terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Sobre o livre arbítrio

Livre arbítrio e cultura
O livre arbítrio descreve a capacidade de fazer escolhas independentes, onde o resultado da escolha não é dirigido por eventos passados ou por outras pessoas.
Ocorre que diferentes culturas têm diferentes perspectivas sobre o livre arbítrio, e esses diferentes pontos de vista permeiam nosso pensamento sem que o percebamos, colorindo de forma diversa conceitos como responsabilidade pessoal, culpa, ambição etc. E isso molda múltiplos sentimentos e emoções e a forma como as situações são encaradas.
Isto tem levado os psicólogos a considerar que acreditar ou não no livre arbítrio teria efeitos diferentes no ocidente e no oriente, devido às visões de mundo bastante distintas entre as duas culturas.
A cultura ocidental é descrita como individualista, onde as pessoas estão em grande parte focadas nas realizações pessoais, tornando a competição algo comum e natural. Em culturas como as da China e do Japão, por outro lado, muito mais coletivistas, as pessoas tendem a se concentrar mais em objetivos do grupo - da família ou da empresa, por exemplo - e há menos ênfase nos graus pessoais de liberdade.
Livre arbítrio e felicidade
O que se demonstrou agora é que essas diferenças de abordagem não alteram o efeito final de acreditar no livre arbítrio nas duas culturas.
A crença no livre arbítrio, tanto em estudantes ocidentais quanto orientais, mostrou uma forte associação com maior felicidade, melhor desempenho no trabalho e na escola e menos comportamentos negativos.
Além disso, Jingguang Li e sua equipe da Universidade Dali (China), constataram que 85% dos adolescentes chineses expressam uma crença espontânea no livre arbítrio, e que essa crença está positivamente correlacionada com a felicidade - exatamente como diversos estudos feitos no Ocidente já demonstraram.
O estudo publicado foi publicado pela revista Frontiers in Psychology.

Observação deste blogueiro: o livre arbítrio tem limitações do MEIO (social, temporal, geográfico, corporal, etc.), que o artigo original ignora e erra ao não relativizar o mesmo livre arbítrio.

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