O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
O termo “phishing” vem da combinação do termo em inglês “fishing”, que significa pescar, com o termo “phreak”, frequentemente usado para nomear os primeiros hackers de telefonia.
É um tipo de golpe que usa mecanismos tecnológicos, geralmente baseados em mensagens, para persuadir e enganar as pessoas, com um determinado objetivo, que varia de ataque para ataque.
Os ataques de phishing, hoje, aumentaram em complexidade e tamanho. Um outro grupo de ataque, chamado Spear Phishing, difere dos métodos tradicionais, por serem ataques mais específicos e direcionados, em forma de campanha.
O relatório Data Breach Investigations Report (DBIR) 2016 da Verizon mostra o número de usuários que abriram os e-mails de phishing, que por incrível que pareça é de 30% e, mais preocupante ainda, cerca de 12% abriram os anexos. Pensando nisso, listamos uma série de dicas, simples, porém importantes, para prestar atenção na hora de ler os seus e-mails.
COMO IDENTIFICAR UM E-MAIL DE PHISHING
1. Veja o endereço de email do remetente
Uma das táticas de phishing favoritas entre cibercriminosos é falsificar o nome do remetente. Isso é um problema porque muitas caixas de entrada mostram apenas o nome do remetente, no campo “De:”, e em um primeiro olhar não suspeitamos de nada. Verifique o endereço real do remetente e se parecer suspeito, não abra!
2. Preste atenção nos links!
Passe o mouse sobre todos os links no corpo do e-mail. Se o endereço do link parecer estranho, não clique nele. Se você quiser testar o link, abra uma nova janela e digite o endereço do site diretamente. Links suspeitos são um forte indício de um ataque de phishing.
3. Procure por erros ortográficos
As empresas normalmente usam o e-mail como forma de comunicação e, por isso, prestam muita atenção nas mensagens enviadas aos clientes. Mensagens legítimas geralmente não contém grandes erros de ortografia ou gramática. Leia seus e-mails cuidadosamente.
4. Analise como a mensagem se dirige a você
Se o e-mail se direciona a você de forma vaga, como “prezado cliente”, fique atento! As empresas costumam usar uma saudação pessoal com seu nome e sobrenome.
5. O e-mail pede informações pessoais?
Outro indício que o e-mail é, de fato, malicioso. Empresas legítimas e bancos não pedem, sob hipótese alguma, informações pessoais através de e-mails. Portanto, não as forneça!
6. Desconfie de e-mails com urgência ou tom de ameaça no assunto
Provocar uma sensação de urgência ou medo é uma tática de phishing comum. Tenha cuidado com os e-mails que alegam que sua “conta foi suspensa” ou sua conta teve uma “tentativa de login não autorizada”.
7. A assinatura pode dizer muito sobre a intenção do e-mail
A falta de detalhes sobre o remetente ou como você pode entrar em contato com a empresa diz muito sobre a intenção do e-mail. Empresas legítimas sempre fornecem detalhes de contato.
8. O e-mail possui anexos não solicitados?
Essa é uma das táticas mais comuns de phishing, e pode indicar o ataque. Os anexos maliciosos contêm o malware que vai dar acesso ao hacker e é um dos principais vetores de outros ciberataques. Por isso, não clique em nenhum anexo que você não estava esperando.
9. E, por fim, não acredite em tudo que você vê
Só porque um e-mail tem uma logo convincente, linguagem e um endereço de e-mail aparentemente válido, não significa que é legítimo. Seja bem crítico quando se trata dos seus e-mails. Se ele parecer minimamente suspeito, não abra!
Conclusão
Os hackers estão com motivações cada vez mais fortes. Se antes eles queriam apenas invadir sistemas, hoje eles atacam o elemento humano, usando ataques de phishing para atingir indivíduos e ganhar acesso a redes ou sistemas pessoais.
Segundo uma empresa de pesquisa com sede nos Estados Unidos, o custo do cibercrime deve chegar a US$ 6 trilhões por ano até 2021– o dobro do valor registrado em 2015, de US$ 3 trilhões. As informações fazem parte do 2016 Cybercrime Report, estudo divulgado pela Cybersecurity Ventures.
De acordo com o mesmo estudo, 90% dos executivos dizem que não estão preparados para lidar com um ciberataque de grandes proporções. Em 2016, o grupo de hackers AnonSec invadiu vários servidores de diferentes redes da NASA, através de um único computador infectado por phishing. Foram mais de 270GB de dados roubados, inclusive informações sigilosas da agência.
Fica claro que precisamos estar preparados em como identificar e-mails de phishing e, por isso, incluir essas pequenas dicas no seu dia-a-dia pode fazer uma grande diferença.
Edison Veiga - De Bled (Eslovênia) para a BBC News Brasil
5 JUN2019
10h50
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Entre 2% e 5% de todo o plástico produzido no mundo acaba despejado nos oceanos, em forma de resíduo. Ali, esse material vai se degradando lentamente, se deteriorando - e se transforma no chamado microplástico, pequenas partículas que podem ser microscópicas ou chegar até 5 milímetros de comprimento.
Cientistas calculam que, por ano, ingerimos mais de 70 mil partículas de microplásticos
Foto: 5Gyres/Oregon State University / BBC News Brasil
Os mares estão cheio disso, em um processo que começou nos anos 1950, quando a indústria mundial passou a produzir mais maciçamente esses materiais.
Mas esse lixo todo não para no mar. Essas pequenas partículas acabam ingeridas por animais marinhos e, assim, entrando na cadeia alimentar. No fim da linha, nós, humanos, acabamos comendo plástico.
Resíduos do material também podem acabar entrando em nosso organismo quando consumimos produtos embalados em plástico, seja um invólucro que envolve a carne processada, seja a água tomada na garrafinha.
Mas quanto de plástico realmente estamos ingerindo?
Para responder a essa pergunta, um grupo de cientistas do Departamento de Biologia da Universidade de Victoria, no Canadá, resolveu fazer um levantamento inédito. Liderados pelo pesquisador Kieran Cox, eles revisaram e compilaram 26 estudos anteriores que analisaram as quantidades de partículas de microplásticos em peixes, moluscos, açúcares, sais, álcoois, água - de torneira e engarrafada - e no próprio ar.
Então, usando como base as Diretrizes Alimentares - guia com a recomendação do governo americano -, os cientistas avaliaram quanto desses alimentos costuma ser ingerido por homens, mulheres e crianças por ano.
Partículas podem ser microscópicas
Foto: Monique Raap/University of Victoria / BBC News Brasil
O resultado foi que a ingestão de microplásticos varia de 74 mil a 121 mil partículas por ano, conforme idade e sexo.
E se você é daqueles que só bebe água de garrafinha, um alerta: a pesquisa constatou que quem prefere água assim em vez da de torneira pode estar ingerindo microplásticos a mais.
"Indivíduos que cumprem sua ingestão de água recomendada apenas por meio de fontes engarrafadas podem estar ingerindo mais 90 mil microplásticos anualmente, em comparação com 4 mil microplásticos para quem consome apenas água da torneira", pontua Cox, em artigo publicado nesta quarta-feira no periódico científico Environmental Science & Technology.
Segundo o estudo, crianças do sexo feminino ingerem 74 mil partículas em média, contra 81 mil de crianças do sexo masculino. No caso dos adultos, mulheres ingerem uma média de 98 mil microplásticos enquanto os homens, 121 mil.
Nas fezes
É muito difícil quantificar em termos de volume ou mesmo tamanho toda essa quantidade de microplásticos. Isso porque as partículas podem ser microscópicas - mas, por conceito, um fragmento de até 5 milímetros de comprimento ainda pode ser chamado de microplástico.
Se considerarmos o limite extremo dessa escala, ingerir 121 mil partículas de microplásticos - na hipótese de isso ser feito de uma só vez - seria o equivalente a engolir uma fita plástica de 605 metros.
No ano passado, uma pesquisa encontrou microplásticos em sal de cozinha. O trabalho, realizado por cientistas sul-coreanos em parceria com a ONG Greenpeace, encontrou o material em 36 de 39 marcas analisadas.
Também no ano passado, outra pesquisa demonstrou pela primeira vez o que já se suspeitava: que nós, seres humanos, estamos ingerindo microplásticos. O estudo, desenvolvido pelo médico Philipp Schwabl, da Divisão de Gastroenterologia e Hepatologia da Universidade de Medicina de Viena, na Áustria, encontrou partículas de microplásticos em fezes humanas colhidas em oito países diferentes: Finlândia, Itália, Japão, Holanda, Polônia, Rússia, Reino Unido e Áustria.
A reportagem da BBC News Brasil pediu para que Schwabl analisasse os dados do estudo divulgado nesta quarta. Considerando que o seu próprio estudo encontrou uma média de 20 partículas de microplásticos em cada 10 gramas de fezes humanas, ele afirma que é bem pertinente que a ingestão anual desse material seja superior a 70 mil partículas.
Efeitos sobre o corpo humano
Ainda pouco se sabe sobre quais os efeitos que os microplásticos podem vir a ter no corpo humano. O estudo publicado nesta quarta-feira, por exemplo, não entra nessa seara.
O médico Schwabl também prefere afirmar que qualquer afirmação definitiva necessita de mais pesquisas. "Embora existam primeiros estudos em animais mostrando que partículas de microplástico têm potencial de causar danos a organismos, não há conhecimento suficiente sobre o impacto médico de tais partículas quando deglutidas por humanos", diz ele. "Mais estudos são necessários para elucidar esse tópico importante"
Procurado pela BBC News Brasil, o médico toxicologista Anthony Wong, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC-USP), demonstra preocupação com elevado número de micropartículas que o estudo recente demonstra que estamos ingerindo.
"Pode haver consequências mecânicas e patológicas", diz ele.
Partículas se acumulam nos oceanos
Foto: Sea Education Association / BBC News Brasil
Do primeiro aspecto, o médico lembra que substâncias plásticas podem eventualmente se aglutinar dentro do organismo e, com o tempo, "se tornarem uma obstrução para o esvaziamento estomacal". "Isso realmente ocorre e já foi verificado em peixes e outros animais marinhos. São obstruções mecânicas que podem ocorrer no estômago, no intestino delgado e na válvula ileocecal", afirma.
Wong também explica que há um risco para a mucosa do estômago. "Ela é feita de vilosidades. Essas substâncias plásticas podem entrar e então provocar inflamação ou mesmo obstrução, impedindo a absorção dos alimentos", completa.
Um outro risco, pontua o médico, é que os microplásticos sofram degradação pelas enzimas digestivas. "E, assim, liberem no organismo substâncias tóxicas presentes nos plásticos", explica.
Os diferentes tipos de plástico, conforme lembra o especialista, trazem componentes que podem ser nocivos. "Evidentemente que alguns causam doenças, outros causam tumores", afirma Wong. "As partículas são pequenas, mas o acúmulo ao longo do tempo pode causar problemas."
Para exemplificar o risco, o médico lembra que a substância bisfenol A, composto utilizado na fabricação de plásticos de policarbonato (chamado de PC), pode promover tumores e alterar funções hormonais - alterando funções de hormônios sexuais.
"O PVC é outro: pode liberar substâncias cancerígenas", alerta. "Há estudos que diversas composições plásticas podem ser indutoras de tumores."
No estudo divulgado pelo médico Philipp Schwabl em 2018, foram encontrados nas fezes humanas nove tipos diferentes de partículas plásticas: PP, PET, PU, PVC, PA, PC, POM, PE e PS.
No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho, o Projeto No Clima da Caatinga (NCC), realizado pela Associação Caatinga, ressalta a importância das restaurações florestais no sertão do semiárido nordestino.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional. Ainda com base no MMA, o bioma, que é rico em biodiversidade, abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região e apesar da sua importância, tem sido desmatado de forma acelerada, o desmatamento já chega a 46% da área do bioma.
Com ações de restauração florestal, proteção de áreas e criação de unidades de conversação, que são de extrema importância para diminuir o processo de desmatamento em algumas regiões do semiárido, o projeto No Clima da Caatinga, realizou um diagnóstico participativo de cinco microbacias hidrográficas afluentes do rio Poti no entorno da Reserva Natural Serra das Almas, em Crateús (CE), abrangendo 20 comunidades. Em oito anos de projeto foram restaurados 61,9 hectares que são monitorados até hoje.
Apesar da atuação local, os benefícios vão além, manter a floresta em pé tem um papel essencial no ciclo da água e na regulação climática, desta forma, as ações reduzem o assoreamento dos riachos, rios e reservatórios aumentando a proteção do solo, a drenagem das áreas, além de evitar o processo de erosão.
Para Gilson Miranda, Coordenador de Conservação da Associação Caatinga, a restauração florestal também contribui para a manutenção do ecossistema. "A restauração é importante porque regulam o clima, além de contribuir para o ciclo da água, protegendo a biodiversidade local, reestabelecendo as funções ecológicas com retorno das espécies e aumentando os corredores ecológicos", destacou.
As ações do projeto No Clima da Caatinga atende a preocupação da ONU que declarou a próxima década (2021 e 2030) como a de restauração de ecossistemas degradados e destruídos como uma medida comprovada para combater a crise climática e melhorar a segurança alimentar, o fornecimento de água e a biodiversidade.