16/06/2023
Redação do Diário da Saúde
[Imagem: Yoshitaka Kondo/Waseda University]
Quanto de proteína para uma vida longa?
Como diz o ditado "Você é o que você come", o tipo de comida que consumimos influencia nossa saúde e nossa longevidade.
De fato, existe uma associação direta entre as necessidades nutricionais relacionadas à idade e à saúde metabólica: A nutrição ideal de acordo com a idade pode ajudar a manter a saúde metabólica, melhorando assim o tempo de saúde (período de vida sem doenças) e a expectativa de vida de um indivíduo.
Curiosamente, contudo, não existe ainda na literatura científica um padrão nutricional que mostre a quantidade de proteínas que devemos consumir nas diversas fases das nossas vidas para maximizarmos os benefícios à saúde.
"O equilíbrio ideal de macronutrientes para resultados ideais de saúde pode variar em diferentes fases da vida. Estudos anteriores em camundongos mostram a possibilidade de minimizar a mortalidade específica por idade ao longo da vida alterando a proporção entre proteínas e carboidratos na dieta durante a aproximação da velhice. No entanto, a quantidade de proteína que deve ser consumida para manter a saúde metabólica ao se aproximar da velhice ainda não está clara," explicou o Dr. Yoshitaka Kondo, da Universidade Waseda (Japão).
Para tentar suprir essa lacuna, a equipe fez um detalhado experimento com animais de laboratório em várias idades, aferindo os efeitos da variação na ingestão de proteínas sobre o bem-estar e a expectativa de vida.
Níveis de proteínas ajustados à idade
Os resultados mostraram que o consumo de uma dieta pobre em proteínas leva ao desenvolvimento de fígado gorduroso leve, com níveis aumentados de lipídios hepáticos em camundongos de meia-idade, em comparação com camundongos jovens.
Em contraste, uma dieta moderada em proteínas levou a concentrações reduzidas de glicose no sangue e nos níveis de lipídios no fígado e no plasma. Isso indica que uma dieta moderada em proteínas (25% e 35%) manteve camundongos jovens e de meia-idade metabolicamente mais saudáveis.
Em resumo, uma dieta equilibrada, com quantidades moderadas de proteína, pode ser a chave para uma vida longa e saudável.
"Os requisitos de proteína mudam ao longo da vida, sendo maiores em camundongos mais jovens, reduzindo-se na meia-idade e aumentando novamente em camundongos mais velhos, à medida que a eficiência proteica diminui. É provável que o mesmo padrão seja observado em humanos. Portanto, pode-se supor que o aumento da ingestão diária de proteínas nas refeições pode promover a saúde metabólica das pessoas. Além disso, o equilíbrio ideal de macronutrientes na dieta em cada estágio da vida também pode estender o tempo de saúde," concluiu Kondo.
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