domingo, 15 de janeiro de 2017

SOBRE A ROTINA (Post IMPORTANTÍSSIMO)

Há quem pense que a rotina só tenha um lado, mau - lado este representado pela falta de experimentar coisas variadas, novas. Assim, a rotina sufocaria ou infelicitaria quem vive imerso nela. Ora, na verdade, trata-se de apenas um lado da questão. Preparem-se para ficar perplexos em função dos argumentos CONSERVADORES que vou apresentar agora. Pois bem, então, qual seria o lado bom da rotina? Vamos lá. Suponhamos que, de repente, passássemos a experimentar um turbilhão de coisas novas todo dia. Você, irrefletidamente e apressadamente, pode concluir: Que maravilha! Mas é justamente o contrário: Que inferno! Primeiramente, temos a dizer que a filosofia, sabiamente, afirma que todo excesso faz mal. Secundariamente, temos a dizer que lidar com muita coisa nova significa lidar com coisas sobre as quais pouco investigamos e pouco sabemos. É como os cientistas lidarem com uma doença nova. Isto lhes causa preocupação, aflição, ansiedade, angústia. Aqui, vou utilizar uma analogia para dar o xeque-mate. Ora, a rotina, no seu lado conservador ou bom, é o mesmo que o chão. E, suponhamos que de repente ele desapareceu. Sem ele não teríamos onde pisarmos ou, em outras palavras, sobrevivermos como seres humanos (seria, sem o chão, como ficarmos soltos no espaço sideral... muito provavelmente dando voltas em torno da órbita da Terra - ou melhor, sem o passado/rotina, ficaríamos sem REFERÊNCIA para avançarmos para o futuro... ficaríamos perdidos, sem uma base... para nos prepararmos para lidar com o futuro). Portanto, sem o chão do passado, ficaríamos totalmente aniquilados  - pois não somos só presente e futuro... também temos um passado... no passado... de maneira que temos que nos preocupar com nossas  tradições culturais, com nossos cultos aos nossos antepassados ou ancestrais. Aliás, por isto mesmo, também votamos em políticos conservadores... simplesmente pelo medo do novo e pelo nosso apego às nossas origens, ao nosso passado (o que inclui nossos mortos, nossos antepassados ou ancestrais). Mas, temos que achar uma solução para esta ambiguidade. Ou seja, temos tanto que buscar o novo (não de uma forma cavalar, mas moderada... e mais quando temos algumas coisas graves a consertar) quanto, TAMBÉM, preservarmos o passado (nossa rotina, nossa origem... nossos costumes). Finalizando este post, temos que saber dosar tanto uma coisa (o novo) quanto outra (o velho)... pois nenhum costume é tão imperfeito que precise ser mudado no seu TODO - além de ser um abrigo que nos restaura, que nos faz muito bem.

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