O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
1. Após ser seduzido pela filha do banqueiro judeu Joseph Safra(a qual, à época, usava nome falso) eu cheguei a enviar-lhe cerca de umas oito cartas. Pois bem, numa delas, eu a começava com um cabeçalho que dizia: Faculdade Internacional de Bestificação, Robotização e Alienação (sigla das iniciais: FIBRA - meu apelido de faculdade). O restante do conteúdo desta carta não vem ao caso e por isto vou omiti-lo. Assim, o que é importante é que a filha do sr. Safra enviou esta e mais outras cartas (ou suas cópias) para a Rede Globo. Depois disto, A mesma lançou a ESCOLINHA DO PROFESSOR RAIMUNDO, a qual tinha como característica principal a apresentação de alunos (criados pelo falecido humorista Chico Anísio), digamos, aloprados, alienados, bobões com a função de dizerem besteiras humorísticas. E, para completar, um aluno tinha o meu nome JOSELINO Barbacena e outro aluno (acho que Pedro Pedreira) dizia o seu bordão habitual quando era chamado (PEDRA 90...). Para quem não sabe, Pedra 90 foi um bordão político usado pelo atual senador Jaime Campos (DEM-MT) - o qual é ligado à família de tal mulher - que também acabou dando nome a um bairro da cidade, quando o mesmo foi governador do estado. Tem mais: minha falecida mãe se chamava Raimunda.
2. Noutra carta, dei-lhe duas opções do tipo: ou você faz isso ou aquilo (infelizmente, não me lembro quais foram as duas opções, mas desconfio que sejam do tipo "ou você abandona o dinheiro ou não vou querer nada contigo"). E, não por coincidência, a Rede Globo, criou o programa VOCÊ DECIDE (cujo formato era contar uma pequena estória e no final dar ao telespectador a opção de escolher um dos dois finais opostos de tal mesma estória.) Tem mais: algumas palavras pouco usuais, que estavam nas cartas, foram usadas na novela O REI DO GADO. Conclusão: A Rede Globo não pensa duas vezes em se apropriar da privacidade alheia para inspirar-se na hora de formular parte de sua grade de programação. Aliás, o SBT fez o mesmo ao copiar uma pergunta feita a tal mulher numa das cartas e usá-la como título de um programa (à época apresentado pelo também judeu Sílvio Santos). Como diria o mineiro, êta ética danada de boa, uai sô????!!
A Inteligência Artificial é já uma realidade no nosso dia a dia, mas
Ninguém sabe o que nos reserva: Pode ser a melhor ou a pior invenção da
humanidade. Falámos com Especialistas mundiais, que antecipam graves
problemas, como o desemprego e até a criação de uma nova classe social:
os inúteis
A
Inteligência Artificial (IA) é, para muitos de nós, uma coisa do
futuro, algo que apenas irá estar presente na vida dos nossos filhos ou
dos nossos netos. Mas, sem pensarmos nisso, já escrevemos SMS com
escrita inteligente, que não só corrige como sugere as palavras
seguintes, ou no email, com filtros de spam, ou mesmo em outras línguas,
usando o Google Translator.
A
IA é hoje uma realidade presente nas nossas vidas em quase tudo o que
fazemos num telemóvel, num computador ou mesmo em alguns
eletrodomésticos já disponíveis no mercado. “As pessoas usam a IA
das mais variadas formas no seu dia a dia. E se falarmos da sua
utilização de um ponto de vista técnico, as grandes empresas também já o
fazem. Não porque seja moda, mas porque é uma nova e fundamental
técnica que permite melhorar os produtos ou fabricar aqueles que, sem
esta ferramenta, eram quase impossíveis de realizar. Temos de olhar para
a Inteligência Artificial como uma tecnologia que é usada no apoio à
produção, tal como a eletricidade ou o email”, diz Greg Corrado,
cientista sénior da Google, especializado em neurociência e Inteligência
Artificial, num encontro realizado por videoconferência em Zurique, na
sede da Google Europa, com um grupo restrito de jornalistas, sendo a
VISÃO o único órgão de comunicação português presente no evento.
O
mundo da finança é aquele que, atualmente, mais tem enveredado esforços
para integrar IA nos seus sistemas. Desde a prevenção de fraude (onde
existe uma empresa portuguesa especialista, a Feedzai) à avaliação de
risco. Mais tarde, a ideia é pôr a máquina a interagir com o cliente.
Ficção? Não. Bem pelo contrário. É no Brasil que os bancos estão mais
entusiasmados com esta ideia. O Bradesco, a maior instituição financeira
daquele país, já adotou o Watson, da IBM, um sistema computorizado
cognitivo, usado para o mundo dos negócios, que permite a interação
entre pessoas e computadores. No início deste ano, a administração do
banco anunciou que planeia usar o Watson para interagir diretamente com
os seus clientes em tarefas como transferências, pagamentos, consultas.
Medida que poderá acabar com muitos empregos de balcão e de call center.
Grandes
consultoras mundiais, como a EY, a PWC ou a Deloitte, estão a usar a IA
para substituir processos que, até há pouco tempo, eram realizados
apenas pelos humanos, como serviços de consultoria estratégica,
aconselhamento fiscal ou auditoria. E a capacidade de digerir
informação é muito superior à dos humanos. Significa isto que a
Inteligência Artificial veio para nos ajudar ou para nos tirar os
empregos?
“Essa é a questão que mais me preocupa. Sobretudo os
empregados relacionados com as atividades cognitivas que atualmente são
feitas pelas pessoas. Assim que conseguirmos pôr as máquinas a fazer
esses trabalhos, muito emprego tornar-se-á economicamente inviável”,
salienta Blaise Aguera y Arcas, um dos mais prestigiados engenheiros de
informática dos EUA, considerado em 2008 pelo MIT como uma das 35
pessoas com menos de 36 anos mais inovadoras do mundo.
Em
conversa com a VISÃO, a partir de Silicon Valley, na Califórnia, Blaise
Aguera y Arcas acrescenta que “com esta mudança podemos criar riqueza,
mas essa tem de ser distribuída, caso contrário arriscamo-nos a criar
desemprego maciço em muitas regiões e a concentrar riqueza em muito
poucos. E já estamos a ver esses efeitos”, afirmou o cientista, que já
participou várias vezes nas conferências Ted Talks – uma das quais com
mais de 5 milhões de visualizações e uma das favoritas de Bill Gates
(atualmente lidera o programa de Inteligência Artificial da Google).
Uma
preocupação que é partilhada por outros. “À medida que a Inteligência
Artificial ultrapassa os humanos em cada vez mais e mais capacidades, é
provável que os venha a substituir em mais e mais empregos. É verdade
que outras profissões poderão aparecer, mas isso não resolverá o
problema”, defende Yuval Noah Harari, professor de História da
Universidade de Jerusalém e autor dos best-sellers Sapiens – uma Breve
História da Humanidade e Homo Deus – Uma Breve História do Futuro.
Para este historiador, a biotecnologia e o crescimento da IA poderá
dividir a espécie humana numa pequena classe social dos super-humanos e
uma enorme dos que não têm utilidade. E assim que as massas percam o seu
poder económico e político, os níveis de desigualdade poderão crescer
de forma alarmante.
“Os humanos têm praticamente duas habilidades
– física e cognitiva –, e se os computadores forem capazes de as fazer
melhor que nós, poderão também substituir-nos nos novos empregos que
serão criados. E milhões de pessoas poderão ficar sem trabalho.
Assistiremos ao nascimento de uma nova classe social: a classe dos que
não têm qualquer utilidade”, avisa Yuval Noah Harari.
Um estudo
recente, da consultora McKinsey, mostra que 30% das tarefas de 60% das
profissões podem ser substituídas por computadores que utilizem IA. O
economista chefe do Banco de Inglaterra foi mais longe e admitiu que 80
milhões de postos de trabalho, nos EUA, e 15 milhões, no Reino Unido,
poderiam ser ocupados por robôs.
Outro estudo, denominado o
Futuro do Emprego, fez um relatório sobre as profissões que estão mais
em risco com a massificação da IA. Os profissionais de telemarketing são
os que estão mais em risco, pois 99% das tarefas que agora desempenham
podem ser automatizadas. O mesmo acontece com os bancários, sobretudo os
que trabalham nos empréstimos e os que estão nas caixas. Este estudo
refere que 98% das suas tarefas, no caso dos primeiros, e 97%, no caso
dos segundos, poderão ser executadas por IA. Em risco estão ainda os que
se dedicam ao aconselhamento legal, os taxistas e os cozinheiros de
fast food.
(IA)pocalipse
O
cenário apocalíptico surge sempre associado à Inteligência Artificial,
com as máquinas a subjugarem ou a erradicarem os seres humanos. Uma
ideia que foi passada pelo filme Exterminador Implacável, no qual o
realizador James Cameron nos dava a ideia de um computador superpotente
que, em agosto de 1997, ganhava autoconsciência e retirava o controlo
humano do sistema de defesa mundial.
Passado 20 anos sobre este
romanceado apocalipse, o prestigiado físico britânico Stephen Hawking
manifesta receios semelhantes em relação à evolução da Inteligência
Artificial. “Não podemos saber se seremos infinitamente ajudados pela IA
ou se ignorados, afastados e até destruídos por ela”, disse o físico na
abertura da Web Summit, através de videoconferência. Defendeu que esta
pode ser a pior invenção da História da nossa civilização, com perigos
associados a poderosas máquinas autónomas ou novas maneiras de poucos
oprimirem todos os outros. “Pode ser a última coisa que faremos enquanto
espécie.”
Por outro lado, o físico admite que a Inteligência
Artificial poderá criar meios para combater a pobreza, erradicar doenças
e restaurar o meio ambiente.
Resumindo, para Stephen Hawking a IA pode ser “a melhor ou a pior coisa que aconteceu à Humanidade”.
Já o cientista Greg Corrado admite que os riscos para a espécie humana não são preocupantes.
“Essa
preocupação é baseada na ideia de que os computadores criarão uma
aprendizagem em massa que rapidamente passará as suas capacidades. Não
há qualquer razão para pensarmos que estamos próximos desse ponto. O
que existe são sistemas que criamos com IA para desenvolver uma
determinada tarefa e apenas essa tarefa. Para monitorizar spam nos
emails, e é só isso que ele faz. Para traduzir, e é só isso que faz. E
faz muito bem. Ainda não estamos nem perto do ponto de criar sistemas
que tenham inteligência global”, afirma.
Para este cientista,
existem centenas de mitos em relação à IA. “Muita gente pensa que a
Inteligência Artificial é uma única máquina centralizada que domina
tudo. Não funciona dessa forma. A IA é um programa de software que
apenas cumpre uma função e que vai sendo cada vez melhor a desempenhar
essa função. E, ao contrário do que muitos pensam, não aprendem
indefinidamente. Vão aprendendo até atingir um padrão quase perfeito
daquilo que foi desenhado para fazer”, esclarece Greg Corrado.
Realidade enviesada
A
ideia de um apocalipse provocado pelas máquinas também não tira o sono a
Blaise Aguera y Arcas. “Para mim, o risco da existência é um dos pontos
menos preocupantes em relação a esta matéria. O que mais me preocupa,
além das questões ligadas ao desemprego, são os possíveis enviesamentos
cognitivos dos sistemas.”
Pode explicar? “A Inteligência
Artificial é basicamente a aprendizagem de processos cognitivos humanos,
que, por definição, são julgamentos rápidos, catalogados, estereótipos,
etc. E sabemos que todos e qualquer sistema que treinamos para fazer
tarefas humanas relevantes incorporam sempre enviesamentos cognitivos
dos humanos. E isso pode ser um problema.”
E dá o exemplo de um
estudo recente que mostrava, através de IA, quais os traços fisionómicos
que se poderiam encontrar num homem ou numa mulher heterossexual e de
um homossexual. “Temos de aferir o que estamos a fazer. Essas são as
nossas tecnologias e temos de ser responsáveis por elas”, diz o
cientista.
E refere ainda outro caso de um algoritmo criado na
China que, com base nos ficheiros de dois mil criminosos, definiu o
retrato do criminoso típico. “Toda a informação que foi dada ao
algoritmo foi com julgamento humano. Havia toneladas de enviesamentos
cognitivos no programa. É esse caminho que verdadeiramente me preocupa
em matéria de Inteligência Artificial.”
Corrida aos técnicos
Por
outro lado, com a introdução generalizada da Inteligência Artificial
nas grandes empresas, existe atualmente uma procura enorme de técnicos
especializados nesta área.
Nos EUA, a escassez de engenheiros
informáticos especializados é tão grande que muitas empresas começaram a
recrutar nas universidades… os professores. Alguns deles com imensos
estudos publicados sobre IA, mas sem qualquer experiência prática.
E acenam-lhes com salários chorudos com sete dígitos por ano, cinco a seis vezes mais do que estes ganham como professores.
Muitas
universidades alertam para o efeito dramático que esta prática poderá
ter no futuro da IA. Se os professores saírem das universidades, não
terão ninguém para formar novos engenheiros de Inteligência Artificial. E
a escassez será ainda maior nos próximos anos.
Sem retorno
Seja
qual for o caminho, ou caminhos, a tomar, a Inteligência Artificial
fará parte das nossas vidas nas próximas décadas. O professor Hani
Hagras, diretor do Centro de Inteligência computorizada da Universidade
de Essex, no Reino Unido, garante que a “Inteligência Artificial vai
dominar a ciência dos computadores nos próximos 20 anos”.
Está presente em quase tudo o que fazemos quando interagimos com um simples telemóvel ou um computador.
Programas
com o email, motores de busca, tradução automática, os assistentes
pessoais, como a Siri da Apple, os aparelhos autónomos para limpar a
casa, entre outros, todos eles usam Inteligência Artificial. E somos nós
que contribuímos para que eles aprendam ainda mais.
Sempre que
usamos a escrita inteligente para enviarmos um email, não só estamos a
recorrer a IA, como estamos a ensinar o programa a ser mais inteligente.
Ao escrever uma palavra, o sistema sugere a palavra seguinte, e, na
maioria das vezes, acerta. E irá acertar cada vez mais quantas mais
mensagens enviarmos. Porquê? Porque o software associado aprende de
acordo com a quantidade de hábitos e de informação que tiver disponível.
Vai construindo padrões dentro dos textos que enviamos e dá-nos a
palavra que mais vezes usámos a seguir à que escreveu anteriormente.
“Acho
que é na medicina e nos cuidados de saúde que a aprendizagem das
máquinas e a Inteligência Artificial pode trazer mais benefícios para a
Humanidade”, diz o neurocientista Greg Corrado.
Revolução na medicina
Um
dos projetos pioneiros da Google na aplicação da IA na área da Saúde
está a realizar-se na Índia, país que tem um défice brutal de
oftalmologistas. A especialista Lily Peng dirige o projeto, que criou
um algoritmo capaz de detetar retinopatia diabética de forma precoce
através do exame a fotos dos olhos dos pacientes. “Este tipo de cegueira
pode ser prevenido, mas como não existem oftalmologistas suficientes
para poderem fazer o exame a toda a gente, metade da população com a
doença acaba por perder a visão antes de o problema ser detetado,
esclareceu, em declarações à VISÃO, Lily Peng, que este ano surgiu na
lista dos 20 visionários da tecnologia da revista Wired.
Com esta
tecnologia, o acesso aos cuidados de saúde poderão ficar muito mais
baratos para populações carenciadas. Existem atualmente 400 milhões de
diabéticos, 70 milhões dos quais na Índia.
No fundo, a
Inteligência Artificial permite ao computador extrair padrões de uma
enorme base de dados. A partir desses padrões faz reconhecimento. Quanto
maior for a informação que recebe, mas fiável é o resultado, como já
vimos. Mas nem sempre.
Perigo da ilusão
Quando
funciona bem, a IA permite que o nosso computador reconheça, a uma
velocidade estonteante, um gato numa foto. E até num desenho, por mais
mal feito que este esteja. Mas se correr mal, pode achar que uma
tartaruga é uma espingarda. Foi isso que os técnicos do laboratório de
Inteligência Artificial do MIT testaram, descobrindo como enganar o
software de reconhecimento de objetos e imagens da Google – criaram um
algoritmo que, subtilmente, modifica uma fotografia de uma tartaruga
fazendo com que o software pense que é uma espingarda. Mais espantoso
foi que, quando esta equipa criou uma imagem 3D da tartaruga, o software
continuou a dizer que era uma espingarda.
Esta confusão veio
lançar a discussão da forma como os criminosos poderiam explorar esta
distorção nas imagens. Nomeadamente nos equipamentos de raios X que
analisam o interior das malas num aeroporto, pois muitos destes
aparelhos já estão a incorporar IA. Segundo os técnicos, a máquina
deteta por vezes aquilo que o olho humano não é capaz. Com o mesmo
processo criado pelos técnicos do MIT, os criminosos podem enganar o
software e passar armas ou bombas para dentro do avião.
Os
computadores desenhados para detetar objetos automaticamente são
baseados em redes neurais, um software que tenta imitar a forma como o
cérebro humano aprende. Se os investigadores encherem o software com
muitas fotos de gatos, por exemplo, o programa aprende a identificar
padrões nessas imagens para identificar qualquer tipo de gato sem a
ajuda humana.
E não é só nos aeroportos que o problema se coloca.
As câmaras de segurança estão, nos dias de hoje, preparadas para se
ligarem apenas quando detetam movimento. Para evitar estarem sempre a
ligar-se com o movimento dos automóveis, estas já têm Inteligência
Artificial para não filmar os carros que passam, mas apenas as pessoas.
Para enganar essa inteligência, os criminosos poderão, por exemplo, usar
t-shirts especialmente desenhadas (tal como a tartaruga) que enganam as
câmaras pensando que estes são carros, o que lhes permite passar
facilmente pelo sistema de segurança.
Estamos a falar de casos hipotéticos, mas que para os investigadores podem tornar-se bem reais nos próximos tempos.
As
máquinas estão inteligentes e estarão cada vez mais. Segundo um estudo
realizado nos EUA, 25% das pessoas acredita que a IA já atingiu o nível
do cérebro humano e está guardada em segredo pelo governo.
O génio já está fora da lâmpada. Mas teremos de ter cuidado com aquilo que desejarmos.
Dedica-se
à inovação no ensino há duas décadas. Aos 64 anos, o seu entusiasmo
perante o potencial da Inteligência Artificial no contexto da sala de
aula surpreenderia muitos jovens estudantes. À VISÃO, Vijay Kumar,
diretor-adjunto de Aprendizagem Digital do MIT, fala da importância de
estimular “bons comportamentos de aprendizagem” numa sociedade que
enfrenta o perigo de perder a curiosidade, tal é a profusão de
informação disponível à distância de um clique. Grande defensor da
educação aberta, antevê que nas salas de aulas do futuro não haverá
alunos aborrecidos e que, provavelmente, continuarão a existir manuais
escolares, mas não exatamente como os conhecemos. O futuro do ensino,
acredita, não pode ser uma mera extensão do presente. Se um professor do século XIX entrasse numa sala de aulas do século XXI não ficaria em choque, pois não?
Creio
que não. Pelo menos, não inteiramente. O mais surpreendente seria o
facto de agora conseguir ensinar um grupo muito maior de estudantes ao
mesmo tempo, sem sacrificar a qualidade do ensino, graças aos
instrumentos trazidos pela tecnologia. O menos surpreendente seria o
facto de ele continuar a ser necessário para interagir com os
estudantes. O papel do professor mudou, mas não foi eliminado. Qual deve ser hoje o seu papel?
Os
professores devem ser facilitadores da aprendizagem ativa. Uma turma
pode estar focada na aprendizagem ativa, fazer experiências e usar
tecnologia de visualização interativa, mas se o professor continuar a um
canto a debitar matéria e a mostrar powerpoints será um desastre. O
professor tem de se tornar mais participante no processo de
aprendizagem, juntamente com os alunos. Quais são as novidades tecnológicas que mais o entusiasmam no contexto da sala de aula?
Seguramente,
a Inteligência Artificial (IA) e os big data (informação armazenada
digitalmente). A IA permite diferentes graus de personalização, no
sentido em que é capaz de detetar o que não foi compreendido, por
exemplo, através da análise de dados ou de tutores digitais
inteligentes. Assim, torna- -se possível gerir a aprendizagem de acordo
com os progressos e os erros dos alunos, colocando-os no caminho do
sucesso. Com o machine learning e os avanços na IA, temos o potencial de
aumentar significativamente a personalização do ensino. E os big data?
Os
big data permitem-nos extrair e analisar o volume tremendo de
informação disponibilizado por quem frequenta cursos online e perceber
qual a melhor forma de apoiar o estudante autónomo. Cada vez mais a
nossa aprendizagem é autónoma, e por isso é importante sabermos quais
são as dificuldades dos estudantes autónomos, como procuram ajuda, como
formam grupos… Podemos saber isto tudo com a IA e os big data. A aprendizagem online depende muito da disciplina do aluno. Concorda?
Sim,
mas não mais do que a aprendizagem tradicional. Nós, professores,
achamos que chegamos à sala de aulas e impomos disciplina, mas não é bem
assim. Neste caso, eu não lhe chamaria disciplina, diria antes que o
aluno assume uma maior responsabilidade pela sua aprendizagem. Temos de
refletir sobre o que queremos dizer quando falamos de aprendizagem
online, não estamos a falar de uma palestra de duas horas em vídeo, mas
de pequenos vídeos acompanhados de experiências interativas, com testes
frequentes, encontros presenciais… Quando falo em aprendizagem online
refiro-me a tudo isso. Por que razão é tão difícil mudar a dinâmica da sala de aula? Já lhe chamou a “inércia do sucesso”…
Ou
a inércia do que é entendido como sucesso… As instituições de ensino
otimizaram um modelo educativo difícil de abandonar porque no passado
deu resultados. O que me parece arriscado e perigoso é o modelo do
presente não estar a conduzir ao sucesso. Os estudantes não têm a
preparação adequada para tirarem partido das novas formas de
aprendizagem que estão a surgir, nem para enfrentar o mercado de
trabalho. Todos os domínios da sociedade estão a mudar através da
infusão do digital. Basta pensar numa coisa tão simples como os mapas,
que se transformaram em milhões de imagens no Google Earth e depois em
sistemas inteligentes de GPS nos nossos telemóveis. O conhecimento
exigido para ser um membro produtivo da sociedade está a mudar. Este
modelo não nos dá a capacidade de sermos flexíveis e ágeis para
acomodarmos as novas tecnologias. Mas a adesão à tecnologia não deveria ser fácil?
Seja
qual for a mudança, as pessoas têm de ter a perceção do seu valor.
Quando inserimos novas tecnologias na sala de aulas, deve ser óbvio que
elas melhoram e tornam mais fácil a experiência dos alunos. E esses
resultados têm de ser facilmente atingidos. Temos de perceber de que
forma a mudança poderá fazer a diferença. Isso exige tempo e esforço. E
deve ser avaliado. Depreendo que já não faz muito sentido dizer que o atual modelo de ensino é bem-sucedido…
Exatamente.
Nós somos o que medimos. Se introduzirmos novas tecnologias na sala de
aula e medirmos o que costumávamos medir – a repetição e a memorização
–, obviamente vamos dizer que as tecnologias não estão a fazer nenhuma
diferença. Mas a tecnologia dá-nos a oportunidade de avaliarmos a forma
como medimos o sucesso. Será apenas pela quantidade de matéria do manual
escolar que se consegue dar? Ou será através do entendimento dos
conceitos? Será apenas pelo número de estudantes graduados? Ou será
antes pelo número de estudantes graduados relevantes no mercado de
trabalho? O que consideramos um sucesso está a mudar. A tecnologia também parece fundamental para os nativos digitais serem felizes na escola.
Possivelmente.
A felicidade é uma condição interessante. É um conceito muito aberto,
mas acredito que o compromisso dos estudantes pode ser maior com o
recurso à tecnologia. Os alunos ficam menos propensos a estarem sentados
passivamente a receber informação, empenham-se nas atividades e
comprometem-se consigo e com os pares. Em vez de dizer felicidade, eu
diria que a tecnologia é fundamental para os nativos digitais se
empenharem e desfrutarem da aprendizagem. Os manuais escolares já deviam ter desaparecido das salas de aulas?
Não.
Os manuais escolares são uma maneira eficiente de chegar a determinados
recursos de aprendizagem, partindo do princípio que os seus autores têm
o conhecimento necessário sobre os temas. Nesse sentido, os manuais não
deveriam desaparecer. Agora, também é possível fazer a mesma seleção de
recursos digitalmente. Se pensarmos no manual escolar enquanto lente
que permite olhar para um assunto, então ele não deveria desaparecer. Até
que ponto tem de se mudar o ensino para se preparar a nova geração para
um mercado de trabalho profundamente alterado pela tecnologia?
Quando
falamos de mercado de trabalho, não estamos só a falar dos empregos que
as pessoas devem estar preparadas para assumir, mas também da
capacidade de criarem elas próprias empregos. É preciso garantir que os
domínios de competência que as instituições de ensino oferecem
correspondem às competências exigidas pelo mercado de trabalho. A
tecnologia facilita que pessoas com competências e motivações diferentes
possam trilhar percursos adequados à carreira que procuram, com base
nos conhecimentos que já têm, e consoante as necessidades do mercado. A
revolução tecnológica está a tornar-nos menos disponíveis para aprender
porque está tudo a um clique de distância? Serão os estudantes de hoje
menos curiosos?
Enfrentamos esse perigo, mas é nossa
responsabilidade impedir que isso aconteça. Dizemos permanentemente que
conteúdos não são conhecimento e que aprender não é apenas decorar
conteúdos, o que está relacionado com a questão da disciplina: o que
devemos tentar introduzir são bons comportamentos de aprendizagem. A
forma como compilamos a informação, como criamos experiências de
aprendizagem, deve ser feita de forma a despertar o compromisso e a
curiosidade das pessoas. A avaliação é o Santo Graal da boa
aprendizagem, certo? Se a avaliação escolar se focar nos conceitos
apreendidos, mitigamos o risco de as pessoas pensarem que o conhecimento
é apenas informação a um clique de distância. Qual o papel da educação no progresso dos países em desenvolvimento?
Se
há um segmento da população que pode beneficiar da combinação entre
aprendizagem presencial e online são os residentes dos países em vias de
desenvolvimento. Falo muitas vezes sobre como o ensino aberto e a
tecnologia permitem garantir experiências de ensino de qualidade em
grande escala, a custos razoáveis e sem sacrificar a qualidade. Nos
países em vias de desenvolvimento isso é essencial porque são
necessários recursos humanos qualificados em todos os setores e o modelo
educativo tradicional não tem capacidade de resposta. O que pode a tecnologia fazer pelos 3,7 milhões de crianças deslocadas que não vão à escola?
Lançámos
um programa no MIT, o MicroMasters, através do qual as pessoas podem
fazer cursos online com a qualidade do MIT e, se passarem nos exames,
tornam--se elegíveis para completarem um semestre presencialmente e
ficarem com o grau de mestrado. Embora este programa seja para pessoas
mais velhas, podemos projetar e ampliar oportunidades semelhantes para
alunos mais jovens. Estamos a começar a trabalhar com crianças em campos
de refugiados na Jordânia através do programa Jameel World Education
Lab. Quando pensamos em pessoas deslocadas, pensamos em crises
político-sociais, como o conflito na Síria, mas amanhã pode ser o
aquecimento global. As pessoas deslocam-se cada vez mais e as
oportunidades educativas devem ir atrás delas para onde quer que vão. E
não apenas no sentido geográfico, mas também no sentido de em qualquer
lugar onde o estudante esteja em termos de preparação, motivação e
objetivos. Consegue imaginar como será a sala de aulas do futuro?
Será
o mundo! [risos] A sala de aulas será onde estivermos, mas também
estará desagregada, vamos a um local para ter acesso a vídeos, a outro
para nos encontrarmos com pessoas e a mais outro para fazermos
atividades… A sala de aulas do futuro talvez não se chame sala de aulas
e, tenho esperança, será muito mais entusiasmante. Quando os alunos
adormecerem será mesmo porque estão sonolentos e não por a aula ser uma
seca! [risos] Disse, em tempos, que “a parte mais difícil de imaginar o futuro é desimaginar o passado”. O queria dizer?
Quando
falamos em aprendizagem online ou à distância, descobrimos que a nossa
referência continua a ser a de antigamente: “Como podemos trazer mais
alunos para a instituição?”, em vez de “como podemos envolver mais
alunos na experiência de aprendizagem?”. O modelo de referência tem de
mudar. Se imaginarmos um futuro em que os alunos tem acesso a
oportunidades de aprendizagem em qualquer lugar, onde a formação é
baseada em necessidades, em que a aprendizagem acontece porque se olha
para o ecossistema da aprendizagem, e não apenas para o que acontece
antes de se chegar ao mercado de trabalho, então será totalmente
diferente. Se continuarmos a imaginar o futuro como uma extensão do
presente não estamos a imaginar verdadeiramente um novo futuro.
A Organização Mundial de Saúde vai incluir o distúrbio do jogo
eletrónico na lista internacional de doenças pela primeira vez no
próximo ano. Se tem um filho que não larga o computador ou as consolas
deve mantê-lo sob vigilância
Cátia Leitão
A
Organização Mundial de Saúde tem vindo a monitorizar os jogos de
computador nos últimos dez anos e concluiu que em determinadas
circunstâncias jogar demasiado pode ser um problema de saúde mental. A
OMS decidiu então incluir o distúrbios dos videojogos na Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a
Saúde, o manual de diagnóstico que fornece códigos relativos à
classificação de doenças e de uma grande variedade de sinais, sintomas e
causas externas para ferimentos ou doenças. Este documento foi
atualizado pela última vez há 27 anos, em 1990, e a versão mais recente -
chamada ICD-11 - deverá ser publicada em 2018.
Ainda não se sabe
qual vai ser o nome deste distúrbio, mas para já o rascunho enumera um
conjunto de critérios que os médicos devem utilizar para avaliar se o
hábito de jogo da pessoa em questão se tornou ou não um risco para a
saúde mental. De acordo com este rascunho, um indivíduo tem distúrbio de
jogo se der prioridade crescente ao jogo "na medida em que o jogo tenha
precedência sobre os outros interesses da vida" refere o jornal New Scientist. Este comportamento de risco tem de ser corrente por pelo menos um ano antes de ser diagnosticado.
Vladimir Poznyak, membro do Departamento de Saúde Mental e Abuso de Substância da OMS, falou com o New Scientist sobre
a importância de reconhecer este tipo de distúrbio como uma condição de
saúde. "Os profissionais de saúde precisam de reconhecer que os
distúrbios de jogo podem ter consequências sérias para a saúde dos
indivíduos", diz Vladimir. "A maior parte dos jogadores de jogos de
computador não tem um distúrbio assim como a maior parte das pessoas que
bebem álcool também não têm. No entanto, em certas circunstâncias o
excesso pode levar a efeitos adversos", acrescenta.
A Associação Psiquiátrica Americana criou uma lista com
nove sintomas que poderiam determinar um transtorno de jogo online e no
ano passado, investigadores da Universidade de Oxford desenvolveram um estudo a partir dessa lista com o objetivo de revelar a percentagem de jogadores que são viciados. O estudo foi publicado no American Journal of Psychiatric
e mostrou que apenas 2% a 3% dos indivíduos que jogam videojogos
apresentam cinco ou mais sintomas do distúrbio. Foram avaliados 19 mil
pessoas, homens e mulheres, do Estados Unidos da América, Reino Unido,
Alemanha e Canadá. Andrew Przybylski, autor do estudo, considera que
esta "foi a primeira descoberta em larga escala a produzir provas
robustas da existência de um potencial problema ligado ao distúrbio dos
jogos de computador".
O primeiro sintoma da lista é preocupação e
obsessão com os videojogos. Depois disso aparece a existência de sinais
de abstinência quando não está a jogar. Em terceiro lugar, o aumento da
tolerância ao vício que começa a dar ao indivíduo a sensação de que
precisa de passar mais tempo a jogar porque aquele que passa de momento
já não é o suficiente. A manifestação seguinte é a de tentar desistir do
jogo, mas não conseguir. De seguida, aparece a perda de interesse as
restantes atividades da vida que antes eram considerados hobbies. O
sexto sintoma é o de continuar a utilizar os jogos em excesso mesmo
sabendo o impacto que isso pode ter. Depois disso o indivíduo começa a
mentir aos outros sobre o tempo que passa a jogar. O penúltimo sintoma é
o uso dos jogos para libertar ansiedade. E por último, a pessoa colocou
uma relação em risco devido ao uso excessivo dos jogos de computador.
Ao contrário do estudo da Universidade de Oxford, uma investigação da
firma ESET revelou dados mais preocupantes. Ao avaliar 500 jogadores a
firma percebeu que cerca de 10% passam entre 12 a 24 horas colados ao
ecrã. "Os jogos são altamente viciantes e não é de admirar que muitos
dos entrevistados do nosso estudo admitam jogá-los por tanto tempo",
disse Mark James, especialista em segurança da ESET.
A
Organização Mundial de Saúde justificou a ausência de outras condições
ligadas à tecnologia na sua lista, como o vício dos smartphones ou da
internet, com a falta de provas de que são "distúrbios reais".
Uma nova investigação sugere que dar um ovo por dia a uma criança com
mais de 6 meses fornece nutrientes ao cérebro do bebé que ajudam ao seu
desenvolvimento
Cátia Leitão
Investigadores de várias universidades dos Estados Unidos concluíram
que os bebés que comiam um ovo por dia a partir dos seis meses de idade
e pelo menos até ao primeiro aniversário registavam concentrações
elevadas de nutrientes que ajudam ao desenvolvimento e ao bom
funcionamento de cérebro.
Os bebés que tinham ovos na sua
alimentação diária apresentaram valores elevados de colina, outros
marcadores biológicos relacionados com a mesma vitamina e ácido
docosa-hexaenoico (DHA). A colina é um elemento que faz parte da
vitamina B e que tem efeitos positivos no fígado e nos sistemas nervoso e
cardiovascular. A falta de colina está associada a problemas renais,
musculares e ósseos, hemorragias, alguns tipos de cancro, perda de
memória e atrasos no crescimento e desenvolvimento cerebral. O DHA, por
sua vez, é um ácido que faz parte do complexo ómega 3 e que contém
propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Também revela
benefícios ao nível do cérebro e da memória.
Lora Iannotti, autora do estudo e professora da Universidade de Washington em St. Louis, diz
que "os ovos têm sido consumidos ao longo da história humana, mas o
potencial total deste alimento nutricionalmente completo ainda não foi
reconhecido em muitos locais ao redor do mundo com poucos recursos".
Lora acrescenta que "tal como o leite ou as sementes, os ovos são
projetados para apoiar o crescimento precoce e desenvolvimento de um
organismo e, portanto, são densos em conteúdo de nutrientes" além disso
"os ovos fornecem ácidos graxos essenciais, proteínas, colina, vitaminas
A e B12, selénio e outros nutrientes em níveis iguais ou superiores aos
encontrados noutros produtos alimentares de origem animal, mas são
relativamente mais acessíveis".
Este estudo analisou 163 bebés
entre os seis e os nove meses de idade no ano de 2015 no Equador. A
investigação dividiu os bebés em dois grupos distintos: um dos grupos,
com 80 participantes, comia um ovo por dia e o outro grupo não comia
esse alimento. Através de recolhas de sangue, os investigadores mediam
os níveis de vitaminas e minerais dos bebés e assim concluíram que o
grupo de crianças que incluía ovos na sua alimentação registava níveis
de colina e DHA mais elevados, o que melhorava o desenvolvimento e
funcionamento de cérebro dessas crianças.
Num artigo anterior, baseado no mesmo estudo e publicado na revista Pediatrics,
lia-se que introdução de ovos na alimentação das crianças em tenra
idade melhora significativamente o seu crescimento e reduz o risco de um
crescimento atrofiado e de baixo peso.
A investigação foi
publicada no jornal American Journal of Clinical Nutrition e
desenvolvida por autores das universidades Johns Hopkins, do Texas e de
Maryland.
As mulheres heterossexuais
são o grupo com menos orgasmos durante o sexo. Para tentar resolver este
problema, juntaram-se três universidades. Homem que é homem não deixa
de ler este artigo
As
investigações cientificas não têm tido os resultados mais animadores no
que toca a reportar o prazer sexual (ou falta dele) das mulheres
heterossexuais. São o grupo com menos orgasmos durante o sexo, o que dá
algum sentido ao mito de que fingem orgasmos.
Um estudo
agora divulgado concluiu que 86% das mulheres lésbicas reportam ter
orgasmos quando têm intimidade sexual, enquanto apenas 65% das mulheres
heterossexuais reporta atingir o orgasmo nas mesmas circunstâncias.
Mas, uma vez identificado o problema, não há que temer porque ele tem solução. Este estudo
que envolveu o trabalho de três universidades - a Universidade de
Chapman, a Universidade de Indiana e o Instituto Kinsey - passou por
inquirir 52 000 americanos de diferentes géneros e orientações sexuais
para tentar compreender a frequência com que atingem o orgasmo e em que
circunstâncias. Os participantes tinham entre 18 e 65 anos e todos
reportaram estar numa relação com alguém. Os resultados
resumem-se a um trio de preciosas ajudas para elas chegarem ao ponto
mais alto e desejado de qualquer relação sexual:
1 - Estimulação genital
2 - Beijos profundos
3 - Sexo oral
Segundo
uma das autoras deste estudo, Elisabeth Lloyd, "cerca de 30% dos homens
acham que a penetração é a melhor forma de as mulheres chegarem ao
orgasmo e é uma imagem um pouco trágica porque não podia ser mais
incorreto".
Este estudo concluiu ainda que quando as mulheres
atingem o orgasmo tendem a reportar uma maior satisfação com as suas
relações como um todo.
Seja como for, lembre-se sempre que cada
caso é um caso e que importa acima de tudo comunicar com a sua parceira e
não ter medo de inovar. Estas três alternativas são um bom princípio
mas devem ser personalizadas.
Eu acabei de fazer uma rigorosa análise da coesão das letras de minhas 33 composições elaboradas até agora. Depois de fazer o pente fino, detectei o que não estava legal, sem concisão, o que estava deturpando ou dando uma ideia errada do que queria realmente dizer, etc., bem como retirar alguns pequenos trechos que as tornavam pouco comerciais. Espero que gostem da, digamos, lipoaspiração feita.
O Brasil é o maior exportador de proteína bovina do mundo, de todas as etapas que terminam com o abate dos animais
e consequentemente com a distribuição dos produtos para o consumidor,
sem dúvida essa última etapa é que apresenta mais pontos que devem ser
tomadas medidas que evitem a contaminação dos produtos (carne e
derivados).
Foto: casadaphoto / Shutterstock.com
A etapas que envolvem o abate de bovinos são as seguintes:
Transporte dos animais
Os bovinos são transportados em caminhões com carroceria adaptadas
que tanto podem ser de madeira, como de ligas metálicas. A capacidade
desses caminhões variam também, desde caminhões que transportam desde 5
animais até caminhões que transportam até 22 animais;
Recepção dos Bovinos
Os animais ao desembarcarem dos caminhões são recepcionados em
currais, os quais normalmente têm seu piso feito de concreto, os animais
são mantidos nesses currais em regime de jejum, facilitando assim o
esvaziamento gástrico, além do descanso ter uma correlação com a
qualidade da carne, diminuindo o estresse que os animais foram
submetidos durante o transporte;
Abate
Os bovinos após seu período de descanso são recebidos em uma espécie
de “ducha”, essa ducha retira as sujidades dos animais (fezes, barro...)
conduzindo assim a um abate mais higiênico. O primeiro passo após a
ducha é chamado de insensibilização ou atordoamento que tem como função
deixar o animal inconsciente até o final do abate (normalmente essa
etapa é realizada através de uma pistola pneumática, vulgo pistola de
ar).
Após a insensibilização o animal é erguido por meio de correntes
entrelaçadas em uma das patas inferiores e feita a degola no pescoço dos
animais, o que leva a morte dos mesmos por falta de oxigenação. A
carcaça do animal segue adiante seguido pelos trilhos aéreos do
frigorífico, sendo feito as etapas de evisceração dos animais, a remoção
do couro. Após a carcaça estar “limpa” é realizada um corte
longitudinal dividindo a carcaça em 2 partes, seguindo os procedimentos
de cortes de acordo com a região e após isso a refrigeração e embalagem,
seguindo para o consumidor final.
Referência: http://www.agais.com/telomc/b01507_abate_bovinodecorte.pdf
Tem vídeos mostrando as imagens do abate no YouTube https://www.youtube.com/watch?v=F3zjVpOqxDM https://www.youtube.com/watch?v=0z8tr78s-lQ
Hoje é segunda-feira, pra muitos o “dia internacional da dieta” (quem nunca?), e para outros é dia de Segunda Sem Carne. Já ouviu falar nessa campanha? Trata-se
de um projeto que tem como principal objetivo conscientizar as pessoas
sobre os impactos que o uso de produtos de origem animal para
alimentação tem sobre os animais, a sociedade, a saúde humana e
o planeta em si. A ideia é que pelo menos uma vez por semana as
pessoas deixem de comer carne e explorem a culinária vegetariana. Diz
se não é uma iniciativa interessante para conhecer novos sabores?
Já comentei com vocês que não sou mega
apaixonada por carne, principalmente vermelha, e desde que conheci essa
campanha, passei a ler mais sobre o assunto e aos poucos tenho consumido
muito mais pratos vegetarianos, seja comendo fora ou mesmo em
casa. Bom, não estou aqui pra fazer militância pelo vegetarianismo,
porém convido vocês a experimentarem pelo menos 1x na semana ter um dia
totalmente vegetariano. O post de hoje traz uma seleção de 30 receitas vegs deliciosas e incríveis! CHEGA MAIS!
A maioria das empresas começa como micro. Se conseguir sobreviver no
período crítico, tende a crescer – tornando-se pequena, média e
até grande. É um longo processo para quem sobrevive e atinge o
estágio superior. E o retorno sobre o investimento tende a seguir a
mesma lógica para os diferentes tamanhos de empresas (via de regra,
pois empresa grande também pode vir a ter retorno negativo). Pois
bem, de que dependem as empresas para crescerem? Do nível de vendas
lucrativas. Por sua vez, as vendas e os lucros dependem da
utilidade dos produtos e da renda do consumidor. Especificamente
quanto à renda, quanto melhor distribuída, maior tende a ser o
consumo total da economia – tende em vista que a concentração de
renda tende a gerar ociosidade de consumo para uma parcela
pouco aquinhoada da população, o que impacta negativamente o
consumo total. E, em que isso impacta o lucro das empresas? Se a
empresa atua na venda de bens básicos e baratos de consumo, tende a
ter pouco impacto nas vendas. Já se atua na venda de bens mais
caros, o impacto negativo é maior. Mas, um problema importante é
que ociosidade de consumo tende a gerar, igualmente, ociosidade de
produção para aqueles produtos mais sofisticados e caros. E,
ociosidade de produção significa que a empresa tende a ter menos
tempo para amortizar (pagar) o investimento feito na criação de
determinado produto (o que é feito na venda mínima de x unidades do
produto). Esse processo é mais crítico em mercados competitivos do
que em mercados oligopolizados (poucos produtores) ou monopolizados
(um produtor apenas). Então, o importante é pelo menos amortizar o
investimento e, feito isto, aumentar a produção e venda para gerar
lucro líquido para o produto. Portanto, tanto do ponto de vista do
consumidor quanto do produtor – principalmente em mercados
competitivos -, a questão-chave encontra-se na má ou boa
distribuição da renda (deixando de lado a questão da utilidade).
Por sua vez, tal indicador tem a ver, fundamentalmente, com outro:
fertilidade (número médio de filhos por mulher). Quanto mais
filhos, pior a distribuição de renda e vice-versa (a África está
aí para comprovar isso) – pois tudo que tem em grande quantidade
tem baixo valor: Lei da Oferta e da Procura. (A África, que se
enquadra neste caso, está presa a uma armadilha cultural ou
educacional – por exemplo, ter muitos filhos é tido como algo
positivo que gera prestígio e poder, 20% das crianças não estudam,
há muitos casamentos de meninas ainda adolescentes, etc… e romper
com tais equívocos é uma tarefa complicada, principalmente quando
não há uma consciência e engajamento dos políticos).
Então, temos uma assimetria perturbadora ou problemática a
enfrentar: de um lado, os produtos tendem a ficar paulatinamente mais
complexos/sofisticados e, assim, mais caros; de outro, a população
do mundo, ao invés de cair e estacionar num nível ótimo ou
adequado, só aumenta – o que tende a piorar a distribuição da
renda, gerando diminuição ou maior ociosidade de consumo e de
produção no mundo. Portanto, temos um aumento do capital
parasitário ou ocioso no mundo. Assim, tanto o consumidor quanto
o produtor estão com um abacaxi nas mãos: o ócio financeiro, que
acaba descambando ou para a superprodução geral (caso seja usado
para investimentos) ou para a especulação (de recursos dos mais
ricos) ou para o subconsumo ou baixo consumo. Todos estes fatores são
indesejáveis para o equilíbrio ou tranquilidade econômico-social. E, mais ainda: a concentração da renda é a "droga" que leva os bilionários ao êxtase mas que, também, constitui o veneno que matará o capitalismo no longuíssimo prazo. (Eu chamo de "capitalismo" qualquer sistema que concentra vergonhosamente a renda, independentemente de se tratar de economia totalmente estatizada/centralizada ou de mercado.)
Portanto, o que me indigna é que todo ano os políticos têm o poder
de fazer alertas ou chamar a atenção para questões importantes no
mundo (e a diminuição da fertilidade das mulheres dos países
pobres e a consequente diminuição da população mundial é a mais
importante de todas, não só por questões econômicas e sociais mas
também ambientais) e só abordam questões menores, pouco
importantes na Assembleia Geral da ONU. Aliás, essa Assembleia Geral
deveria chamar-se Assembleia Geral de idiotas ou incompetentes. Por
exemplo: lá se fala de questões ambientais, mas não se fala de sua
causa principal (a superpopulação).
Relatório mostra que, em nenhum país do planeta, o 1%
mais rico da população concentra parcela tão grande da renda.
Discrepância social aumentou desde 1980 em quase todas as regiões do
mundo.
País de contrastes: 55% da renda no Brasil está nas mãos dos 10% mais ricos da população
A desigualdade no Brasil é uma das maiores do mundo, segundo a
Pesquisa Desigualdade Mundial 2018, uma compilação de dados globais
coordenada pelo economista francês Thomas Piketty e divulgada nesta
quinta-feira (14/12), em Paris.
Segundo dados do relatório, em
2015, 27% da renda do Brasil estavam nas mãos do 1% mais rico da
população – a maior discrepância do planeta. Na comparação, o país
aparece à frente, por exemplo, de Rússia (20%), EUA (20%), China (14%) e
Índia (21%).
O resultado acompanha uma tendência mundial: a
renda cresceu para todos, inclusive os mais pobres, mas foram os ricos
que abocanharam a maior fatia do crescimento. Em suas estimativas, os
economistas responsáveis pelo estudo se mostraram preocupados com o
possível agravamento da situação global até 2050.
Os dados
mostram que a desigualdade de renda aumentou desde 1980 em quase todas
as regiões do mundo, mas o crescimento mais acelerado tem sido
registrado na China, Rússia e Índia e na América do Norte. Enquanto os
dados mostram que a fase de políticas mais igualitárias depois da
Segunda Guerra terminou, as sociedades na América do Sul, África e no
Oriente Médio se tornaram ainda mais desiguais.
De acordo com o estudo, intitulado World Inequality Report
e que teve como um dos principais coordenadores Lucas Chancel, da
Escola de Economia de Paris, além do próprio Piketty, autor do
best-seller O Capital no século 21, a parte da riqueza nacional
nas mãos de 10% dos contribuintes mais ricos passou de 21% a 46% na
Rússia e de 27% a 41% na China, entre 1980 e 2016. Nos EUA e no Canadá,
este índice passou de 34% a 47%, enquanto na Europa foi registrado um
aumento mais moderado – de 33% a 37%. Pódio da desigualdade
Mas
houve exceções ao padrão de crescimento vertiginoso. "No Oriente Médio,
África subsaariana e Brasil, as desigualdades permaneceram
relativamente estáveis, mas a níveis muito elevados", afirmou o
documento.
As três regiões formam o pódio da desigualdade no
mundo: África subsaariana (54%), Brasil e Índia (55%) e o Oriente Médio
(61% da renda nas mãos dos 10% mais ricos). Segundo os pesquisadores,
essas regiões são as "fronteiras da desigualdade".
No caso do
Brasil, o documento se baseia num estudo publicado em setembro por um
discípulo de Piketty, o irlandês Marc Morgan. O trabalho gerou
controvérsia, pois sugeriu que a desigualdade no Brasil é muito maior do
que indicada em outras pesquisas, apesar dos avanços sociais observados
nos últimos anos. Estes dados também se limitam ao período entre 2001 e
2015.
A renda nacional total cresceu 18,3% no período analisado,
mas 60,7% desses ganhos foram apropriados pelos 10% mais ricos, contra
17,6% das camadas menos favorecidas. A expansão foi feita às custas da
faixa intermediária de 40% da população, cuja participação na renda
nacional caiu de 34,4% para 32,4%.
De acordo com o estudo, a
queda se deve ao fato de que essa camada da população brasileira não se
beneficiou diretamente das políticas sociais e trabalhistas dos últimos
anos e nem pôde tirar proveito dos ganhos de capital (como lucros,
dividendos, renda de imóveis e aplicações financeiras), restritos aos
mais ricos.
Em termos de evolução, a divergência é "extrema entre
a Europa Ocidental e os Estados Unidos, que tinham níveis de
desigualdade comparáveis em 1980, mas se encontram atualmente em
situações radicalmente diferentes", destacou o estudo.
Em 1980, a
parte da riqueza nacional nas mãos de 50% dos contribuintes mais pobres
era quase idêntica nas duas regiões: 24% na Europa Ocidental e 21% nos
EUA. Desde então, o índice permaneceu estável, a 22%, no lado europeu e
caiu a 13% no americano.
De acordo com Piketty, um fenômeno que
se deve pela "queda das rendas da menor faixa" nos Estados Unidos, mas
também por uma "desigualdade considerável na área de educação e uma
tributação cada vez menos progressiva neste país".
A principal
vítima desta dinâmica, segundo o relatório, baseado em 175 milhões de
dados fiscais e estatísticas computadas pelo projeto wid.world (wealth
and income database), é a classe média mundial.
Entre 1980 e
2016, o 1% dos mais ricos obteve 27% do crescimento mundial. Os 50% mais
pobres receberam apenas 12% da riqueza, mas viram sua renda aumentar
significativamente. O que não aconteceu com as pessoas entre as duas
categorias, cujo "crescimento da renda foi frágil".
Os autores do
estudo anteciparam um novo crescimento até 2050, com base nas atuais
tendências. A participação do patrimônio dos mais ricos aumentaria
assim de 33% a 39%, enquanto a classe média mundial veria sua
participação no patrimônio cair de 29% a 27%.
PV/afp/dpa/ots