terça-feira, 18 de outubro de 2016

Fisher, do Banco Central Americano, alerta contra perigo de juro muito baixo

POR: PÂMELA REIS / AGÊNCIA CMA

Stanley Fischer, membro da diretoria do Federal Reserve (Divulgação/Federal Reserve)
Stanley Fischer, membro da diretoria do Fed (Divulgação/Federal Reserve)
São Paulo – Manter as taxas de juros baixas por muito tempo pode colocar a economia em risco e limitar o poder de resposta do banco central, afirmou o vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Stanley Fischer, em discurso preparado para evento no Clube Econômico de Nova York.
Ele aponta três problemas principais para os juros excessivamente baixos. O primeiro é a possibilidade de que os juros baixos no longo prazo sejam um sinal de que as perspectivas de crescimento da economia são fracas, o que por si só é motivo de preocupação. O segundo ponto é o fato de que, com juros baixos, o banco central pode ficar de mão amarradas em caso de choques adversos.
“Operar perto do limite mínimo dos juros limita o espaço para o banco
central combater recessões usando a ferramenta convencional de redução de
juros”, disse ele. “E embora medidas não convencionais – como as compras de
ativos – possam oferecer acomodação adicional, é razoável pensar que essas
alternativas não são substitutas perfeitas para a política convencional”.
Com isso, Fischer alerta que a limitação da política monetária pode resultar em recessões mais longas e profundas. O terceiro problema trazido pelos juros baixos é o risco à estabilidade financeira, já que alguns investidores passam a buscar retornos maiores em ativos mais arriscados. Além disso, as margens dos bancos ficam reduzidas, o que dificulta a manutenção de reservas de capital.
Para confrontar essas limitações, Fischer sugere o uso de políticas
fiscais que estimulem a economia e ações do governo que elevem o crescimento
econômico no longo prazo.

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