O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
Edição de 2016 do ranking QS das melhores universidades do mundo avaliou mais áreas, mas traz poucas surpresas. Confira as listas!
A consultoria de educação QS Quacquarelli Symonds acabou de divulgar o World University Rankings by Subject 2016, um estudo que avalia a qualidade dos cursos oferecidos por universidades de todo o mundo. Para esta edição, a consultoria avaliou 42 disciplinas – sendo a edição mais abrangente desde que o levantamento começou a ser feito, em 2001.
Baseado em reputação acadêmica, empregabilidade e impacto no campo da pesquisa, a lista vai de Economia a História, passando por Direito e Engenharias. Áreas como antropologia, artes cênicas, enfermagem e política social foram adicionadas este ano. Mesmo com novas adições, porém, os primeiros lugares da lista trazem poucas surpresas.
Universidades americanas e britânicas lideram o ranking na maior parte dos cursos.HarvardeMIT, ambas em Boston, são as primeiras colocadas em doze áreas cada uma. JáCambridge, no Reino Unido, é a que mais aparece entre as 10 melhores do mundo: são 36 vezes. As americanas BerkeleyeStanfordaparecem em seguida, com 35 e 33 menções.
Fora dos Estados Unidos, universidades como a Wageningen University, nos Países Baixos, é a melhor colocada para cursos de agricultura e engenharia florestal; e aUniversidade de Hong Kongé a melhor para Odontologia.
Já a USP, que no índice de 2015 tinha 8 de seus cursos entre os 50 melhores, este ano caiu para 6. Unicamp e e Unesp (Estadual de Campinas e Paulista, respectivamente) são duas outras universidades brasileiras que também aparecem bem posicionadas neste grupo. No total, o Brasil tem universidades listadas em 33 áreas entre as 100 melhores do mundo.
1 – UCL (University College London) (Reimo Unido) 2 – Harvard University (EUA) 3 – Stanford University (EUA) 4 – University of Cambridge (Reino Unido) 5 – University of Oxford (Reino Unido) 33 – Pontificia Universidad Católica de Chile (Chile) 51-100 – USP (Brasil)
Estudos de Negócios e Gestão
1 – Harvard University (EUA) 2 – London Business School (Reino Unido) 3 – INSEAD (França) 4 – Stanford University (EUA) 5 – University of Pennsylvania (EUA) 51-100 – Pontificia Universidad Católica de Chile (Chila) 101-150 – Fundação Getulio Vargas (FGV) (Brasil) 101-150 – USP (Brasil)
Engenharia Elétrica e Eletrônica
1 – Massachusetts Institute of Technology (MIT) (EUA) 2 – Stanford University (EUA) 3 – University of California, Berkeley (EUA) 4 – University of Cambridge (Reimo Unido) 5 – University of California, Los Angeles (UCLA) (EUA) 51-100 – Unicamp (Brasil) 101-150 – USP (Brasil)
Indústria brasileira representa hoje pouco mais de 10% do PIB, diz pesquisa
Foto: David Alves/ Palácio Piratini
O conjunto de fatores que colaboraram para essa tendência foi observado
em toda a América Latina, mas o Brasil, por seu tamanho e relevância, é
o mais significativo caso de desmantelamento precoce da indústria,
aponta relatório da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e
Desenvolvimento, Unctad, divulgado nesta quarta-feira.
O documento anual, que avalia o cenário econômico mundial, abordou
amplas tendências econômicas e no caso do Brasil destacou o quadro de
retrocesso. De acordo com a Unctad, no começo da década de 1970 a
participação das manufaturas na geração de emprego e valor agregado no
Brasil correspondiam a 27,4%, em valores da época, enquanto que em 2014
essa participação caiu para 10,9%.
"Todo o sistema que tinha por objetivo industrializar o país entrou em
colapso", disse à BBC Brasil Alfredo Calcagno, chefe do departamento de
Macroeconomia e Políticas de Desenvolvimento da Unctad.
Retomada do crescimento global passará por consumo da classe média nos países ricos, afirma a Unctad
Foto: Paulo Pinto/ Fotos Públicas
Na avaliação da Unctad e dos entrevistados pela reportagem, o processo
teve início com os choques econômicos vividos pelo mercado nacional nos
anos 80, se intensificou com a abertura comercial no começo dos anos 90,
seguido pelo abandono das políticas desenvolvimentistas, e pelo emprego
da taxa de câmbio como ferramenta no combate à inflação. Depois, a
desindustrialização foi favorecida por reformas liberalizantes do Fundo
Monetário Internacional e do Banco Mundial e, mais recentemente, pela
pauta exportadora focada em commodities e por um real considerado
valorizado.
"O caminho para a industrialização do Brasil foi claramente
interrompido", afirmou à BBC Brasil Paulo Francini, diretor da Fiesp
(Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Precoce
Abertura a importações nos anos 1990 contribuiu para abalar a indústria
Foto: Arnaldo Alves/ ANPR
A desindustrialização é considerada precoce pela Unctad quando uma
economia não chega a atingir toda sua potencialidade produtiva
manufatureira e, em vez de evoluir em direção à indústria de serviços
com alto valor agregado - setor terciário -, regride para a agricultura
ou cai na informalidade.
O Brasil, no caso, sempre teve expressiva produção agrícola (setor
primário), cuja riqueza à partir dos anos 1930 foi canalizada para
incentivar o desenvolvimento de uma indústria nacional (setor
secundário) por meio de planos estatais.
Países ricos também passam pelo fenômeno de desindustrialização, mas de
forma diferente. Com o acúmulo de riqueza, esses países investiram na
capacidade produtiva intelectual da população por meio de educação e
pesquisa, o que gerou empregos mais sofisticados no setor de serviços. É
um movimento de transformação e geração da mais riqueza, e não
necessariamente a perda dela.
Processo desindustrialização começou com choques econômicos vividos nos anos 80
Foto: Arnaldo Alves/ ANPR
A produção de um iPhone é um bom exemplo. O celular em si é fabricado
na China, mas seu design foi desenvolvido na Califórnia, nos Estados
Unidos. O trabalho de um engenheiro de design californiano - setor
terciário - é muito mais bem pago e complexo do que o de um montador de
componentes na linha de produção da China - setor secundário. O trabalho
executado nos EUA é mais produtivo, pois agrega maior valor - riqueza -
à economia.
Para muitos economistas, o amadurecimento econômico de um país, do
setor primário até o terciário, passa necessariamente pela etapa do
desenvolvimento industrial, que permitiria o acúmulo de capital e
conhecimento produtivo necessários para sustentar a transição rumo a
empregos com maior sofisticação intelectual e mais produtivos.
Desmantelamento
Inicialmente impulsionada pela substituição de importações e
sequencialmente estimulada por políticas desenvolvimentistas, a
indústria brasileira experimentou seu auge no começo dos anos 1980,
quando chegou a responder por mais de 30% da geração de valor agregado e
emprego no país, segundo números da ONU. A década, porém, além de
testemunhar o auge, também registrou o começo da queda.
"Os anos 80 foram marcados por crises de choque na América Latina. No
Brasil se desmontaram as instituições e mecanismos que eram capazes de
manter um sistema industrial competitivo", explica Pedro Rossi,
professor de economia da Unicamp, escola tradicionalmente ligada ao
desenvolvimentismo. A dívida externa, a desorganização fiscal e a
hiperinflação consumiram a capacidade do governo de promover políticas
ativas, levando à negligência da indústria.
Com a abertura do mercado às importações durante o governo Collor, no
início dos anos 1990, produtos estrangeiros conquistaram a preferência
do consumidor, em detrimento de similares nacionais. Posteriormente, a
adoção de um câmbio forte como forma de combate à inflação contribuiu
para a perda de competitividade nas exportações, outro abalo à
indústria.
"Na década de 90 a política econômica se preocupou unicamente com o
combate à inflação e os instrumentos para esse combate foram
extremamente prejudiciais à indústria", avalia Rossi.
Condições
De acordo com a Unctad, medidas liberais exigidas pelo Banco Mundial e
pelo Fundo Monetário Internacional como precondição para empréstimos
também tiveram impacto sobre a indústria brasileira e latino-americana,
no fim da década de 90.
"As exigências dessas instituições incluíam a abertura de mercados,
privatização, desregulamentação, (…) livre movimento de capitais. Tudo
isso mudou a estrutura e orientação da economia de uma forma que foi
completamente oposta ao que se tinha até então no Brasil", conta
Calcagno. "Uma indústria que estava crescendo rapidamente promovida pelo
BNDES e apoiada por um mercado doméstico em crescimento - todo esse
sistema que objetivava industrializar o país entrou em colapso."
Governo petista recuperou parte das políticas industriais, mas esbarrou em impecilhos, diz professor
Foto: Ricardo Stuckert/Institulo Lula
A entrada de capital no Brasil, propiciada pelo superciclo de
exportação de commodities na primeira década deste século, acabou
valorizando a moeda e gerando pressões inflacionárias, que foram, mais
uma vez, contidas com juros altos. Apesar de possuir os recursos em
termos de capital excedente, a tentativa de retomada de políticas de
diversificação durante o governo Lula esbarrou, segundo analistas, na
taxa de câmbio, na ineficiência, em problemas de gestão e denúncias de
corrupção.
"Mesmo com as iniciativas pontuais de estímulo, nós não construímos um
arcabouço coerente pra sustentar a indústria brasileira, que permaneceu
em queda, em especial após a crise de 2008", avalia Rossi, da Unicamp.
Retomada
Num cenário pós-crise de 2008, a retomada do crescimento econômico
global passará pelo resgate do consumo da classe média nos países ricos,
opina a Unctad. Aos países em desenvolvimento é feita a recomendação de
que trabalhem em suas economias domesticamente, frente a um cenário
internacional pouco otimista.
Apesar de apoiar Temer, Fiesp não está 100% convencida de suas intenções desenvolvimentistas
Foto: Beto Barata/PR
Ao Brasil, num momento em que ainda profundamente imerso nos seus
próprios problemas, a organização recomenda apoio estatal ao estímulo
industrial e uso do capital estrangeiro - seja ele em investimento
direto ou especulativo.
"A experiência de sucesso de países industrializados demonstra que a
transformação estrutural exige atenção a diferentes fontes de
crescimento, incluindo estimular investimento privado e público,
apoiando o desenvolvimento tecnológico, fortalecendo a demanda doméstica
e aumentando a capacidade dos produtores domésticos de cumprir
exigências internacionais".
A Fiesp, apesar de apoiar Temer, diz ainda não ter clareza sobre as
políticas de estímulo ao setor do novo governo, nas palavras de
Francini. "Vai depender de convencimento. Os formuladores de políticas
precisam ter o entendimento de o que representa a indústria num país com
as dimensões do Brasil", opina.
Brasil ratifica acordo que prevê a restauração de 12 milhões de hectares até 2030 12/09/2016
O governo brasileiro ratificou nesta segunda-feira (12), em Brasília, a contribuição do país para o Acordo de Paris, apresentada em setembro do ano passado pela então presidente Dilma Rousseff. Entre as principais medidas brasileiras para atingir a meta de reduzir em 43% suas emissões de gases de efeito estufa até 2030 está a restauração e reflorestamento de 12 milhões de hectares, o que equivale a metade da área total do estado de São Paulo.
Para Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, o Acordo de Paris trouxe como avanço o fato de os próprios países apresentarem suas contribuições, o que aumenta as chances de que sejam cumpridas. “A meta de 12 milhões de hectares é pouco ousada, se levarmos em conta a degradação ambiental já ocorrida no país, mas é realista e pode trazer uma contribuição efetiva se somada à mudança na matriz energética e ao combate ao desmatamento”, afirma Mantovani, que coloca entre os principais desafios a questão dos custos. “É uma discussão que a sociedade vai ter que fazer”.
O secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, que discursou representando a sociedade civil, destacou que o Brasil torna-se uma das primeiras grandes economias a ratificar o Acordo do Clima de Paris, porém, o país ainda precisa rever diversas posturas nocivas ao equilíbrio climático. “Ainda planejamos novas termelétricas a carvão, enquanto outros países fecham as suas; ainda apostamos alto no petróleo, enquanto o mundo já se deu conta que a maior parte das reservas de combustíveis fósseis ficará no subsolo do planeta; falamos em flexibilizar o licenciamento ambiental, enquanto outros países ampliam a regulação de atividades poluentes; queremos reduzir a proteção dos nossos parques e reservas, enquanto que as unidades de conservação são conhecidamente nosso porto seguro contra um clima cada vez mais hostil. Há muito o que avançar”, declarou.
Com apenas 12,5% da vegetação original, a Mata Atlântica é o bioma que deve ser mais beneficiado por esta meta de restauração. Desde 2000, os projetos da SOS Mata Atlântica de restauração florestal já foram responsáveis pelo plantio de mais de 36 milhões mudas, o que ocuparia uma área de 21.228 hectares, tamanho equivalente à cidade de Recife.
Nesses estudos, tem sido consenso entre os pesquisadores que comer carne todos os dias é demais, que nosso corpo não precisa de tanta proteína e que, de forma mais incisiva, esse excesso de consumo de carne pode na verdade fazer mal à saúde.
Mas quais males pode causar comer carne todos os dias?
Esta foi a pergunta que se propôs responder uma equipe liderada pela Dra Alicja Wolk, do Instituto de Medicina Ambiental da Suécia.
Para encontrar as respostas, a equipe efetuou a chamada revisão sistemática, uma técnica de pesquisa que reúne todos os estudos científicos já publicados sobre o assunto e os coloca sob um mesmo crivo metodológico, descartando aqueles que não são significativos ou apresentam algum outro tipo de deficiência que impeça a comparação dos seus dados.
Problemas de saúde causados pelo excesso de carne
Veja alguns dos principais resultados da consolidação dos estudos científicos feitos até agora sobre o consumo de carne.
O consumo médio de 100 gramas de carne vermelha não processada (não industrializada) por dia mostrou-se associado com as seguintes elevações de risco à saúde:
19% para câncer da próstata avançado
17% para câncer colorretal
15% para mortalidade cardiovascular
11% para AVC e câncer de mama
O consumo médio de 50 gramas de carne vermelha processada (industrializada) por dia mostrou-se associado com as seguintes elevações de risco à saúde:
32% para diabetes
24% para mortalidade cardiovascular
19% para câncer de pâncreas
18% para câncer colorretal
13% para acidente vascular cerebral
9% para câncer de mama
8% para a mortalidade por câncer
4% para o câncer de próstata de qualquer tipo
Desta forma, não é à toa que alguns países já inseriram em seus programas de saúde pública novas orientações dietéticas que recomendam limitar o consumo de carne vermelha, seja natural, seja industrializada.
Os resultados desta meta-análise foram publicados pela revista médicaJournal of Internal Medicine (10.1111/joim.12543).
Setores defendem reforma estrutural na Previdência
Zylberstajn apoia menor rotatividade e formação de poupança
JEFFERSON DE ALMEIDA/CARLA CAMP/DIVULGAÇÃO/JC
Guilherme Daroit, de Florianópolis
O debate sobre a reforma da Previdência voltou com força à agenda brasileira nos últimos tempos; e, na garupa da promessa de proposta por parte do executivo federal, outros personagens ligados ao setor aproveitam o momento para sugerir alterações que julgam necessárias. Não há, evidentemente, consenso sobre como deveria ser a Previdência do futuro. Alguns pontos, entretanto, parecem encontrar maior eco, como a manutenção da repartição simples e novos tipos de capitalização complementar. Busca-se, acima de tudo, uma reforma estrutural no sistema.
Os rumos para a Previdência brasileira têm dominado os temas no Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, que se encerra hoje em Florianópolis (SC). Apesar disso, pouco se fala em questões como a idade mínima, talvez o ponto mais polêmico da proposta que o governo deve enviar ao Congresso até o fim do mês. Há o sentimento entre os dirigentes e acadêmicos de que as revisões de parâmetros como esse são importantes para um certo equilíbrio financeiro do sistema, mas, sozinhas, não resolvem os problemas do regime.
Um dos modelos defendidos durante o evento, criado por professores da Universidade de São Paulo (USP), dividiria em quatro as categorias do sistema previdenciário, sem diferenciações entre servidores públicos e privados. Inicialmente, instituiria um benefício básico universal para todos os idosos, independentemente de contribuições. "Seria um recurso em torno de R$ 400,00 nos valores de hoje que só depende de uma idade mínima, pois é preciso reconhecer que boa parte da população não tem como fazer poupança", argumenta o economista e professor da USP Hélio Zylberstajn. O acadêmico defende que não haveria grande mudança, já que há benefícios, como a aposentadoria rural e os microempreendedores individuais, que vão por essa linha.
Acima desse valor e até o equivalente a cerca de três salários-mínimos, continuaria o sistema atual do INSS, de repartição simples e exigência de contribuições. Zylberstajn estima que, com esses dois segmentos, 80% da população já estaria atendida. Para quem ganha mais, seriam criados outros dois pilares, um de capitalização compulsória, unindo os atuais FGTS e Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em contas vinculadas aos CPFs dos trabalhadores. E, a partir de certa renda, uma capitalização por escolha pessoal, como as previdências privadas atuais. "O objetivo é conter a rotatividade nos empregos e estimular a formação de poupança."
A proposta, ainda que mais radical, é semelhante à lançada nesta semana pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). Pelo modelo defendido pelos fundos de pensão, haveria, também, quatro pilares na Previdência. A contribuição obrigatória seria dividida em dois tipos: um de teto mais baixo, de repartição simples, como forma de dar garantias mínimas à população, e um segundo degrau que instituiria as contas vinculadas a cada trabalhador, com capitalização no mercado. Acima desses valores, continuam existindo as previdências privadas fechadas e abertas, facultativas, mas com maiores incentivos tributários para a criação de poupança de longo prazo.
"Construímos essa proposta com mais entidades, e procuramos mais apoios", conta o presidente da Abrapp, José Ribeiro Pena Neto, que vê, nesse modelo, a maior possibilidade de efetivação da previdência privada como geradora de poupança para o País. "A reforma não pode ser só um aperto de botões, mas sim algo estrutural", afirma.
Fracasso da privatização chilena reafirmaria papel social do sistema
Felix lembra que Chile é o segundo país mais desigual da OCDE JEFFERSON DE ALMEIDA/CARLA CAMP/DIVULGAÇÃO/JC
Há algum tempo vista como modelo a ser seguido, a inédita privatização da previdência feita pelo Chile nos anos 1980 parece ter caído em descrédito junto aos especialistas no assunto. Na época, a ditadura chilena acabou com o regime público, repassando totalmente a empresas privadas a gestão das contribuições dos trabalhadores. "O aposentado chileno hoje recebe 35% do que contribuiu, quando a promessa era de 75%. O lucro ficou com o privado, e o Estado está voltando a ter que completar o descompasso", defende o professor visitante da USP e especialista em longevidade Jorge Felix. Desde 2008, o país faz pequenas reformas que garantiram benefícios mínimos aos idosos, mesmo sem contribuição.
O Chile é hoje o segundo país mais desigual dentre os que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), fato que Felix atribui à mudança no sistema. O exemplo foi levantado para reforçar o papel social do sistema de repartição simples, mesmo que os regimes capitalizados tenham importância complementar. "A repartição é uma espécie de seguro coletivo da sociedade", defende Felix. O acadêmico ressalta ainda o risco de uma mudança radical nesse sentido, lembrando a dependência econômica de 70% dos municípios brasileiros, que recebem hoje um valor maior de transferências previdenciárias do que por parte do Fundo de Participação dos Municípios.
A visão é compartilhada também dentro do governo federal. O atual secretário da Previdência, Marcelo Caetano, defendeu, durante o evento, a Previdência como um programa social que precisa ser mantido, embora dependa de reformas. "A previdência privada é complementar, não pode substituir a social", chegou a afirmar em sua exposição. Caetano ainda lembrou que, mesmo em países mais ricos e liberais, a previdência é compulsória. "Já está provado que as pessoas, se tiverem opção, não fazem poupança previdenciária", argumenta.
Pesquisa TIC Domicílios revela que preço cobrado pelo serviço é a maior barreira
Por Agência Brasil
O preço é a maior barreira no acesso à internet, segundo a 11ª edição da pesquisa TIC Domicílios. O valor do serviço foi apontado como impedimento pelos moradores de 60% dos 32,8 milhões de domicílios que não estão conectados a rede. Entre as residências em que não há uso da internet, 30 milhões pertencem às classes C,D e E. O estudo foi realizado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Foram feitas entrevistas pessoais com abordagem em 23.465 residências em todo o país, entre novembro de 2015 e junho de 2016.
Entre o último estudo, feito em 2014, e amostra atual, houve variação de apenas 1 ponto percentual no número de domicílios com acesso à rede. Eram 50% e agora são 51%, totalizando 34,1 milhões de casas. A barreira do custo é uma das razões, segundo o gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, para a qual não houve avanço significativo no uso de 2014 para 2015 (base atual). O que pode significar, de acordo com ele, que a expansão no modelo atual possa ter chegado ao limite.
“Nas classes A e B nós podemos dizer que temos os mesmos índices de países europeus”, acrescenta Barbosa. Nos domicílios da classe A, o índice de acesso é de 97% e nos da classe B, 82%, enquanto nos de classe C o índice fica em 49% e nos de classes D e E, 16%. Outro problema, segundo o gerente do Cetic, é a indisponibilidade do serviço em algumas regiões. “Em algumas áreas, como no Norte e áreas rurais, a segunda barreira é a disponibilidade do acesso. A menos que você use uma conexão via satélite, em muitas áreas do território nacional você não tem nenhuma operadora chegando”, destaca. Para contornar esses problemas, Barbosa defende uma regulação mais forte do mercado, como forma de reduzir os preços, e uma revisão dos tributos que incidem sobre o serviço. “No Brasil nós carregamos, no que a gente paga no acesso, uma proporção muito significativa de impostos”, ressalta.
Celulares Barbosa lembrou ainda a importância de as políticas públicas levarem em consideração o uso do telefone móvel como porta de entrada para a rede. O estudo mostra também que o telefone celular é o dispositivo utilizado para o acesso individual da internet pela maioria dos usuários: 89%, seguido pelo computador de mesa (40%), computador portátil ou notebook (39%), tablet (19%), televisão (13%) e videogame (8%). De acordo com o levantamento, 56% da população brasileira usaram a internet no telefone celular nos três meses antes da pesquisa. A proporção era de 47%, em 2014, e de 31% em 2013. O tipo de conexão mais utilizada nos celulares passou a ser o wi-fi, com 87% dos usuários, seguido pelo 3G ou 4G (72%). Em 2014, o wi-fi correspondia a 74%, e o 3G ou 4G, a 82%.
Vegetarianismo tem uma longa e rica história. Pitágoras era famoso vegetariano. Desistir de carne — um dos princípios fundamentais, que prega vegetarianismo.
Prós e contras. vantagens e desvantagens inerentes temas são sempre em uma conversa sobre este estilo de vida.
Como regra geral, o vegetarianismo se torna uma conseqüência de sucessivos yoga, e hoje desfruta de grande popularidade.
A sua rejeição ao uso de carne, os vegetarianos podem motivar de forma diferente: alguns não querem causar danos a um animal, outros alimentos de origem animal são prejudiciais à saúde, por isso contém gordura animal e colesterol.
Vegetarianismo: Prós e contras estilo de vida sem carne
Alimentos vegetais não contêm colesterol, reduzir os seus níveis no sangue.
Uma dieta rica em fibra, dá uma sensação de saciedade, remove substâncias nocivas do intestino, previne o desenvolvimento da aterosclerose e na ocorrência de doenças cancerosas.
Legumes e frutas contêm essencial para o funcionamento normal das vitaminas C e E, ácido fólico, beta-caroteno. Também em frutas e verduras, potássio e magnésio estão presentes.
Vegetarianismo promove taxa normal de ácidos graxos saturados e insaturados e previne o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes e gota.
2. CONTRA
Apesar de suas vantagens, vegetariano, no entanto, acarreta alguns riscos.
A falta de vitamina D, é importante para a estimulação da absorção do cálcio, de magnésio e fosfatos.
A falta de vitamina B12, que desempenha um papel importante no sistema nervoso e a falta de que conduz a interrupção da síntese de ácido nucleico e metabolismo de ácidos gordos em erythrokaryocytes.
Casamento de alguns aminoácidos.
A eliminação de produtos lácteos da dieta conduz a uma deficiência de vitamina B2.
A falta de vitamina C, um reconhecido processos metabólicos no corpo estimulantes, activador de certas reacções do sistema imunitário.
Vegetarianismo: Prós e contras de um ponto de vista médico
A maioria dos médicos são cautelosos do vegetarianismo e reconhecer apenas dieta sem restrições severas. Por exemplo, o chamado laktovegetariantsy permitir a adoção de comer produtos lácteos e ovos.
Em vegans têm graves problemas de saúde, para que eles experimentam uma falta catastrófica de vitaminas e aminoácidos, que são encontrados apenas em carnes, ovos, leite, levando à fragilidade óssea, perda de peso, osteoporose e anemia.
Frutas que ajudam a emagrecer são componentes essenciais de qualquer dieta, principalmente por serem alimentos naturais e ricos em elementos que auxiliam na perda de peso. A nutricionistaKátia Melo lembra a importância dos componentes que existem nelas, fundamentais para diminuir os números na balança.
“A deficiência de antioxidantes e compostos fotoquímicos pode estar ligada à dificuldade em perder peso. Por isso, o consumo das frutas é importante”, sinaliza a especialista. Mas quais são os principais alimentos dessa categoria que podem auxiliar no processo de emagrecimento? Como devem ser consumidos? É o que você confere a seguir.
As frutas são poderosas aliadas da dieta. Foto: iStock, Getty Images
Dicas de frutas que ajudam a emagrecer
De acordo com Kátia, limão, kiwi, melão, maçã e frutas vermelhas estão entre as principais aliadas do emagrecimento. “Podem ser consumidas in natura, com fibras adicionadas por meio de granola ou aveia, com acréscimo de sementes como chia e linhaça, ou até no suco verde”, indica a especialista.
Veja quais são os principais benefícios das frutas mencionadas:
Limão
Diurético e rico em vitamina C, o limão conta com uma série de benefícios. Especialmente na casca e na parte branca que reveste os gomos da fruta, há um ingrediente chamado pectina. É uma fibra solúvel que, ao chegar no estômago, adquire consistência gelatinosa, ajudando a eliminar gordura.
Além disso, promove sensação de saciedade, facilita a digestão e regula os níveis de açúcar no sangue. Também alivia o inchaço e a celulite.
Maçã
Também rica em pectina, uma maçã média fornece até cinco gramas dessa fibra, que ajuda aeliminar a gordura no organismo. Um estudo feito com voluntários no Japão, na Universidade Nippon Sport Science, demonstrou que o consumo diário da fruta, por três semanas consecutivas, reduziu em 20% a taxa de gordura corporal dos participantes.
A fruta também contém bastante potássio, que ajuda a diminuir a retenção de líquidos. Dessa forma, faz você desinchar e ter menos celulite.
Kiwi
Outra fruta repleta de fibras solúveis, o kiwi facilita a digestão e promove a sensação de saciedade, fazendo você sentir menos fome. Além disso, por conter vitaminas do complexo A e E, fortalece o sistema imunológico e age como anti-inflamatório natural.
Melão
A grande quantidade de água presente em sua composição representa o principal benefício do melão. A fruta hidrata o corpo, ajuda a desintoxicar o organismo e apresenta efeito diurético. Além de ajudar a desinchar, tem muito poucas calorias.
Cuidados no consumo de frutas
Para usufruir plenamente dos benefícios das frutas que ajudam a emagrecer, é necessário ter alguns cuidados. Só porque são alimentos saudáveis, isso não significa que o consumo pode ocorrer sem regras.
“As frutas, quanto mais doces, mais açúcar natural – ou frutose – concentram. Por isso, quando se está em processo de emagrecimento, o ideal é dar preferência às frutas mais azedas e controlar a quantidade ingerida. Recomendo, no máximo, três porções ao dia e sempre evitar o consumo de suco de frutas”, diz a nutricionista.
Conforme ela ressalta, a frutose é metabolizada exclusivamente no fígado. “Atualmente, o número de pessoas com alteração das funções do fígado é assustador. Isso pode ter relação com a alta ingestão de frutas”, conclui. Por isso, é válido lembrar que na alimentação saudável a base de tudo é o equilíbrio: nem de mais, nem de menos.
Na atualidade, os avanços da medicina e da ciência vem acontecendo a passos largos e muitas vezes fica difícil de acompanharmos e entendermos em detalhes cada acontecimento. Uma das áreas de grande destaque, e que em breve vai virar rotina para muitas pessoas, é a terapia celular.Quem hoje em dia não sonha em ter uma vida saudável e viver por muitos anos? Pois bem, inevitavelmente nosso corpo está envelhecendo e são as células-tronco encontradas em alguns de nossos tecidos que são capazes de reparar lesões e até curar doenças.
Saiba tudo sobre a importância das células-tronco. (Foto: Istock)
Mas afinal, o que são células-tronco?
Células-tronco são células muito especiais presentes no nosso corpo que tem a capacidade de regenerar e formar novos tecidos. São células indiferenciadas que, sob certos estímulos, podem dar origem a células cardíacas, ósseas, musculares, neuronais, etc. Toda vez que nosso corpo sofre uma lesão, são as células-tronco presentes no nosso organismo que vão reparar este dano. Por este motivo, as células-tronco são a grande promessa para a medicina regenerativa e poderão ser utilizadas no futuro para o tratamento de doenças que atualmente são incuráveis.
Quais são os tipos de células-tronco?
Hoje em dia é possível obter em laboratório células-tronco embrionárias, adultas e pluripotentes induzidas. As células-tronco embrionárias são aquelas capazes de originar todos os 216 tipos de células do nosso corpo. No entanto, existem muitos entraves éticos para utilizar as mesmas em pesquisas e tratamento de doenças, uma vez que são obtidas de embriões. Sendo assim, os cientistas conseguiram bolar uma estratégia para produzir células tão potentes como as embrionárias reprogramando células de um indivíduo adulto.
A partir de uma célula da nossa pele, chamada de fibroblasto, já é possível hoje fazer uma célula-tronco muito similar à célula-tronco embrionária e esta foi batizada de célula-tronco pluripotente induzida ou do inglês iPS (induced pluripotent stem cell). Por último, as células-tronco adultas são um tipo de fácil obtenção que podem ser coletadas de amostras que inevitavelmente seriam descartadas, como sangue e tecido do cordão umbilical, polpa de dente, gordura de lipoaspiração, sangue menstrual, dentre outras fontes.
As células-tronco adultas, diferentemente das iPS e células-tronco embrionárias, não possuem potencial de formar todos os tecidos do nosso corpo, mas o potencial terapêutico das mesmas ainda é enorme e vem sendo utilizado em diversos testes clínicos, visando tratamento de doenças por serem de fácil obtenção e terem propriedades terapêuticas desejáveis.
O que mais devo saber sobre as células-tronco adultas?
No indivíduo adulto são encontrados dois tipos principais de células-tronco. As células-tronco hematopoéticas, oriundas do sangue, como do cordão umbilical, da medula óssea e periférico. Estas células servem para tratar doenças hematológicas (do sangue), como leucemia, talassemias e anemais, por exemplo. O outro tipo de células-tronco é chamado de mesenquimais e são encontradas em diversos tecidos, como do cordão umbilical, polpa de dente, tecido adiposo, etc. As células-tronco mesenquimais são muito mais potentes que as células-tronco hematopoéticas, pois as mesmas podem originar osso, músculo, cartilagem, gordura, pele, vasos sanguíneos tecidos neurais e até cabelo. Além disso, as células-tronco mesenquimais secretam diversas substâncias com propriedades anti-inflamatórias, anti-fibróticas e anti-oxidantes e são capazes de regular a resposta imunológica e prevenir a morte das células.
Mas quando devo armazenar minhas células-tronco?
As células-tronco, se deixadas no nosso corpo, envelhecem, como qualquer outro tipo de célula do nosso organismo. Com isso, perdem a propriedade de multiplicarem em laboratório e de originar diferentes tecidos. Portanto, o ideal é armazenar células-tronco jovens, ou seja, o quanto antes. Sendo assim, o mais recomendado é coletar na hora do parto, a partir do cordão umbilical.
Para quem perdeu esta oportunidade ainda é possível fazer a partir da polpa de dente, seja durante a troca de dentição da criança ou da extração do dente siso. Outra alternativa interessante é aproveitar para coletar do tecido adiposo, seja durante qualquer cirurgia, parto cesárea ou, até mesmo, em um procedimento estético como uma lipoaspiração. Vale lembrar que as células armazenadas nas empresas especializadas ficam congeladas a -196 oC e, portanto, se preservam na idade em que foram congeladas, ao contrário do que acontece se deixadas no nosso corpo.