quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

O déficit de trabalhadores no setor de tecnologia

A falta de trabalhadores no setor de tecnologia brasileiro é tamanha que, mantido o ritmo atual de profissionais formados, o país chegará em 2025 com 532 mil vagas abertas nessa área sem ter quem ocupá-las.

É o que aponta uma projeção da Brasscom, entidade que representa as empresas do setor.

Em números: a estimativa é de que sejam criados 797 mil novos postos de trabalho em tecnologia no Brasil até 2025. Em 2019, data em que os últimos dados foram divulgados pelo Inep, cerca de 53 mil estudantes se formaram no Ensino Superior em cursos da área.

Acima do esperado: a aceleração digital impulsionada pelos efeitos da pandemia só aumentou esse cenário de escassez. O número de contratações de janeiro a agosto deste ano no setor (107.120) é quase o dobro em relação à projeção feita para 2021 (56.693);

Baixa procura e evasão são dois dos principais problemas a serem enfrentados pelo setor estão na graduação

  • Há cerca de 2,4 candidatos por vaga ofertada nos cursos da área, e só 24,85% dos postulantes são admitidos, segundo a Brasscom.
     
  • Entre os alunos que iniciam a graduação, 39% deles abandonam o curso na rede privada. Nas instituições públicas, essa fatia é de 26,6%.
Por que importa: além da falta de profissionais, o movimento conhecido como “fuga de cérebros” também ajuda a desacelerar o crescimento do setor de tecnologia.

Como mostramos em maio, esse cenário força as startups e outras tech daqui a competirem por profissionais entre si e com as estrangeiras, que pagam em dólar ou euro.

Alternativas: para driblar a escassez de mão de obra, as startups têm criado cursos e feito parcerias com escolas de programação para formar seus futuros funcionários.    


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