Imóvel compartilhado já é oferecido no Brasil
Sabe
dizer como funciona uma ¿propriedade compartilhada¿? Se o método é
prático e viável financeiramente? E se está disponível para o setor
imobiliário no Brasil? Se a resposta é não, fique tranquilo porque a
expressão ainda é mais conhecida na aviação executiva, setor onde mais
de 70% de todas as aeronaves produzidas no planeta são direcionadas para
vendas dentro desse conceito.
Mesmo assim, vale ficar atento, porque o sucesso do sistema de compra de frações de helicópteros e aviões particulares fez com que o sistema fosse rapidamente visto como um método prático e financeiramente viável para também ser aplicado na adquisição de imóveis de luxo.
¿A expectativa é de que este tipo de negócio cresça em torno de 30% ao ano nos próximos dez anos, principalmente em países da América Latina¿, comenta o advogado Marcelo Ruiz dos Santos, especialista em direito imobiliário.
Ele explica que, em termos jurídicos, o sistema corresponde à co-propriedade de um bem. Um grupo, por exemplo, adquire cotas de um bem ou imóvel e, como cotista, recebe um certificado de direito de uso.
¿Atualmente muitos preferem esse sistema por ter como objetivo passar somente determinado período de tempo no imóvel e, portanto, não faria sentido adquirir a propriedade por inteiro e arcar com os demais custos associados¿, diz Santos.
Opções
Apesar do grande potencial de crescimento, o sistema de propriedade fracionada começou a chegar há pouco tempo no Brasil e, por isso, ainda são poucas as opções. Uma delas é o Aguativa Privilège, resultado da parceria entre o Consórcio União e o Aguativa Golf Resort. O empreendimento está em fase final de construção. Localizado em Cornélio Procópio, Paraná, deve ser lançado a partir do dia 30 deste mês.
Formado por dez casas, o Privilège tem cada uma das unidades dividida em dez frações.
¿Cada dono terá sua escritura do imóvel e poderá dispor dele como quiser: vender, doar, ceder, permutar, alienar ou transmitir para herdeiro¿, ressalta Rodolfo Montosa, do Consórcio União.
O diretor do Centro Universitário de Maringá, Willian Victor Matos Silva, é um dos que já compraram uma cota no Privilège e diz que a propriedade compartilhada é uma tendência de mercado e uma boa oportunidade para unir lazer e investimento.
¿Além de usufruir da infraestrutura do resort (já existente) para o lazer, posso ganhar com a valorização do imóvel e, ainda, pretendo alugar metade das cinco semanas que tenho direito de uso por ano, em períodos alternados, para pagar parte dos custos¿, diz.
Em relação ao relacionamento com os co-proprietários, ele diz que não há problemas porque o resort administra de forma justa a escolha das datas de utilização.
¿Também há regulamento e controle, não preciso me preocupar com manutenção, mobília e roupa de casa¿, acrescenta.
Segundo o advogado, outra vantagem do sistema é a possibilidade de trocar de destino.
¿A maioria dos empreendimentos do gênero faz parte de programas que tornam possível usar diversas residências e destinos no mundo todo¿, afirma. No caso do Aguativa Privilège foi feita uma parceria com a The Registry Collection, do Group RCI, líder global em intercâmbio de férias. Com essa parceria, o proprietário pode escolher um dos mais de 130 empreendimentos afiliados no mundo inteiro, todos com serviços hoteleiros de alto padrão de qualidade.
Mesmo assim, vale ficar atento, porque o sucesso do sistema de compra de frações de helicópteros e aviões particulares fez com que o sistema fosse rapidamente visto como um método prático e financeiramente viável para também ser aplicado na adquisição de imóveis de luxo.
¿A expectativa é de que este tipo de negócio cresça em torno de 30% ao ano nos próximos dez anos, principalmente em países da América Latina¿, comenta o advogado Marcelo Ruiz dos Santos, especialista em direito imobiliário.
Ele explica que, em termos jurídicos, o sistema corresponde à co-propriedade de um bem. Um grupo, por exemplo, adquire cotas de um bem ou imóvel e, como cotista, recebe um certificado de direito de uso.
¿Atualmente muitos preferem esse sistema por ter como objetivo passar somente determinado período de tempo no imóvel e, portanto, não faria sentido adquirir a propriedade por inteiro e arcar com os demais custos associados¿, diz Santos.
Opções
Apesar do grande potencial de crescimento, o sistema de propriedade fracionada começou a chegar há pouco tempo no Brasil e, por isso, ainda são poucas as opções. Uma delas é o Aguativa Privilège, resultado da parceria entre o Consórcio União e o Aguativa Golf Resort. O empreendimento está em fase final de construção. Localizado em Cornélio Procópio, Paraná, deve ser lançado a partir do dia 30 deste mês.
Formado por dez casas, o Privilège tem cada uma das unidades dividida em dez frações.
¿Cada dono terá sua escritura do imóvel e poderá dispor dele como quiser: vender, doar, ceder, permutar, alienar ou transmitir para herdeiro¿, ressalta Rodolfo Montosa, do Consórcio União.
O diretor do Centro Universitário de Maringá, Willian Victor Matos Silva, é um dos que já compraram uma cota no Privilège e diz que a propriedade compartilhada é uma tendência de mercado e uma boa oportunidade para unir lazer e investimento.
¿Além de usufruir da infraestrutura do resort (já existente) para o lazer, posso ganhar com a valorização do imóvel e, ainda, pretendo alugar metade das cinco semanas que tenho direito de uso por ano, em períodos alternados, para pagar parte dos custos¿, diz.
Em relação ao relacionamento com os co-proprietários, ele diz que não há problemas porque o resort administra de forma justa a escolha das datas de utilização.
¿Também há regulamento e controle, não preciso me preocupar com manutenção, mobília e roupa de casa¿, acrescenta.
Segundo o advogado, outra vantagem do sistema é a possibilidade de trocar de destino.
¿A maioria dos empreendimentos do gênero faz parte de programas que tornam possível usar diversas residências e destinos no mundo todo¿, afirma. No caso do Aguativa Privilège foi feita uma parceria com a The Registry Collection, do Group RCI, líder global em intercâmbio de férias. Com essa parceria, o proprietário pode escolher um dos mais de 130 empreendimentos afiliados no mundo inteiro, todos com serviços hoteleiros de alto padrão de qualidade.
Fonte: O Diario de Maringa
Luxo compartilhado
Modelo de propriedade fracionada chega ao Brasil como opção para quem deseja desfrutar de mansões, aeronaves e iates sem pagar a conta sozinho
Paula RochaACESSÍVEIS
Walterson Carvajal Jr. com alguns bens gerenciados por sua empresa
O
conceito de propriedades fracionadas começa a ganhar força no Brasil. O
sistema, que existe nos Estados Unidos há mais de 20 anos, é um pouco
diferente do time share, ou uso compartilhado de bens, que já está
disponível no País há pelo menos uma década. Nesse modelo, sócios
dividem bens de luxo, como carros, barcos e aeronaves, enquanto durar o
contrato, que geralmente leva de um a seis anos. Na nova modalidade de
negócio, imóveis, iates, carros e jatos podem ser adquiridos por até um
décimo do preço original, desde que repartidos entre vários
proprietários. Cada comprador é dono de uma cota do bem total e tem
direito a usufruir de sua propriedade durante determinado período do mês
ou do ano, como num rodízio. A maior vantagem é tornar acessíveis à
classe média alta confortos como um vôo de helicóptero, uma casa na
paradisíaca praia de Itacaré, na Bahia, ou passeios nos desejados
modelos de máquinas da Ferrari, Maserati, Bugatti e Bentley.
Desde
2010 pelo menos cinco empresas decidiram investir nesse filão aqui no
Brasil. O fortalecimento da economia brasileira e o sucesso dessa
modalidade de propriedade compartilhada na Europa e no Oriente Médio
foram os motivos que fizeram a empresa Prime Fraction Club entrar nesse
ramo. No início de 2011, a companhia começou a oferecer o gerenciamento
de quatro categorias de bens: jatos, helicópteros, barcos e carros. “A
propriedade fracionada é uma opção de investimento para aqueles que têm
muito patrimônio, mas poucas oportunidades de desfrutá-lo”, diz
Walterson Carvajal Jr., um dos cinco sócios. Pensando na demanda de
executivos que desejam ter um barco de passeio, mas contam com pouco
tempo para navegar, a família Schürmann, conhecida por suas expedições
marítimas, também criou um modelo de compra compartilhada de veleiros.
“O brasileiro ainda é muito apegado à propriedade particular, mas creio
que esse estilo de negócio tem todas as chances de se fortalecer no País
a longo prazo”, afirma David Schürmann, sócio-diretor da Schürmann
Yatchs.
A
mesma opinião tem Alejandro Moreno, diretor da RCI, empresa de
intercâmbio de viagens que disponibiliza casas compartilhadas em
destinos paradisíacos, com até 12 proprietários. “Aos poucos as
vantagens do sistema de frações vão superar o receio inicial dos
consumidores”, diz Moreno. O advogado Ivo Galli, 62 anos, é um dos que
já desfrutam das conveniências da propriedade fracionada. Ele comprou
uma parte de uma mansão no condomínio Itacaré Paradise, na Bahia, por R$
183 mil. Gostou tanto que adquiriu mais uma fração do imóvel. “Tenho
todo o conforto de uma casa particular, mas com serviço de hotel
cinco-estrelas”, diz Galli. “E, além da comodidade, fico tranquilo por
saber que meu dinheiro não está parado num único bem.”
MORDOMIA
Ivo Galli e família relaxam em casa compartilhada em condomínio de luxo na Bahia
Para
quem não tem interesse em adquirir um barco, carro, aeronave ou casa de
luxo, mas mesmo assim deseja desfrutar desses benefícios, o sistema de
time share continua sendo a melhor opção. A companhia Sky Club iniciou
suas atividades oferecendo o aluguel partilhado de helicópteros na
cidade de São Paulo a custos mais baixos do que a locação tradicional.
Um voo entre o aeroporto de Guarulhos e um centro financeiro na avenida
Juscelino Kubitschek, por exemplo, custa em média R$ 1.380. Já o sócio
do Sky Club paga menos de um quarto disso, cerca de R$ 272, dividindo a
aeronave com mais três pessoas. Para comparação, uma corrida de táxi no
mesmo trajeto não sai por menos de R$ 112. O corte no preço, aliado ao
benefício de poder usar o bem sempre que quiser, atraiu o engenheiro
Waldemir Lucentini, 63 anos. “Antes eu gastava muito mais e perdia
oportunidades, pois tinha de adequar minha agenda ao horário dos voos”,
diz Lucentini. “Agora utilizo o helicóptero quando realmente preciso e
não me importo nem um pouco de dividi-lo com outros sócios.”
Focada
no sistema de uso compartilhado, a empresa Four Private Group, como o
nome já indica, possibilita que quatro clientes, conhecidos ou não,
dividam o direito de utilização de artigos durante dois anos, no caso
dos carros, e seis anos, no caso dos barcos e aviões. Na modalidade
automotiva, as cotas começam em R$ 289 mil e garantem aos participantes o
uso de uma Ferrari F430 Spider, uma Mercedes SL63 IWC, um Corvette Gran
Sport e um Mini Cooper Cabrio, revezados a cada semana (leia quadro).
“Nossos clientes desfrutam da mesma liberdade que teriam se o ativo
fosse deles, aliada ao benefício de não se preocuparem com a
desvalorização”, diz Ricardo Jardim, CEO da Four Private. Um alívio para
aqueles que possuem muito capital, mas não desejam arcar com os custos
(nem as dores de cabeça) de manter esses bens.
Fonte: Istoe
Propriedades compartilhadas ganham adeptos no país
O
conceito de propriedade compartilhada foi originalmente concebido para
compra de frações em aeronaves particulares, mas rapidamente foi visto
como um método prático e financeiramente viável para adquirir um imóvel
de luxo.
Comum
nos Estados Unidos, Caribe e Europa, as vendas de frações estão
ganhando adeptos no Brasil e uma série de atividades relacionadas a
programas de propriedades compartilhadas nos últimos meses, já que o
declínio imobiliário global tem forçado as incorporadoras a procurar
novas formas de alavancar suas vendas.
Este
é o segmento do mercado imobiliário que mais cresce no mundo atualmente
e é representado por residências de luxo para lazer, incorporadas a um
hotel de alto padrão e que são vendidas na forma de frações para grupos
de 8 a 12 famílias, de modo que cada uma pagará apenas o período de
semanas que usarão a mesma. As mais procuradas estão em destinos de
férias e lazer e que tenham atrativos locais e ainda possuam estrutura
de restaurantes, piscinas, campos de golfe, marina, hípica e spa.
A
propriedade compartilhada oferece uma fração da propriedade, incluindo
de lucro ou perda se a unidade for algum dia vendida. Os donos de
propriedades compartilhadas também se beneficiam com a divisão dos
custos de manutenção e impostos. A principal vantagem deste tipo de
empreendimento fracionado é a flexibilização do uso e a possibilidade de
trocar de destino, pois a maioria faz parte de programas onde é
possível intercambiar semanas com diversas residências de luxo e
destinos no mundo todo.
No
ano passado, 250 empreendimentos deste tipo já estavam em operação nos
Estados Unidos fazendo milhares de dólares em vendas. Segundo
especialistas do mercado imobiliário, estima-se que este tipo de negócio
cresça em torno de 30% ao ano nos próximos 10 anos, principalmente em
países da America Latina. Atualmente existem no Caribe, 35 projetos em
andamento e o Brasil tem pelo menos três — o mais adiantado encontra-se
na cidade de Itacaré, no litoral sul da Bahia: a mesma casa será vendida
12 vezes, ou seja, as oito casas que formam o empreendimento serão
vendidas a 96 diferentes proprietários.
Em
termos jurídicos a propriedade compartilhada é a co-propriedade de um
bem, normalmente um número de cotistas adquirem cotas de uma empresa e
esta por sua vez adquire o bem ou imóvel e o cotista recebe um
certificado de seu direito de uso. Cada cotista possui um número igual
de semanas no ano para uso do imóvel. Por exemplo, o proprietário terá o
direito de usar o imóvel até quatro semanas por ano, mediante reserva. O
direito de uso nas épocas de maior procura, como feriados e alta
temporada, chamadas de semanas premium, é definido no momento
da compra, conforme uma tabela pré-estabelecida, e entra em um sistema
de rodízio: quem reserva a semana premium de Natal deste ano, por exemplo, no próximo ano usará a semana premium do Ano Novo, no ano seguinte a da Páscoa e assim por diante.
Ainda,
existem estruturas onde o imóvel é adquirido diretamente em nome dos
co-proprietários e estes passam a integrar a escritura em conjunto. Em
ambos os casos, é um ativo que pode ser revendido a qualquer momento.
O
investidor pode vender suas cotas diretamente para terceiros e sem
maiores limitações. Entretanto, algumas empresas podem convencionar que o
investidor notifique os demais co-proprietários para que possam exercer
uma espécie de direito de preferência na compra da cota ou ainda que
não será permitida a venda dentro de determinado período de carência,
por exemplo no primeiro ou segundo ano.
A
gestão e manutenção é efetuada por terceiros ou pela própria empresa
que cobrará dos proprietários uma taxa mensal. Existem algumas regras do
condomínio que os cotistas devem aderir e ainda existe a possibilidade
dos proprietários alugarem ou permitirem amigos ou familiares usarem seu
período, mas ficam responsáveis por qualquer dano no imóvel.
Outra
vantagem da propriedade compartilhada é que o condomínio tem todos os
serviços de um hotel cinco estrelas, ou seja, o futuro morador não terá
que se preocupar com a manutenção da casa, que será feita por uma equipe
especializada, e tampouco com os serviços diários, como lavar louças,
limpar a casa e arrumar as camas, que serão feitos pelas camareiras. As
casas são entregues totalmente mobiliadas, decoradas e equipadas com
eletrodomésticos, eletroeletrônicos, louças, roupas de cama, mesa e
banho de alto padrão e tudo o mais necessário para uma hospedagem de
luxo e em alguns casos existe a troca de todo mobiliário a cada período
de cinco anos.
Os
proprietários geralmente não se conhecem, mas reuniões anuais são
realizadas para aprovação das contas e socialização. Ainda, a empresa
disponibiliza um website exclusivo, onde os proprietários e gestores do
condomínio podem se corresponder e interagir.
Como
este tipo de negócio imobiliário ainda é recente no país, ainda não
existe linhas de financiamento imobiliário para os compradores em bancos
comerciais, entretanto existem instituições financeiras especializadas
que estão considerando o crédito imobiliário, incluindo o projeto de
construção. Em mercados mais maduros este tipo de financiamento está
disponível em escala comercial.
Em
tempo, os próximos empreendimentos deste tipo no país serão um
residencial que um grupo português está construindo junto ao seu resort
em Porto de Galinhas, no litoral sul de Pernambuco e um condomínio junto
ao resort Aguativa Golf Resort, em Cornélio Procópio, região norte do
Paraná.
OBSERVAÇÃO Á PARTE: Resta esclarecer que a propriedade compartilhada não beneficia ou melhora em nada a vida dos pobres mas, sim, a da classe média (principalmente a alta) e os ricos - que lucram quando não estão usando seus bens de luxo. Portanto, estes últimos são os grandes beneficiários de tal propriedade (compartilhada).
OBSERVAÇÃO Á PARTE: Resta esclarecer que a propriedade compartilhada não beneficia ou melhora em nada a vida dos pobres mas, sim, a da classe média (principalmente a alta) e os ricos - que lucram quando não estão usando seus bens de luxo. Portanto, estes últimos são os grandes beneficiários de tal propriedade (compartilhada).
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