O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
Guia da Cozinha - Receita de mosaico de gelatina para uma prática sobremesa
Foto: Guia da Cozinha
A gelatina já faz um grande sucesso por ser uma receita rápida e
fácil de preparar. Agora, imagina uma sobremesa toda colorida, saborosa e
com um toque de pêssego? A receita de mosaico de gelatina com pêssego
vai surpreender a todos, pois além de toda a sua praticidade, possui um
sabor irresistível!
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Rendimento: 12
Dificuldade: fácil
Ingredientes
1 caixa de gelatina em pó sabor limão
1 lata de creme de leite
1 caixa de gelatina em pó sabor framboesa
1 envelope de gelatina em pó sem sabor
1 caixa de gelatina em pó sabor uva
1/2 xícara (chá) de água
1 lata de leite condensado
1 caixa de gelatina em pó sabor pêssego
1 lata de pêssego em calda escorrido em cubos
Modo de preparo
Prepare as gelatinas de sabor separadamente como indicado na
embalagem. Despeje cada uma em um refratário pequeno separadamente leve à
geladeira por 2 horas ou até firmar. Corte em cubos.
Em uma panela, polvilhe a gelatina sem sabor sobre a água e deixe
hidratar por 5 minutos. Leve ao fogo baixo para dissolver, sem deixar
ferver. Misture com o leite condensado, o creme de leite e o pêssego.
Coloque as gelatinas em cubos em um refratário oval grande. Regue com
o creme delicadamente. Leve à geladeira por 2 horas ou até firmar.
Sirva.
Guia da Cozinha - Pão de alho recheado para arrasar no churrasco em família
Foto: Guia da Cozinha
O pão de alho recheado com queijo prato e com uma cobertura especial
de manteiga, parmesão, alho e ervas vai chamar a atenção de todos quando
for servido! Você pode preparar como lanchinho da tarde ou mesmo para
acompanhar um churrasco. É divino!
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Rendimento: 30 unidades
Dificuldade: fácil
Aprenda a fazer o pão de alho recheado do Guia da Cozinha
Ingredientes do pão de alho recheado
3 colheres (sopa) de azeite
6 dentes de alho picados
2 tabletes de fermento biológico fresco (30g)
2/3 de xícara (chá) de óleo
1 e 1/2 xícara (chá) de leite
2 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sopa) de sal
1 ovo
4 e 1/4 de xícaras (chá) de farinha de trigo (aproximadamente)
Óleo e farinha de trigo para untar e enfarinhar
1 gema para pincelar
Orégano a gosto
Recheio
300g de queijo prato em cubos
Cobertura
1 xícara (chá) de manteiga derretida
4 dentes de alho picados
1 colher (sopa) de ervas finas secas
150g de queijo parmesão ralado
Modo de preparo
Aqueça uma frigideira com o azeite, em fogo médio, e frite o alho até
dourar levemente. Escorra sobre papel absorvente e reserve. Bata
no liquidificador o fermento, o óleo, o leite, o açúcar, o sal e o ovo
por 1 minuto. Despeje em uma tigela e adicione a farinha, sovando até
desgrudar das mãos. Se necessário, acrescente mais farinha. Junte o alho
frito e sove para misturar. Divida a massa em pequenas porções, recheie
com cubos do queijo prato e modele bolinhas pequenas. Cubra e deixe
descansar por 30 minutos. Passe as bolinhas pela manteiga derretida
misturada com o alho e as ervas finas e depois passe pelo parmesão
ralado. Coloque em uma fôrma grande, uma ao lado da outra e leve ao
forno médio, preaquecido, por 30 minutos ou até assar e
O inverno só chega em Junho, mas alguns dias frios fazem parte de
várias estações. As receitas de sopas funcionam como um aconchego nos
dias mais frios, já que na maioria das vezes são servidas quentes e
contam com ingredientes mais leves. É aquela refeição saborosa e
perfeita para fazer em qualquer hora do dia. Você pode utilizar uma
proteína como carne ou frango, legumes e os mais variados temperos. Quer
saber como preparar sopas deliciosas em poucos minutos? O Guia da
Cozinha fez uma lista com 5 receitas de sopas para você provar e aprovar
em família! Confira:
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Rendimento: 8 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
4 colheres (sopa) de óleo
500g de acém em cubos
2 tomates picados
Sal, pimenta-do-reino e cheiro-verde picado a gosto
2 colheres (sopa) de extrato de tomate
1 chuchu em cubos
2 cubos de caldo de carne
200g de vagem picada
2 litros de água
200g de vagem picada
1 cenoura picada
2 batatas em cubos
1 xícara (chá) de macarrão tipo conchinha
Cheiro-verde picado e croutons para polvilhar
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Modo de preparo
Em uma panela de pressão, em fogo alto, aqueça o óleo e frite a carne temperada com sal e pimenta até dourar.
Adicione os tomates, o extrato, o caldo de carne e refogue por 3
minutos. Junte a água, tampe a panela e cozinhe por 20 minutos, em fogo
baixo, após iniciada a pressão.
Desligue, deixe a pressão sair naturalmente e abra a panela. Volte a
panela ao fogo baixo, junte os legumes e cozinhe semi tampada até ficar
al dente.
Junte o macarrão e cozinhe até amaciar. Tempere com sal, pimenta e
cheiro-verde. Transfira para sopeiras, polvilhe com cheiro-verde,
croutons e sirva em seguida.
Sopa de abóbora com gorgonzola no pão italiano
Foto: Guia da Cozinha
Foto: Guia da Cozinha
Tempo: 45min
Rendimento: 6
Dificuldade: fácil
Ingredientes
3 colheres (sopa) de manteiga
1/2 cebola picada
1/2 abóbora moranga picada
3 xícaras (chá) de água
1 caixa de creme de leite
2 xícaras (chá) de cream cheese
150g de queijo gorgonzola picado
Sal e noz-moscada a gosto
1 pão italiano redondo
Cebolinha e queijo parmesão para polvilhar
Modo de preparo
Aqueça uma panela com a manteiga e refogue a cebola e a abóbora por 2
minutos. Adicione a água e cozinhe por 10 minutos ou até a abóbora
amaciar. Desligue e deixe esfriar. Despeje no liquidificador, adicione o
creme de leite e o cream cheese e bata até formar um creme. Despeje em
uma panela e cozinhe por 5 minutos. Acrescente o gorgonzola, tempere com
sal e noz-moscada e cozinhe até ferver. Abra uma tampa no meio do pão,
faça uma cavidade no meio e coloque a sopa dentro. Polvilhe com
cebolinha e parmesão e sirva.
Sopa de batata com milho e bacon
Foto: Guia da Cozinha
Foto: Guia da Cozinha
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Tempo: 1h
Rendimento: 5 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
1kg de batata
1 xícara (chá) de bacon em cubos
1 colher (sopa) de alho espremido
2 latas de milho verde escorridas
1 cubo de caldo de galinha
1 litro de água fervente
2 xícaras (chá) de creme de leite
Sal a gosto
Coentro picado para polvilhar
Modo de preparo
Descasque as batatas, pique em cubos pequenos e não coloque na água.
Aqueça uma panela grande e frite o bacon na própria gordura até dourar.
Escorra e reserve.
Na gordura do bacon, na mesma panela, frite o alho e adicione a batata. Refogue por 5 minutos.
Coloque o milho e refogue por mais 3 minutos. Adicione o caldo de galinha e a água.
Espere levantar fervura e abaixo o fogo. Cozinhe por 25 minutos. Adicione o creme de leite e cozinhe por mais 3 minutos.
Acerte o sal e coloque em cumbucas individuais ou xícaras grandes.
Polvilhe com coentro picado e com o bacon reservado em cada porção. Sirva.
Cientista
brasileiro afirma que cobrança brasileira é incoerente e vai de
encontro a política ambiental do governo Bolsonaro; 'criminoso ambiental
existe sem risco de punição'
Renato Vasconcelos, O Estado de S.Paulo
23 de abril de 2021 | 05h00
A compensação financeira ao Brasil pela preservação da Amazônia - tema central do discurso do presidente Jair Bolsonaro durante a Cúpula de Líderes sobre o Clima - é possível, mas não seguindo a lógica do governo atual. É o que aponta o climatologista Carlos Nobre, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, referência nos estudos sobre mudança climática no País.
O
professor afirma que iniciativas para remunerar países pela preservação
de seus ecossistemas já existem, e podem ser acessadas pelo Brasil em
breve. Durante a própria cúpula, foi lançado a coalizão LEAF, um fundo
com investimentos de governos e empresas para remuneração de países
tropicais pela preservação ambiental. No entanto, as verbas são
liberadas de acordo com os resultados alcançados, e não o contrário.
"Tem
uma incoerência (na cobrança do presidente). O que vem primeiro? Você
me dá o dinheiro e eu reduzo o desmatamento? Ou eu reduzo o desmatamento
e você me dá o dinheiro? A lógica por trás da compensação não é 'me
pague que eu reduzo o desmatamento', é 'você reduza o desmatamento,
demonstre que você tem capacidade e seriedade, que eu remunero",
explicou.
Membro
da tribo Kayapó caminha pela rodovia BR163, durante protesto contra o
desmatamento ilegal, em Novo Progresso, no Pará. Foto: Carl De Souza /
AFP
Além disso, o professor explica que um
passo fundamental para acessar os créditos de carbono provenientes da
conservação é a comprovação segundo metodologias rigorosas e
transparentes, que demonstrem que o projeto de combate e redução ao
desmatamento nesses países está ocorrendo de forma global e eficiente.
"No
caso do fundo que foi lançado, há US$ 1 bilhão disponível para países
tropicais que reduzirem seriamente o desmatamento. E eu digo,
seriamente. Não pode ser algo do tipo: 'o Amapá desmata pouco, mas o
Amazonas está aumentando demais'. Tem de ser um um projeto que reduza o
desmatamento na Amazônia."
Outros fatores além da comprovação do
desmatamento em si podem contribuir para o acesso a esses recursos
internacionais. Países que adotarem novos modelos de desenvolvimento
sustentável, com espaço para a bioeconomia, ou se demonstrarem capazes
de proteger as populações tradicionais das florestas tropicais, por
exemplo, podem ser beneficiados no momento de repartição dos recursos, o
que vai exigir um pensamento estratégico por parte do governo.
O
interesse nos créditos ambientais demonstrado durante a cúpula, no
entanto, não encontra sustentação na política ambiental do governo, que
precisará mudar radicalmente, segundo Nobre. "Toda a política do
Ministério do Meio Ambiente, nos últimos dois anos e quatro meses, que
incluiu o caso da suspensão do Fundo Amazônia, estava inserida em uma
lógica em que você pagaria ao desmatador para ele não desmatar. Essa
lógica é totalmente ridícula", disse. E completou: "O discurso político
que ouvimos era de incentivo ao crime ambiental. Fazia com que
criminosos ambientais existissem completamente sem risco de punição. Por
isso o desmatamento, a degradação e as queimadas explodiram."
Metas são possíveis, mas exigem ação
Do
discurso do presidente, Nobre avalia que o ponto mais relevante em
relação aos anteriores foi a sinalização de que o Brasil pretende
antecipar a meta de alcançar a neutralidade de carbono em 2050 - o
compromisso anterior do País era de zerar as emissões em 2070. Para
alcançar esse objetivo, porém, o professor alerta que será necessário
agir em diversas frentes, incluindo possibilitando um amplo trabalho de
agentes de campo - que vem sendo retirados na Amazônia com o
esvaziamento de órgãos como o Ibama e o Instituto Chico Mendes de
Biodiversidade (ICMBio).
"É
muito difícil chegar nesses números, porque não há ações enérgicas de
campo. Quando olhamos para políticas lá atrás, em 2004 até 2012, que
fizeram o desmatamento cair, ela não é uma política que acontece de um
ano pra outro. Muito da efetividade daquela política foi o trabalho de
inteligência da Polícia Federal atrás dos financiadores do crime. Isso
não se faz de um dia pro outro", afirmou.
Apesar do ceticismo com
o caminho da política ambiental atual, o professor projeta um cenário
em que seria possível alcançar a meta. "Se houvesse uma seriedade muito
grande na fiscalização, no rigor da fiscalização, em acabar o crime
ambiental, nós teríamos uma uma condição muito apropriada de chegar em
2030 com 50% menos emissões, e aí sim seria perfeitamente exequível o
Brasil zerar o resto de suas emissões de carbono".
Chegando em
2030 com 50% de emissões de carbono a menos, para que a neutralidade
fosse atingida em 20 anos, ainda seria necessária a transformação da
matriz energética do País, bem como a modernização da agropecuária.
"Esse passo já começou. Temos o setor das eólicas crescendo, a energia
solar ainda atrás, mas com muito potencial, temos iniciativas como as da
Embrapa para reduzir a zero o impacto de carbono na produção no
campo... Essas soluções de ciência existem, mas nós temos que dar escala
a elas. Isso ainda falta".
Pesquisa
que acompanha milhares de pessoas a partir dos 50 anos sugere que
aqueles que dormem menos de seis horas por noite têm maior probabilidade
de desenvolver demência ao final dos 70 anos
Pam Belluck, The New York Times
23 de abril de 2021
Dormir muito pouco pode aumentar suas chances de desenvolver demência?
Durante anos, os pesquisadores refletiram sobre esta e outras questões sobre como o sonose
relaciona com o declínio cognitivo. As respostas eram evasivas, porque é
difícil saber se o sono insuficiente é um sintoma das mudanças
cerebrais que estão por trás da demência - ou se pode realmente ajudar a
causar essas mudanças.
Agora,
um novo estudo relata algumas das descobertas mais persuasivas,
sugerindo que as pessoas que não dormem o suficiente na casa dos 50 e 60
anos podem ter maior probabilidade de desenvolver demência quando forem
mais velhas.
A pesquisa, publicada terça-feira na revista Nature Communications, tem limitações, mas também vários pontos fortes. Ela acompanhou quase 8 mil pessoas na Grã-Bretanha
por cerca de 25 anos, começando quando elas tinham 50 anos de idade. E
descobriu que aquelas que relataram consistentemente dormir em média
seis horas ou menos por noite durante a semana tinham cerca de 30% mais
probabilidade do que as pessoas que dormiam regularmente sete horas
(índice definido como sono "normal" no estudo) de serem diagnosticadas
com demência três décadas depois.
"Seria realmente improvável
que, quase três décadas antes, esse padrão de sono fosse um sintoma de
demência, então é um ótimo estudo, porque fornece fortes evidências de
que o sono é realmente um fator de risco", disse a Dra. Kristine Yaffe,
professora de neurologia e psiquiatria da Universidade da Califórnia, em
São Francisco, que não participou do estudo.
Mudanças cerebrais pré-demência, como o acúmulo de proteínas associadas ao Alzheimer,
são conhecidas por começar cerca de 15 a 20 anos antes de as pessoas
apresentarem problemas de memória e raciocínio, então os padrões de sono
dentro desse período podem ser considerados um efeito emergente da
doença. Isso colocou uma "questão do ovo ou da galinha: o que vem
primeiro, o problema do sono ou a patologia?", disse o Dr. Erik Musiek,
neurologista e codiretor do Centro de Ritmos Biológicos e do Sono da
Universidade de Washington em St. Louis, que não esteve envolvido na
nova pesquisa.
Estudo aponta que a privação do sono entre pessoas de 50 a 60 anos pode influenciar a demência
Foto: Free-Photos/Pixabay
"Não sei se
este estudo necessariamente bate o martelo, mas fica mais perto do
veredicto, porque tem muitas pessoas que eram relativamente jovens",
disse ele. "Há uma boa chance de que eles estejam rastreando pessoas de
meia-idade antes que tenham a patologia do mal de Alzheimer ou placas e
emaranhados em seus cérebros."
Com base em registros médicos e
outros dados de um proeminente estudo com funcionários públicos
britânicos chamado Whitehall II, que começou em meados da década de
1980, os pesquisadores rastrearam quantas horas 7.959 participantes
disseram ter dormido em relatórios preenchidos seis vezes entre 1985 e
2016. No final do estudo, 521 pessoas foram diagnosticadas com demência,
com uma idade média de 77 anos.
A equipe foi capaz de ajustar os
cálculos conforme vários comportamentos e características que podem
influenciar os padrões de sono das pessoas ou o risco de demência, disse
a autora do estudo, Séverine Sabia, epidemiologista do Inserm, centro
francês de pesquisa em saúde pública. Entre estes, tabagismo,consumo de álcool, atividades físicas, índice de massa corporal, consumo de frutas e vegetais, nível de escolaridade, estado civil e condições como hipertensão, diabetese doenças cardiovasculares.
"O
estudo encontrou uma relação modesta, mas eu diria um tanto importante,
entre a falta de sono apropriado e risco de demência", disse Pamela
Lutsey, professora associada de epidemiologia e saúde comunitária da
Universidade de Minnesota, que não esteve envolvida na pesquisa. "A
falta de sono apropriado é muito comum e, por causa disso, mesmo que
esteja modestamente associada ao risco de demência, pode ser importante
no nível social. O sono é algo sobre o qual temos controle, algo que
podemos mudar."
Ainda assim, como em outras pesquisas na área, o
estudo teve limitações que o impedem de provar que o sono inadequado
pode ajudar a causar demência. A maioria dos dados do sono foi
autorrelatada, uma medida subjetiva que nem sempre é precisa, disseram
os especialistas.
"É sempre difícil saber o que concluir com esse
tipo de estudo", escreveu Robert Howard, professor de psiquiatria do
envelhecimento na University College London, um dos vários especialistas
que enviaram comentários sobre o estudo à Nature Communications.
"Os insones - que provavelmente não precisam de mais motivos para
ficarem revirando na cama", acrescentou ele, "não devem ficar achando
que vão ter demência se não dormirem imediatamente".
Existem
teorias científicas convincentes sobre por que dormir pouco pode
exacerbar o risco de demência, especialmente de Alzheimer. Estudos
descobriram que os níveis de amilóide no líquido cefalorraquidiano, uma
proteína que se aglomera em placas nos casos de mal de Alzheimer,
"aumentam se você não consegue dormir", disse Musiek. Outros estudos de
amilóide e outra proteína de Alzheimer, a Tau, sugerem que "o sono é
importante para limpar as proteínas do cérebro ou limitar sua produção",
disse ele.
Uma teoria diz que, quanto mais tempo as pessoas
passam acordadas, mais tempo seus neurônios ficam ativos e mais amilóide
é produzida, disse Musiek. Outra teoria defende que, durante o sono, o
fluido que flui no cérebro ajuda a eliminar o excesso de proteínas,
então um sono inadequado significa mais acúmulo de proteína, disse ele.
Alguns cientistas também acham que ter tempo suficiente em certas fases
do sono pode ser importante para limpar as proteínas.
Lutsey
disse que dormir pouco também pode afetar a saúde de maneira indireta,
alimentando condições que são conhecidos fatores de risco de demência.
"Pense em alguém que fica acordado até tarde, comendo porcaria. Ou
alguém que dorme muito mal e por isso tem pouca motivação para
atividades físicas", disse ela. "Isso pode predispor essas pessoas à
obesidade e a coisas como diabetes e hipertensão, que vêm sendo
fortemente associadas ao risco de demência."
Então, se a falta de sono é a culpada, como as pessoas podem dormir mais?
"Em
geral, pílulas para dormir e muitas outras coisas não proporcionam um
sono tão profundo", disse Yaffe. E "realmente queremos um sono profundo,
porque parece ser o momento em que as coisas ficam mais limpas, porque é
o sono mais restaurador".
Ela disse que os cochilos são bons
para recuperar o sono perdido, mas ter uma boa noite de sono deve
torná-los desnecessários. Pessoas com distúrbios do sono ou apneia devem
consultar especialistas em sono, disse ela.
Para as outras pessoas, Lutsey disse, ter um horário de sono regular, evitar cafeínae
álcool antes de dormir e retirar telefones e computadores do quarto
estão entre as diretrizes de "higiene do sono" do Centro de Controle e
Prevenção de Doenças.
Mas muitas coisas do sono continuam
intrigantes. O novo estudo "fornece uma evidência bastante forte de que o
sono é importante na meia-idade", disse Musiek. "Mas ainda temos muito
que aprender sobre isso, como essa relação de fato se dá nas pessoas e o
que fazer a respeito". / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENZTZOU
Maioria dos indicadores do órgão caiu nos dois primeiros anos da atual gestão
Daniel Bramatti e Marcelo Godoy
23 abr 2021
15
No governo Jair Bolsonaro, a Polícia
Federal faz menos operações, prende menos bandidos e apreende menos
armas do que no último ano do governo Michel Temer. A maioria dos
indicadores do órgão caiu nos dois primeiros anos da atual gestão. As
prisões em operações, por exemplo, diminuíram 40% quando se compara o
número de 2020 com o de 2018. A redução não pode ser creditada só à
pandemia de covid-19, pois a tendência começou em 2019, na gestão de
Sérgio Moro no Ministério da Justiça, e se acentuou quando André
Mendonça assumiu a pasta, há um ano.
Para especialistas ouvidos pelo Estadão, os
números são reflexo da instabilidade no comando da PF - que teve três
diretores-gerais no governo Bolsonaro -, do impacto da Lei de Abuso de
Autoridade e da reversão de avanços institucionais que garantiam
mecanismos eficientes de combate ao crime organizado, aos delitos
ambientais e à corrupção. Há um ano, Moro deixava a pasta da Justiça
após acusar Bolsonaro de ingerências no órgão. O estopim da saída foi a
reunião ministerial de 22 de abril na qual o presidente disse sobre os
adversários: "Eles querem a nossa hemorroida".
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No
caso das prisões, considerando o ritmo ano a ano, o maior decréscimo
aconteceu em 2019. Em relação a 2018, o número caiu 36%. Em 2020 houve
nova redução, de 7%. De 2013 a 2018, a soma das prisões temporárias,
preventivas e em flagrante nas operações comuns e especiais da PF
cresceu ano a ano, saindo de 1.997 casos e atingindo o pico de 5.064 ao
fim do governo Temer. No primeiro ano de Bolsonaro, o total caiu para
3.225 e, em 2020, para 2.991.
Investigadores e
procuradores da República dizem ainda que esse cenário é consequência
dos limites colocados à prisão de corruptos pelos tribunais, que
reservam cada vez mais esse tipo de medida para delinquentes violentos,
como latrocidas, ou para condenados em última instância. "Nós já
prevíamos que isso fosse acontecer", afirmou Edvandir Paiva, presidente
da Associação dos Delegados da PF. "O juiz hoje pensa duas vezes antes
de decretar uma prisão." Trata-se de um cenário bem diferente de quando
Moro deixou a Lava Jato - há um ano ele deixou o Ministério da Justiça.
Segundo
Paiva, a instabilidade provocada por trocas corriqueiras de comando tem
reflexo nas investigações. "Foram cinco trocas em três anos e meio
(duas na gestão Temer e três na de Bolsonaro), o que gera turbulência,
por isso defendemos a autonomia funcional da PF." Outro que afirma que
trocas de comando afetam o trabalho dos federais é o coronel José
Vicente da Silva, ex-secretário nacional de Segurança Pública. "As
mudanças de comando trazem impacto forte na PF. Com as trocas
sistemáticas, muito trabalho tem de ser recomeçado em superintendências,
e isso tende a produzir desorganização."
Para Bruno
Brandão, diretor executivo do braço brasileiro da Transparência
Internacional, organização que monitora o combate à corrupção, é
"extremamente preocupante" o recuo na capacidade de investigação da PF.
"É fundamental monitorar a qualidade das investigações e se delegados e
agentes estão tendo independência para atuar, já que a corporação tem
sido vítima de crescente ingerência política. Essa situação se insere em
um quadro mais amplo de retrocessos da luta contra a corrupção, que já
começa a se tornar mais um tema de preocupação da comunidade
internacional, com risco de sanções por descumprimento de compromissos
assumidos em convenções da OCDE e da ONU."
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Na
comparação de 2020 com 2018, o fenômeno da queda das prisões em
operações afetou os dez principais tipos de crimes investigados pela PF,
como corrupção (-42%), delitos financeiros (-80%), fazendários (-70%) e
contra o meio ambiente (-40%). Houve só três tipos de crimes cujas
prisões aumentaram após a saída de Moro, em abril de 2020: crimes
cibernéticos (17%), tráfico de drogas (50,5%) e crimes contra a ordem
política e social (88%). O crescimento das prisões desses três tipos de
delitos, no entanto, não foi suficiente para ultrapassar os índices de
2018.
Para José Vicente da Silva, a queda das prisões
por corrupção não pode ser creditada à diminuição dos crimes. Segundo
Paiva e procuradores que atuam na área, a covid-19 também ajudou a
derrubar os números, com o afastamento de policiais infectados, entre
outras dificuldades para o trabalho de campo. O aumento das prisões por
crimes cibernéticos em 2020, em comparação a 2019, seria outro efeito da
pandemia.
Mas o indicador de prisões não foi o único a cair na gestão Bolsonaro, segundo os dados obtidos pelo Estadão
com base na Lei de Acesso à Informação. Entre 2018 e 2020, também
diminuíram as apreensões de armas (-26,5%), os inquéritos abertos por
tráfico de drogas (-48%), além dos inquéritos instaurados para apurar
crimes como fraude em licitação (-13,9%) e peculato (-18%). No primeiro
ano de Bolsonaro, os inquéritos abertos por corrupção aumentaram 30%; em
2020, após a saída de Moro, houve uma queda de 20%.
As
exceções foram as apreensões de bens, que atingiram o segundo maior
nível desde 2013, e o recorde de apreensão de 104 toneladas de cocaína,
na gestão de Moro. As drogas apreendidas tiveram queda de 12% em 2020,
mas ainda assim o número ficou acima do último ano de Temer.
Há
outras exceções no governo Bolsonaro. Entre elas estão o aumento de
inquéritos por lavagem de dinheiro, as apreensões de bens (mais
informações nesta página) e os inquéritos com base na Lei de Segurança
Nacional (aumento de 168% em 2020 ante 2018). Por fim, as principais
operações da PF diminuíram em seis dos dez principais delitos apurados. O
total caiu 18% quando comparado 2018 com 2020.
O Estadão
procurou o Ministério da Justiça, mas a pasta informou que a PF se
manifestaria sobre os números, o que não aconteceu até a conclusão desta
edição.
Lavagem
Desde que
tomou posse no Ministério da Justiça, Sérgio Moro concentrou ações do
órgão no combate à lavagem de dinheiro e nas apreensões de grandes
quantidades de drogas como forma de descapitalizar as organizações
criminosas do País. Embora a estratégia não explique a razão da queda de
outros indicadores da Polícia Federal, ela seria, segundo
especialistas, o motivo para a existência de três exceções nos dados
estatísticos da PF: os aumentos de apreensões de drogas, de valores
apreendidos e de inquéritos por lavagem de dinheiro e organização
criminosa.
"A PF abandonou há muito o esquema de
prender o caminhoneiro e a droga", afirmou Edvandir Paiva, da Associação
de Delegados da PF. Os dados mostram que o total de bens apreendidos em
2020, em comparação com 2018, cresceu 98%, atingindo a marca de R$ 9,7
bilhões - só inferior ao total de 2016, auge da Lava Jato, com R$ 13,2
bilhões (valores atualizados).
O total de inquéritos
abertos por lavagem de dinheiro cresceu 21%, enquanto os de organização
criminosa tiveram aumento de 8%. Já as apreensões de cocaína aumentaram
15%, e as de maconha, 103%.
Para
a subprocuradora-geral da República Luiza Cristina Fonseca Frischeisen,
houve "uma concentração de atuação nos desvios de verbas da saúde,
auxílio emergencial e outros ligados a áreas da pandemia." Exemplo disso
foi o que ocorreu com o auxílio emergencial pago pelo governo, onde
foram identificados 3,9 milhões de pedidos irregulares, que provocaram
um prejuízo de R$ 2,3 bilhões aos cofres públicos. As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.
O leilão da Ferrogrão, que ligará Mato Grosso a portos do Pará, é o sonho do governo para este ano. Mas pode esbarrar em um projeto inadequado, em custo excessivo ao Tesouro, e em entraves ambientais.
O governo quer leiloar ainda este ano a Ferrogrão, via ferroviária de 933 km de extensão que permitirá escoar a produção agrícola do Mato Grosso até portos do Pará. Prevê investimentos de R$ 21,5 bilhões, dos quais R$ 8,4 bilhões para implantação da ferrovia.
Mas o projeto vem sofrendo entraves legais pelos impactos ambientais:
O Ministério Público Federal obteve liminar do STF (Supremo
Tribunal Federal), por a obra atravessar parte da Floresta Nacional
(Flona) do Jamanxin (PA)
O traçado atual ignora as cheias da região, que podem cobrir a
ferrovia por até cinco messes do ano, segundo o especialista em
infraestrutura Cláudio Frischtak
A execução deve demandar 10,9 milhões de metros cúbicos de aterro
na fase de terraplanagem, transportados em um milhão de viagens, e corte de 100 mil árvores
Desembolso. Entre os
problemas que Frischtak vê no projeto, está a contrapartida de o
Tesouro assumir parte dos riscos, como custos adicionais com
reassentamentos e desapropriações, ou diferença do valor das
condicionantes ambientais se superar o contratado. E estima que o custo
extra possa ir a até R$ 20,7 bilhões.
O que diz o Ministério de Infraestrutura. Que vai destinar R$ 2,2 bilhões
para cobrir os gastos imprevistos do que define como o empreendimento
ferroviário de maior efeito transformador da logística nacional.
Não é bem assim. Em nota técnica de 10 de março, porém,
a pasta admite que poderá dispor de recursos "de outras prorrogações e
de novas concessões, para contribuir com a efetivação do
empreendimento".
Dalai Lama e 100 vencedores do Nobel pedem fim do petróleo, carvão e gás
Greve pelo clima em Nova York. (Foto: Ana Carolina Amaral/Folhapress)
Ana Carolina Amaral
Em carta aberta aos líderes globais que se reúnem na quinta (22) na Cúpula do Clima, organizada de forma online pelos Estados Unidos, 101 ganhadores de prêmios Nobel pedem que os compromissos anunciados pelos países
incluam ações para o fim da expansão dos combustíveis fósseis, como
petróleo, carvão e gás, que são a principal fonte de gases causadores do
aquecimento global.
Entre os signatários da carta estão Dalai Lama, ganhador do Nobel da
Paz em 1989, Muhammad Yunus, fundador do Grameen Bank e ganhador do
Nobel da Paz em 2006, Rigoberta Menchú Tum, ativista pelos direitos
humanos na Guatemala e ganhadora do Nobel da Paz em 1992, e Adolfo Pérez
Esquivel, ativista argentino pelos direitos humanos e ganhador do Nobel
da Paz em 1980.
“A indústria de combustíveis fósseis segue planejando novos projetos,
que os bancos continuam a financiar. De acordo com o último relatório
do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, até 2030 serão
produzidos 120% a mais de carvão, petróleo e gás do que é compatível com
a limitação do aquecimento global a 1,5°C”, diz a carta, que pede o fim
da expansão dos combustíveis fósseis, a eliminação da produção
existente e um plano de transição global para energias renováveis.
As assinaturas dos prêmios Nobel foram articuladas pela iniciativa
Tratado de Não-Proliferação de Combustíveis Fósseis, com o apoio de
350.org e outras ONGs.
Leia abaixo a íntegra da carta.
Declaração dos ganhadores do Prêmio Nobel aos líderes mundiais participantes da Cúpula do Clima
Deixem os combustíveis fósseis debaixo da terra
Como ganhadores do Prêmio Nobel da Paz, Literatura, Medicina,
Física e Economia, e assim como tantas pessoas no mundo inteiro, nos
sentimos tomados pela grande questão moral do nosso tempo: a crise
climática e a consequente destruição da natureza.
As mudanças climáticas ameaçam centenas de milhões de vidas,
assim como os meios de subsistência em todos os continentes, e põem em
perigo milhares de espécies. A queima de combustíveis fósseis – carvão,
petróleo e gás – é, de longe, a principal causa para a mudança
climática.
Neste 21 de abril, véspera do Dia da Terra e da Cúpula do Clima,
organizada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nos dirigimos
aos líderes mundiais para instá-los a agir imediatamente para frear a
expansão do petróleo, gás e carvão e, assim, evitar uma catástrofe
climática.
Acolhemos o reconhecimento do Presidente Biden e do governo dos
EUA, em sua Ordem Executiva, de que “juntos, devemos ouvir a ciência e
estar à altura do atual momento”. De fato, estar à altura deste momento
significa exigir respostas à crise climática que definirão nossos
legados – e os requisitos para estar do lado certo da História são
claros.
Por muito tempo, os governos ficaram escandalosamente aquém do
que a ciência exige e do que um movimento popular poderoso e crescente
já sabe: precisamos urgentemente de ações para pôr fim à expansão da
produção de combustíveis fósseis, eliminar gradualmente a produção já
instalada e investir em energias renováveis.
A queima de combustíveis fósseis é responsável por quase 80% das
emissões de dióxido de carbono desde a Revolução Industrial. Além de
esses combustíveis serem as principais fontes de emissões, seu processo
de extração, refino, transporte e queima provoca poluição e eleva os
custos ambientais e de saúde, que são, muitas vezes, pagos pelos povos
indígenas e pelas comunidades marginalizadas. Práticas industriais
chocantes também levaram a violações dos direitos humanos e a um sistema
atrelado aos combustíveis fósseis que deixou bilhões de pessoas em todo
o mundo sem energia suficiente para viver dignamente.
Tanto pelas pessoas quanto pelo planeta, é necessário apoiar
continuamente os esforços para enfrentar as mudanças climáticas, por
meio da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e
do Acordo de Paris. O descumprimento do limite de aumento de temperatura
definido no Acordo de Paris, de 1,5°C, traz o risco de que o mundo seja
empurrado rumo a um aquecimento global catastrófico.
Entretanto, o Acordo de Paris não menciona petróleo, gás ou
carvão. Enquanto isso, a indústria de combustíveis fósseis segue
planejando novos projetos, que os bancos continuam a financiar. De
acordo com o último relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente, até 2030 serão produzidos 120% a mais de carvão, petróleo e
gás do que é compatível com a limitação do aquecimento global a 1,5°C.
Os esforços para respeitar o Acordo de Paris e reduzir a demanda por
combustíveis fósseis serão prejudicados se a oferta continuar a crescer.
A solução é clara: os combustíveis fósseis têm que ficar debaixo da terra.
Os líderes globais, e não a indústria de combustíveis fósseis,
detêm o poder e a responsabilidade moral de tomar ações ousadas para
enfrentar esta crise. Apelamos a essas lideranças para que trabalhem
juntas, em espírito de cooperação, com o objetivo de:
● Acabar com a expansão da produção de petróleo, gás e carvão, em
linha com os melhores dados científicos disponíveis, conforme definido
pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e pelo
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA);
● Eliminar a produção existente de petróleo, gás e carvão de uma
maneira justa e equitativa, considerando as responsabilidades dos países
pelas mudanças climáticas, sua respectiva dependência de combustíveis
fósseis e sua capacidade de transição;
● Investir em um plano de transição que garanta 100% de acesso à
energia renovável globalmente, apoie as economias dependentes para que
diversifiquem sua produção e se afastem dos combustíveis fósseis e
possibilite às pessoas e comunidades de todo o mundo prosperarem por
meio de uma transição global justa.
Os combustíveis fósseis são a principal causa das mudanças
climáticas. Permitir a expansão contínua desse setor é inaceitável. O
sistema de combustíveis fósseis é global e requer uma solução global –
uma solução em que a Cúpula dos Líderes do Clima deve trabalhar. E o
primeiro passo consiste em manter os combustíveis fósseis debaixo da
terra.
Ana Carolina Amaral é jornalista formada
pela Unesp e mestra em ciências holísticas pelo Schumacher College