre o processo? Será que
alguém consegue deliberadamente se desapaixonar? Parte da ciência diz
que sim.
“Você pode trabalhar nisso”, disse Helen E. Fisher, antropóloga biológica e pesquisadora sênior do Instituto Kinsey, em Nova York.
Ela estuda a anatomia do amor e, em 2005, estudou imagens cerebrais de
cem pessoas usando ressonâncias magnéticas para identificar os circuitos
do amor romântico.
Fisher disse que descobriu que a mesma área
do cérebro associada à fome e à sede – conhecida como área tegmental
ventral, ou VTA, na sigla em inglês – é ativada quando você se apaixona,
fazendo desse processo “um impulso, não uma emoção”. Essa função
biológica faz com que se desapaixonar seja algo tão difícil quanto
tentar não sentir sede. Em outras palavras, não é fácil.
Dicas para se 'desapaixonar', segundo os especialistas
Jogue fora os cartões, cartas e objetos que lembram a outra pessoa
Não mantenha contato nem pergunte a amigos em comum como essa pessoa está
Tenha pensamentos negativos sobre a pessoa por quem você está tentando se desapaixonar
Pense em coisas que fazem você feliz
Busque atividades com amigos e familiares
Procure ajuda de um terapeuta
Kisha
Mays, 40 anos, que administra uma consultoria de negócios em Houston,
continuou amando seu ex-namorado mesmo enquanto ele estava na prisão.
Eles ficaram indo e voltando por anos, ela disse, e estiveram juntos por
dois anos antes de ele ser libertado em outubro de 2021. Aí, dois meses
depois, ele terminou com ela.
“Agora é curar, reconstruir e
aprender a confiar de novo”, disse Mays, observando que ajudou muito
fazer reiki e cura espiritual – além de jogar fora todos os pertences
dele.
Fisher concordaria com a técnica de Mays: ela sugere tratar
o processo de recuperação como se fosse um vício e jogar fora os
cartões, cartas e objetos que lembram a pessoa. Não mantenha contato nem
pergunte a amigos em comum como essa pessoa está. “Não fique
alimentando o fantasma”, disse ela.
Fisher, que colocou 17
pessoas que tinham acabado de passar por términos em scanners cerebrais,
encontrou atividade na VTA e nas funções cerebrais ligadas ao apego e à
dor física. “Não ansiedade ligada à dor física, mas dor física”, disse
ela.
Langeslag também disse que há esperança para quem está de
coração partido. Ela fez dois estudos para ver se as pessoas conseguiam
se sentir menos apaixonadas. Que estratégias funcionaram? Primeiro,
ajuda muito ter pensamentos negativos sobre a pessoa por quem você está
tentando se desapaixonar. A desvantagem? “Pensar negativamente faz você
se sentir menos apaixonado, mas não faz você se sentir melhor”, disse
Langeslag. “Na verdade, faz você se sentir pior”.
O que fazer,
então? Distração. Pense em coisas que fazem você feliz, além da pessoa
por quem você está tentando se desapaixonar. Isso deixou as pessoas mais
felizes, mas não menos apaixonadas.
A solução? O “um pouco dos
dois”, como Langeslag descreveu. Ou seja: pensamentos negativos sobre a
pessoa, seguidos por uma dose de distração.
Sua pesquisa
descobriu que as pessoas foram capazes de diminuir deliberadamente seu
amor, mas não o banir por completo. A quantidade média de tempo para
curar sentimentos feridos, de acordo com dados de pesquisa coletados dos
participantes do estudo, foi de seis meses, embora o tempo de cura
dependesse de vários fatores, como a duração do relacionamento.
Rachelle
Ramirez, escritora e editora em Portland, Oregon, ainda se lembra de
uma época em que as associações negativas funcionavam para ela. Quando
tinha 15 anos, ela teve o que parecia ser uma paixão incurável por um
colega de classe que estava muito menos interessado nela.
“Quando
digo que o desinteresse dele era excruciante, muitas vezes as pessoas
acham que é só melodrama adolescente”, disse Ramirez, que agora tem 47
anos. “Essa suposição não chega nem perto de capturar a dor” que ela
sentia ao pensar nele.
Mas, então, como Ramirez superou o amor
não correspondido? “Eu o imaginava coberto de vômito e segurando
gatinhos mortos”, disse ela. “Eu sei que foi meio extremo e não
sugeriria que todo mundo tentasse o mesmo, mas funcionou para mim”.
Algumas
pessoas não compram a noção, seja apoiada pela ciência ou não, de que é
possível se desapaixonar. Bethany Cook, psicóloga clínica de Chicago
especializada em avaliação neuropsicológica, desconfia da ideia de que
seja possível controlar a paixão.
“Amor e afeto são necessidades
humanas básicas. Não podemos renegá-las deliberadamente. Seria como
dizer que podemos escolher conscientemente parar de respirar”, disse
Cook. “Não temos esse poder. E fingir que temos é uma maneira de a
psique se enganar pensando que tem controle. Trata-se de um mecanismo de
enfrentamento pouco saudável.
“Os humanos podem se desapaixonar,
mas não deliberadamente”, acrescentou. “Sugerir que os humanos agem
deliberadamente de uma maneira que pode esgotar uma necessidade básica
vai contra a natureza do que nos torna humanos e do que a ciência nos
diz sobre nossa espécie”.
Ruiz, o terapeuta matrimonial, levou
mais de um ano para se desapaixonar com sucesso. Ele disse que foi
preciso recorrer a um mediador de divórcios para se desapegar de sua
esposa de forma mais completa, além de mergulhar em atividades com
amigos e familiares. E contou também com a ajuda de um terapeuta.
“Agradeço
ao meu terapeuta por me lembrar que o fim de um casamento é uma via de
mão dupla”, disse ele. “Tanto minha ex-mulher quanto eu somos
responsáveis pelo que aconteceu”. O terapeuta de Ruiz “também me lembrou
que sou humano e tão vulnerável a problemas de relacionamento quanto
qualquer outra pessoa”, acrescentou ele.
Isso ajuda a reformular a
noção de se apaixonar ou se desapaixonar, disse Damon L. Jacobs,
terapeuta de casamento e família em Nova York. “Os relacionamentos são
canais para maior energia, alegria e realização, mas não são a única
fonte”, disse Jacobs. Ter essa mentalidade, disse ele, pode ajudar você a
encarar a dor com mais graça e perspectiva.
“Quando as coisas
não dão certo”, afirmou ele, “ nós sabemos que ainda somos pessoas
incríveis, poderosas, vibrantes e amorosas, que vamos continuar
crescendo, amando e prosperando”. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU
Nas
profundezas dos Alpes, os cientistas mal conseguem conter sua
empolgação. Eles murmuram sobre descobertas que alterariam radicalmente
nossa compreensão do Universo.
"Estou procurando a quinta força (da natureza) desde que sou físico de partículas", diz Sam Harper.
Nos
últimos 20 anos, Sam vem tentando encontrar evidências de uma quinta
força da natureza — sendo a força da gravidade, eletromagnética e as
duas forças nucleares as quatro que os físicos já conhecem.
Ele
está depositando suas esperanças na grande reformulação do Grande
Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês). É o acelerador de
partículas mais avançado do mundo — uma máquina enorme que esmaga átomos
para fragmentá-los e descobrir o que está dentro deles.
Ele foi
turbinado ainda mais em uma reforma de três anos. Seus instrumentos
estão mais sensíveis, permitindo aos pesquisadores estudar a colisão de
partículas do interior dos átomos com uma definição maior; seu software
foi atualizado para poder receber dados numa taxa de 30 milhões de vezes
por segundo; e seus feixes estão mais estreitos, o que aumenta bastante
o número de colisões.
O que tudo isso significa é que agora há
uma chance maior de o LHC encontrar partículas subatômicas que são
completamente novas para a ciência. A expectativa é de que ele faça
descobertas que vão desencadear a maior revolução na física em cem anos.
Além
de acreditar que podem descobrir uma nova (quinta) força da natureza,
os pesquisadores esperam encontrar evidências de uma substância
invisível que compõe a maior parte do Universo, a chamada matéria
escura.
Há uma pressão enorme sobre os pesquisadores para
apresentar resultados. Muitos esperavam que o LHC já tivesse encontrado
evidências de um novo reino da física.
Nova cadeia experimental
O
LHC faz parte da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear, conhecida
como Cern, na fronteira franco-suíça, nos arredores de Genebra.
À
medida que você se aproxima, parece um complexo comum — blocos de
prédios de escritórios e dormitórios da década de 1950, em meio a
gramados bem cuidados e vias sinuosas com nomes de físicos renomados.
Mas
a 100 metros no subsolo, está uma catedral para a ciência. Consegui
chegar ao coração do LHC, a um dos detectores gigantes que fez uma das
maiores descobertas da nossa geração, o Bóson de Higgs, uma partícula
subatômica sem a qual muitas das outras partículas que conhecemos não
teriam massa.
O detector Atlas tem 46m de comprimento e 25m de
altura. É um dos quatro instrumentos do LHC que analisam as partículas
criadas por ele.
São 7 mil toneladas de metal, silício, eletrônica
e fiação, reunidas de forma complexa e precisa. É uma coisa de grande
beleza. "Majestade" é a palavra usada por Marcella Bona, da Queen Mary
University de Londres, no Reino Unido, uma das cientistas que usam o
detector Atlas para seus experimentos.
Fico olhando extasiado,
enquanto Marcella me conta sobre as melhorias feitas no detector durante
os três anos de desligamento do LHC.
"Será de duas a três vezes melhor, em termos de capacidade do nosso experimento de detectar, coletar e analisar dados", diz ela.
"Toda a cadeia experimental foi atualizada."
Em
meio ao barulho dos engenheiros terminando a reforma do Atlas, acho
difícil imaginar que algo tão grande seja necessário para detectar
partículas que são muito menores que um átomo.
O LHC tem quatro
desses detectores, cada um fazendo experimentos diferentes. É bem no
centro destes detectores gigantescos que partículas conhecidas como
prótons, encontradas no núcleo dos átomos, colidem após serem aceleradas
perto da velocidade da luz em torno de um anel de 27 km de
circunferência.
As colisões geram partículas ainda menores que
saem voando em diferentes direções. Sua trajetória e energia são
rastreadas pelos sistemas dos detectores, e é este rastro que informa
aos cientistas que tipo de partícula é — mais ou menos como determinar a
espécie e as características de um animal a partir de suas pegadas.
Quase
todas as partículas menores decorrentes das colisões já são conhecidas
pela ciência. O que os físicos procuram aqui é evidência de novas
partículas que podem surgir das colisões, mas acredita-se que sejam
criadas muito raramente.
São essas partículas ainda desconhecidas
que os físicos acreditam ser a chave para desvendar uma visão
completamente nova do Universo. A descoberta delas pode provocar a maior
mudança no pensamento da física desde as teorias da relatividade de
Einstein.
Os engenheiros passaram os últimos três anos atualizando
o LHC para produzir mais colisões em um espaço de tempo mais curto. A
máquina reformada tem uma chance muito maior de gerar e encontrar as
novas partículas raramente criadas. Grande parte desse trabalho foi
liderado por Rhodri Jones, que se alegra com seu título de "chefe dos
feixes".
Encontro Rhodri na área de montagem magnética do Cern,
que se assemelha a um grande hangar de aviões. Aqui, os engenheiros
estão renovando os ímãs cilíndricos de 15 metros de comprimento que
dobram os feixes de partículas ao redor do acelerador. É um trabalho de
precisão com absolutamente nenhuma margem de erro.
Rhodri me conta
que sua equipe tornou os feixes mais estreitos, de modo que mais
partículas sejam espremidas em uma área menor. Isso aumenta bastante as
chances das partículas colidirem umas com as outras.
"Estamos
analisando processos muito raros, então quanto maior o número de
colisões, maior a chance de realmente encontrar o que está acontecendo e
ver pequenas anomalias", diz ele.
"A melhoria no feixe significa
que, para toda a física que fizemos desde o início do tempo em que o LHC
está em operação, vamos poder obter a mesma quantidade de colisões nos
próximos três anos, que obtivemos nesses dez anos."
Outra
grande melhoria foi na captura e processamento dos dados das colisões.
No LHC remodelado, os dados são coletados de cada um dos quatro
detectores a uma taxa impressionante de 30 milhões de vezes por segundo.
É
claro que isso é demais para a mente humana assimilar, mas qualquer uma
das colisões pode conter a evidência crucial da existência de uma das
novas partículas que os cientistas estão procurando.
O software do
LHC foi atualizado para pesquisar automaticamente todos os dados
coletados e, usando as técnicas mais recentes de inteligência
artificial, identificar e salvar as leituras que podem ser de interesse
potencial para os cientistas analisarem.
Dúvidas sobre a gravidade
A
teoria atual da física subatômica é chamada de Modelo Padrão. Embora
tenha um nome pouco criativo, a teoria tem sido brilhante em explicar
como as partículas subatômicas se unem para criar átomos que compõem o
mundo ao nosso redor.
O Modelo Padrão também explica como as
partículas interagem por meio de forças da natureza, como as forças
eletromagnética e nucleares que mantêm os componentes dos átomos juntos.
Mas
o Modelo Padrão não consegue explicar como a gravidade opera, tampouco
como as partes invisíveis do Universo, que os físicos chamam de matéria
escura e energia escura, se comportam.
Os cientistas sabem que
estas partículas e forças invisíveis existem a partir do movimento das
galáxias no espaço — e juntas representam 95% do Universo. Mas ninguém
ainda foi capaz de provar sua existência e determinar o que são.
O
LHC foi construído para detectar estas partículas que podem explicar
como grande parte do cosmos funciona. Marcella Bona me disse que agora
há uma esperança real de que as atualizações tornem isso possível.
"É um momento realmente emocionante", ela sorri.
"Trabalhamos nos últimos três anos atualizando o maquinário. Agora estamos prontos."
Marcella
fala apaixonadamente desde o momento em que a conheci. Mas seu
entusiasmo aumenta quando pergunto se a descoberta de uma partícula de
matéria escura seria uma das maiores descobertas da física.
"Eu
diria que sim", ela ri, arregalando os olhos. "Sim, sem dúvida, isso
seria incrível", diz ela, permitindo-se, momentaneamente, se deleitar
com a perspectiva real de que isso aconteça nos próximos meses.
Não
menos entusiasmado está Sam Harper, o cientista que passou as últimas
duas décadas caçando a "quinta força" da natureza. Ele trabalha em outro
dos quatro detectores do LHC, o chamado CMS, localizado na outra
extremidade do complexo Cern.
Os resultados do LHC antes de ser
desligado para reforma e de vários outros aceleradores de partículas ao
redor do mundo revelaram pistas tentadoras dessa quinta força. Mas com a
potência extra do LHC, Sam acredita que sua busca científica pode
terminar em breve.
E, assim como Marcella, a emoção em sua voz
aumenta quando ele diz em voz alta o que não pode ser dito formalmente
nos círculos científicos até que haja evidências sólidas.
"Isso
abalaria as estruturas do campo. Seria a maior descoberta do LHC, a
maior descoberta em física de partículas desde, desde..."
Sam faz uma pausa, tentando encontrar as palavras.
"Será maior que o Higgs."
O
Cern vai celebrar o décimo aniversário da descoberta do Bóson de Higgs
ainda neste ano. Mas as festividades chamam a atenção para o fato de que
o LHC de 3,6 bilhões de libras (cerca de R$ 22 bilhões), com um custo
anual de 1,1 bilhão de libras (cerca de R$ 6,85 bilhões), não fez
nenhuma grande descoberta desde então.
Muitos tinham expectativa, e
alguns esperavam, que o acelerador de partículas mais poderoso do mundo
já tivesse descoberto até agora a energia escura, a quinta força ou
alguma outra partícula que provocasse uma mudança de paradigma.
Muito
vai depender dos resultados que os pesquisadores vão obter nos próximos
anos, uma vez que o Cern apresentará em breve propostas para um colisor
de hádrons ainda maior.
O plano mais ambicioso, o chamado Futuro
Colisor Circular (FCC), teria um anel de 100 km de circunferência, que
passaria por baixo do Lago Genebra.
O FCC pode custar cerca de 20
bilhões de libras (cerca de R$ 125 bilhões). A máquina atual tem pelo
menos mais dez anos pela frente, e várias outras atualizações que vão
oferecer ainda mais potência para tentar descobrir as partículas que vão
mudar a física para sempre.
Mas os líderes científicos do Cern
vão apresentar sua solicitação para a próxima fase dos experimentos de
física de partículas em breve. E persuadir os governos dos países
membros a se comprometerem com um grande aumento no financiamento será
mais difícil se a atualização mais recente não conseguir encontrar
sequer uma noção das novas partículas nos próximos dois ou três anos.
Sam Harper admite se sentir "um pouco apavorado", à medida que o LHC embarca em sua próxima série de experimentos.
"Estamos
tentando desesperadamente aprontar tudo e estamos trabalhando muito
duro para garantir que não vamos perder nenhuma física nova possível.
Porque a pior coisa do mundo seria a nova física estar lá, e não
encontrarmos."
Mas bem maior do que o pavor de Sam é a empolgação dele em relação ao que os próximos anos reservam.
"O
que move todos os físicos de partículas é que queremos descobrir o
desconhecido, e é por isso que coisas como a quinta força e a matéria
escura são tão emocionantes, porque não temos ideia do que poderia ser
ou se existem e queremos muito descobrir isso."
O que pode ser a
primeira rachadura no Modelo Padrão foi descoberta por pesquisadores do
Fermilab, o equivalente americano do LHC, no início deste mês.
Nos
próximos meses e anos, os pesquisadores do LHC vão tentar confirmar seu
resultado e encontrar muito mais fissuras na teoria atual até que ela
desmorone para dar lugar a uma teoria nova, unificada e mais completa de
como o Universo funciona.
1 vidro de palmito em conserva picado com a água (300g)
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
4 colheres (sopa) de azeitonas sem caroços picadas
1 tomate maduro sem sementes picado
Sal e pimenta-do-reino a gosto
1 xícara (chá) de requeijão cremoso tipo Catupiry®
Modo de preparo
Em uma vasilha, misture o sal e a farinha. Acrescente a manteiga, o
ovo e a banha, e trabalhe com a ponta dos dedos até obter textura de
farofa. Adicione a água, aos poucos, misturando até ligar. Se
necessário, acrescente mais água. Embrulhe em plástico e leve à
geladeira por 30 minutos.
Para o recheio, em uma panela, derreta a manteiga e refogue a cebola
por 2 minutos. Adicione a farinha dissolvida na água da conserva do
palmito, mexendo até engrossar. Acrescente o palmito, as azeitonas, o
tomate, o sal e a pimenta, e misture. Tire do fogo e deixe esfriar.
Pegue pequenas porções da massa e abra com as mãos diretamente sobre a
forminha. Coloque o recheio até a metade da fôrma e cubra com o
requeijão. Abra o restante da massa com a ajuda de um rolo entre duas
folhas plásticas. Corte com um copo e tampe as forminhas apertando
levemente a lateral para grudar.
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Pincele
com o ovo e polvilhe com semente de gergelim. Coloque as forminhas em
uma fôrma grande e leve ao forno médio, preaquecido, por 20 minutos ou
até dourar. Desenforme e sirva.
Christian Gebara analisa mudanças e efeitos do novo sistema, que começa a ser instalado no Brasil
Entrevista com
Christian Gebara
Sonia Racy, O Estado de S.Paulo
27 de abril de 2022
Maior rede de telefonia do País, com 99 milhões de acessos, a Vivo divide seus esforços, no momento, em dois projetos de peso. Um deles, a implantação do sistema 5G
– que começou em dezembro, em rede compartilhada em São Paulo, Rio e
Brasília, e entra em fase decisiva em julho. O outro é a integração, de
parte do “pacote” da Oi que ela adquiriu em leilão por algo como R$ 5,5
bilhões. Para o CEO da empresa, Christian Gebara,
trata-se de uma diversificação do core business da empresa e de sua
relação com os assinantes. Em especial o 5G, adverte, “vai mudar a
saúde, a educação, o entretenimento”, entre outras coisas.
No
início, esse impacto “será mais na internet das coisas”, diz ele nesta
entrevista a Cenários. “Na indústria, na agricultura, no varejo, nas
cidades inteligentes.” Bacharel pela FGV e graduado em Stanford, com
passagens pelo Citibank e pelo JP Morgan em Nova York, Gebara alerta que
o Brasil tem ainda “uma corrida do 4G para superar”, na qual “pode
reduzir o gap social do País”. A seguir, os melhores trechos da
conversa.
Nessa pandemia ouviu-se muito pouco sobre investimentos na área de telefonia. Foi isso mesmo?
Não.
Acho que, pelo contrário, o setor teve grande movimentação – e
respondeu com um serviço de qualidade. De uma hora pra outra, todo mundo
foi pra casa, usou internet de forma permanente, as crianças estudando,
os pais trabalhando, o entretenimento era por vídeo, tudo ao mesmo
tempo e as redes deram resposta à altura. E no caso da Vivo entramos em
processo final de compra da Oi Móvel – entre Vivo, Claro e Tim.
Na prática, o que essa aquisição significou?
Que
estamos comprando as torres, os clientes e as frequências. No nosso
caso, um valor aproximado de R$ 5,5 bilhões. Criamos uma rede de fibra
neutra com o fundo canadense CDPQ. Entramos no leilão do 5G, o maior da
história do Brasil, e compramos todas as frequências disponíveis com um
investimento também milionário, mais R$ 4,5 ou 5,0 bilhões. Foram dois
anos intensos, coisa de R$ 8 ou R$ 9 bilhões.
Compraram mas ainda não levaram, né?
A frequência principal do 5G é o 3.5. A gente deve ter essa liberação em breve.
O que falta pra liberar?
Há
uma certa interferência com as parabólicas, tem de ser feita uma
limpeza para que elas possam ser usadas no 5G. A expectativa é que a
tenhamos até junho. O pagamento já começamos, pra poder levar o 5G no
3.5 até fim de julho.
Como o 5G vai beneficiar um celular?
Primeiro,
ele tem mais velocidade. E também tem latência, que é a resposta na
hora, diferente de quando você aperta teclas e fica esperando... E
permite vários dispositivos conectados ao mesmo tempo.
Ele também vai acelerar o uso da chamada internet das coisas. Pode explicar?
Sim,
e no início o impacto será mais nessa área. Na indústria, na
agricultura, no varejo, nas cidades inteligentes. E com o tempo vão
surgir outras funcionalidades. Na saúde, talvez a gente possa ter
cirurgias remotas, o cirurgião movimentando aparelhos a distância.
Já tem gente até falando em 6G. Como ele seria?
É
muito cedo pra se falar nisso. Ainda temos, no Brasil, uma corrida do
4G para superar. Ainda precisa de infraestrutura, de digitalização capaz
de mudar a vida das pessoas. E a banda larga de ultravelocidade pode,
sim, reduzir o gap social do País de um modo bem mais acelerado.
Seria uma prioridade das empresas ou do governo?
Acho
que de ambos. Mas primeiro tem de existir uma regulamentação. A
legislação pra instalar antenas 5G vai exigir muito mais antenas e é
preciso ter licença pra colocá-las. E tem também a questão de uma
tributação de acordo. Na atual, o sujeito paga entre R$ 45 e R$47 de
cada R$ 100 reais.
E como fica a telefonia fixa? Vai desaparecer?
Não.
O uso de telefonia fixa está caindo rapidamente, hoje dá menos de 10%
das nossas receitas. Mas quando se fala de telefonia fixa se fala também
de internet de ultravelocidade – e esse é o futuro. As receitas nessa
área crescem 35% a 40% ao ano. Temos no País 20 milhões de domicílios
que podem contratar o serviço Vivo Fibra. E temos quase 5 milhões de
clientes em mais de 330 cidades.
Qual o seu balanço de tantos desafios em dois anos de pandemia?
A
primeira tarefa foi manter um serviço ativo na hora em que todo mundo
foi pra casa e o total de usuários aumentou muito. Mas deu certo o
propósito de digitalização – no mundo da educação, na saúde, no
entretenimento. A Vivo tem 60 milhões de clientes, que representam 100
milhões de acessos. Criamos a Vivo Pay, uma carteira digital, e a Vivo
Money, uma plataforma de empréstimos. Planejamos distribuir um serviço
Vivo da Telemedicina e acertamos com o grupo Anima lançar um serviço de
educação, com cursos curtos pra ajudar na empregabilidade das pessoas.
Mandioca, macaxeira, aipim… Como é que você conhece esse ingrediente
na sua região? Bom, o nome pouco importa, já que a mandioca é um
alimento muito versátil e consumido em todo o país. Seja em pratos doces
ou salgados, ela consegue ser a estrela das suas refeições. Se você
estava em busca de uma opção fácil e deliciosa para o lanche da tarde,
que tal apostar em algumas das nossas receitas de bolo de aipim?
Cremoso, simples e muito saboroso, o bolo de aipim é um dos clássicos
do café da tarde. Trouxemos 7 versões incríveis para você experimentar e
garantir os elogios da família. Anote as receitas de bolo de aipim que
você mais gostar, prepare um café e prove essa delícia!
Bata no liquidificador a mandioca, o açúcar, o leite, o leite de
coco, os ovos e a manteiga até homogeneizar. Despeje em uma vasilha,
adicione a farinha peneirada, o coco ralado, o sal e o fermento e
misture com uma colher. Despeje em uma fôrma de buraco no meio de 30 cm
untada com manteiga e polvilhada com açúcar e leve ao forno médio,
preaquecido, por 40 minutos ou até dourar. Deixe amornar e desenforme.
Sirva em temperatura ambiente.
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Bolo de aipim molhadinho
Tempo: 1h15
Rendimento: 12
Dificuldade: fácil
Ingredientes
1kg de mandioca crua ralada no ralo fino
2 xícaras (chá) de leite
4 ovos
1 vidro de leite de coco (200ml)
100g de coco ralado
50g de queijo parmesão ralado
1/3 de xícara (chá) de margarina
2 e 1/2 xícaras (chá) de açúcar
4 colheres (sopa) de farinha de trigo
Margarina e farinha de trigo para untar
Calda
1 e 1/2 xícara (chá) de água
1 xícara (chá) de açúcar
2 cravos-da-índia
1 canela em pau
Modo de preparo
Bata no liquidificador a mandioca, o leite, os ovos e o leite de coco
até homogeneizar. Despeje em uma vasilha, adicione o restante dos
ingredientes e misture com uma colher. Despeje em uma fôrma de buraco no
meio de 26cm de diâmetro untada e polvilhada. Leve ao forno médio,
preaquecido, por 45 minutos ou até dourar. Deixe esfriar e desenforme.
Para a calda, dissolva o açúcar na água em uma panela. Adicione as
especiarias e leve ao fogo baixo, sem mexer, por 15 minutos ou até
formar uma calda rala cor de guaraná. Deixe amornar. Fure o bolo com um
palito e regue com a calda. Sirva o bolo em temperatura ambiente.
Bolo de mandioca e coco
Tempo: 1h10
Rendimento: 10 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
4 ovos (claras e gemas separadas)
1 pitada de sal
1 lata de leite condensado
100g de coco ralado
2 xícaras (chá) de mandioca crua ralada
4 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
1 colher (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de fermento em pó químico
Margarina para untar
Modo de preparo
Na batedeira, bata as claras em neve, junte as gemas, uma a uma, sem
parar de bater, e o sal até ficar um creme bem fofo. Despeje o leite
condensado em fio e adicione o coco, a mandioca, o parmesão e a
manteiga. Bata para misturar, por último acrescente o fermento e misture
com uma colher. Despeje em uma fôrma de 26cm de diâmetro untada e leve
ao forno médio, preaquecido, por 45 minutos. Desenforme quando estiver
morno e sirva.
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Bolo de aipim com goiabada
Tempo: 1h
Rendimento: 1 unidade
Dificuldade: fácil
Ingredientes
3 colheres (sopa) de manteiga
1 e 1/2 xícara (chá) de açúcar
4 ovos
3 xícaras (chá) de mandioca ralada no ralo grosso
1 e 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
100g de coco ralado
50g de queijo parmesão ralado
150g de goiabada em cubos
1/2 xícara (chá) de maisena
Margarina e farinha de trigo para untar
Calda
150g de goiabada picada
3 colheres (sopa) de água
Modo de preparo
Na batedeira, bata a manteiga com o açúcar e os ovos. Adicione a
mandioca ralada, a farinha de trigo, o fermento e bata até ficar
homogêneo. Acrescente o coco, o queijo ralado e misture. Despeje em uma
fôrma de buraco no meio média, untada e enfarinhada.
Junte os cubos de goiabada, passados pela maisena, e leve ao forno
médio, preaquecido, por 40 minutos ou até dourar. Retire, espere amornar
e desenforme. Para a calda, leve ao fogo médio a goiabada com a água e
mexa até dissolver por completo. Espalhe sobre o bolo e sirva.
Bolo bom-bocado de mandioca
Tempo: 1h30
Rendimento: 12 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
1kg de mandioca crua ralada
500g de açúcar
1 vidro de leite de coco (200ml)
5 ovos
Margarina para untar
Açúcar para polvilhar
Modo de preparo
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Em
uma tigela, coloque os ingredientes e misture. Coloque em uma fôrma de
buraco no meio de 30cm de diâmetro untada e polvilhada com açúcar.
Leve ao forno médio, preaquecido, por 30 minutos ou até que ao enfiar
um palito, ele saia limpo. Retire do forno, deixe esfriar e desenforme.
Bolo formigueiro de mandioca
Tempo: 1h20
Rendimento: 12 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
1/2kg de mandioca crua descascada e passada no processador
4 ovos
1 vidro de leite de coco (200ml)
2 xícaras (chá) de açúcar
1/2 xícara (chá) de manteiga
1/2 xícara (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
1/2 xícara (chá) de chocolate granulado
Margarina e farinha de trigo para untar
Modo de preparo
Bata todos os ingredientes no liquidificador, menos o granulado, até
que a mistura fique homogênea e lisa. Depois, misture o granulado com
uma colher delicadamente. Despeje o conteúdo em uma fôrma de bolo inglês
untada e enfarinhada e leve ao forno médio por aproximadamente 50
minutos. Sirva quente ou se quiser, incremente a receita com uma ganache
de chocolate feita com creme de leite e chocolate meio amargo, fica uma
delícia!
Bolo gelado de aipim
Tempo: 1h20 (+1h de geladeira)
Rendimento: 10 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
250g de mandioca cozida e amassada
1 xícara (chá) de farinha de trigo
4 ovos
2 xícaras (chá) de açúcar
1 colher (chá) de essência de baunilha
50g de manteiga
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 e 1/2 xícara (chá) de leite morno
100g de coco ralado fresco
Margarina e farinha de trigo para untar
Modo de preparo
Para a massa, no liquidificador, coloque a mandioca, a farinha, os
ovos, o açúcar, a essência, a manteiga, o fermento, o leite, o coco, e
bata até ficar homogêneo.
Publicidade
Despeje em uma fôrma retangular pequena untada e enfarinhada.
Leve ao forno médio, preaquecido, por 40 minutos ou até dourar.
Retire do forno, deixe esfriar e leve à geladeira por 1 hora. Desenforme, corte em pedaços e sirva.