sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Robô-cirurgião opera veia dentro do olho e evita cegueira

Robô-cirurgião opera veia dentro do olho e evita cegueira
A agulha e o robô-cirurgião foram desenvolvidos especificamente para realizar a cirurgia de altíssima precisão, operando uma veia dentro do olho.
[Imagem: KU Leuven]
Cirurgia robótica no olho
Cirurgiões e engenheiros da Universidade de Lovaina (Bélgica) construíram um robô-cirurgião capaz de realizar operações de altíssima precisão dentro do olho - o primeiro paciente já foi operado com êxito com a ajuda do equipamento.
Controlado por um cirurgião ocular, o robô usou uma agulha de apenas 0,03 milímetro para injetar um medicamento trombolítico na veia retiniana do paciente - a oclusão retiniana é uma condição que pode levar à cegueira.
A operação foi bem-sucedida, mostrando que é possível dissolver com segurança um coágulo sanguíneo de uma veia interna do olho - com um adequado suporte robótico.
O equipamento agora passará para um ensaio clínico de fase 2, onde será possível demonstrar o impacto clínico da cirurgia robotizada para os pacientes, com um acompanhamento de longo prazo.
Oclusão da veia retiniana
A oclusão da veia retiniana é marcada pela formação de um coágulo sanguíneo em uma das veias da retina. Isso causa redução da visão ou mesmo cegueira no olho afetado. Hoje, o tratamento consiste em injeções mensais no olho, um tratamento que apenas reduz os efeitos colaterais da trombose, mas não consegue reverter seus efeitos.
A retirada total do coágulo deverá ser uma solução definitiva para a ampla maioria dos casos.

"O tratamento atual para a oclusão da veia da retina custa à sociedade €32.000 por olho [quase R$110.000], um preço elevado, especialmente se você sabe que está apenas tratando os efeitos colaterais e que há pouco mais que se possa fazer do que evitar a diminuição da visão. O robô-cirurgião nos permite tratar a causa da trombose na retina pela primeira vez. Então, estou ansioso para o próximo passo: se conseguirmos, vamos literalmente ser capazes de fazer pessoas cegas enxergar novamente," disse o professor Peter Stalmans, coordenador da equipe.

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