Modelo desenvolvido pela NASA identifica deslizamentos a cada 30 minutos
18 abr 2018
Média de deslizamentos com base nos anos de 2001 a 2016
Fonte: NASA
A animação acima mostra o potencial de deslizamentos de terra anual, baseado na média dos últimos 15 anos. As imagens revelam uma "época de deslizamento global", com pico no número do potencial de desastres em julho e agosto no leste e sul da Ásia - grande parte deles associado às monções asiáticas e às estações de ciclones tropicais. Já no hemisfério sul, o pico fica no Peru, próximo do mês de março. Confira a imagem aproximada.Fonte: NASA
Em algumas áreas, o LHASA revelou deslizamentos que não foram registrados em base de dados ou noticiários. O modelo mostrou também que ocorreram mais deslizamentos de terra no sul da Cordilheira dos Andes, Rifte Africano Ocidental, Turquia e Irã do que foi contabilizado pelo Catálogo de Deslizamentos da NASA.O mapa abaixo mostra mais de dois mil deslizamentos de terra que provocaram mortes.
Fatalidades provocadas por deslizamentos de terra entre 1988 e 2017
Fonte: NASA
Como funciona o LHASA
Para estimar potenciais deslizamentos, o modelo LHASA identifica, primeiramente, áreas com precipitação forte, persistente e recente. As estimativas de precipitação são fornecidas por Satélites de multi-domínios integrados à Global Precipitation Measurement (GPM). Os sensores terrestres e de satélite fornecem estimativas de precipitação em todo o mundo, a cada 30 minutos. O LHASA, por sua vez, compila os dados dos últimos sete dias e analisa quando cada área excede o limite crítico.Em lugares onde a precipitação é raramente abundante, o modelo combina os dados a um mapa de suscetibilidade para determinar se a área é propensa à ocorrência de deslizamentos de terra. O mapa considera cinco características que desempenham um papel importante na atividade de deslizamentos: se estradas foram construídas em localidades próximas; se árvores foram retiradas ou queimadas; se houve alguma falha tectônica nas proximidades; se o alicerce local é fraco; se as encostas são íngremes.
Quando o mapa de suscetibilidade revela que uma área com chuvas fortes é vulnerável, o LHASA produz uma espécie de alerta com o nível de probabilidade de deslizamento de terra para os pesquisadores. O modelo pode produzir novos alertas a cada 30 minutos.
Fonte: Earth Observatory/NASA
Tradução: Amanda Sampaio
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