Três países asiáticos seguem no primeiro bloco das economias mais competitivas
em relação ao Brasil Milton Pomar 30/07/2020 10:15 | Atualizado 30/07/2020 10:17
O “Custo Brasil” assombra economistas e empresários, que consideram a baixa
produtividade do trabalho no país a sua principal causa Três países asiáticos
seguem no primeiro bloco das economias mais competitivas em relação ao Brasil –
Coreia do Sul em primeiro lugar, China em quarto e Tailândia em sexto –, de
acordo com a edição 2019/2020 do estudo da Confederação Nacional da Indústria
(CNI) sobre a competitividade, lançado na quarta-feira (29). Realizado desde
2010, o estudo da CNI analisa nove fatores relacionados ao desempenho do Brasil,
em relação a outros 17 países, que possuem características similares e competem
com a indústria brasileira no mercado mundial. A publicação da CNI destaca que o
Brasil "não está entre os seis mais bem colocados (terço superior) em nenhum dos
nove fatores determinantes da competitividade avaliados." Robson de Andrade,
presidente da entidade, destaca na apresentação do estudo que "o Custo Brasil é
um dos maiores desafios do país e, em especial, da indústria brasileira." Para
ele, houve avanço em algumas áreas no Brasil, comparado com a edição anterior.
No entanto, a posição do país segue a mesma no ranking: penúltimo lugar, à
frente apenas da Argentina, o que é explicado pelo fato das outras nações também
avançarem, graças aos "esforços contínuos para ampliar suas respectivas
vantagens competitivas." Alvo de seminário da CNI e do Congresso Nacional há 25
anos, desde então o "Custo Brasil" assombra economistas e empresários, que
consideram a baixa produtividade do trabalho no país a sua principal causa.
Martelaram tanto essa máxima que chega a espantar a revelação no ranking do
desempenho do Brasil (9º) no fator Trabalho, o único no qual aparece à frente da
China (10º) e Coreia do Sul (16º). Em contrapartida, no Financiamento, o Brasil
continua em último, e a China e Coreia do Sul aparecem respectivamente em
segundo e terceiro lugares. Fica evidente assim, pelo estudo da CNI sobre
competitividade, que o custo do capital continua sendo o maior responsável pelo
"Custo Brasil": "A situação mais crítica do país é no fator Financiamento, o que
reflete sobretudo os custos elevados. O Brasil apresenta a mais alta taxa de
juros real de curto prazo (8,8%) e o maior spread da taxa de juros (32,2%)." O
acesso difícil no Brasil é agravado pelo peso do capital nos custos das
atividades produtivas: "A segunda maior taxa de juros é 68% inferior à taxa
brasileira (Rússia: 5,2%) e o segundo maior spread é quase três vezes menor
(Peru: 11,9%)." A Coreia do Sul destaca-se com os primeiros lugares em
Infraestrutura e Logística (China em 6º) e em Tecnologia e Inovação (China em
2º; Tailândia em 4º), fatores nos quais o Brasil aparece em 15º e 8º,
respectivamente. A China está em primeiro somente em Estrutura Produtiva, Escala
e Concorrência. A Tailândia aparece em segundo no fator Ambiente Macroeconômico,
no qual a Rússia está em primeiro lugar. A situação da competitividade do
Brasil, quando confrontada com todos esses países, não deixa margem para
dúvidas, nas palavras de Robson de Andrade: "Não há tempo a perder. Temos de nos
empenhar mais para reduzir o Custo Brasil e aumentar a competitividade do país.
Para chegarmos à posição de nação desenvolvida, precisamos de uma indústria
forte, dinâmica e competitiva, que olhe para o futuro, sendo cada vez mais
inovadora, global e sustentável."
O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
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