ASPECTOS CONJUNTURAIS. São aspectos ocasionais. Podemos citar: desastres
ou catástrofes naturais (secas severas, inundações severas, tufões, furacões,
tsunamis, terremotos, etc.). Tais fatores demandam a ajuda do Estado para
socorrer a população atingida pelos mesmos. É a indomável Natureza inflando a
dívida pública que, a cada ocorrência daquela, tende a fazer crescer esta.
(Podemos citar ainda, por exemplo, a corrupção).
ASPECTOS ESTRUTURAIS. São os mais importantes, pois estão ligados a
fatores co-irmãos de fatores econômicos, sendo o mais relevante deles o
descontrole da natalidade ou superpopulação que, por sua vez, gera a
concentração de renda no sistema capitalista de produção. Fruto dessa
concentração, produção e consumo se afastam, negando-se, divorciando-se. Então, para contornar o problema, os “sábios”
políticos/empresários/economistas lançam mão de duas ferramentas principais: a
guerra e a robotização ou maquinificação ou tecnificação ou elevação da
composição orgânica do capital (sem se preocupar com a desconcentração da
renda, a fim de mitigar o problema). A guerra, além do alto custo, tem a função
de destruir para gerar uma demanda que está contida ou represada pela
concentração da renda mundial. E, por outro lado, como já sabemos, a guerra
também gera o problema da ocorrência de crises de desproporção – como a
ocorrida nos anos 30, que redundou na Grande Depressão. Por sua vez, a elevação
da composição orgânica do capital (robotização/maquinificação) e a consequente
complexificação da produção tendem a materializar o distanciamento progressivo
entre produção e consumo. É o caso de produtos cada vez mais caros e considerável
parte da população cada vez mais pobre (em função da superpopulação e da
substituição líquida de homens por máquinas... substituição esta que redunda em
perda líquida de consumo agregado...
e, em última análise, resulta na descoberta marxista da “Lei da Tendência
Decrescente da Taxa de Lucro”... a qual, por sua vez, arrebenta nas mãos do
Estado, o qual fica cada vez mais falido). Assim, o subconsumo é o fantasma
decorrente dos dois fatores que acabamos de citar, os quais se respingam no
desemprego (populacional e tecnológico). Aqui, nota-se como o homem se afasta
de Deus, o inventor do método dialético ou da dependência entre opostos, e se
narcisiza ou se independentiza. Aqui, o capital quer crescer tanto a ponto de
atingir os céus e se divinizar, se purificar, se bastar a si mesmo, se
absolutizar. Aqui, os polos opostos, que deviam se amar, parecem odiar-se. Aqui
está o princípio do fim, da agonia futura do capitalismo, da maior Grande
Depressão de todos os tempos que está por vir (pois não haverá Estado solvente
para acudir o mercado tresloucado ou irracional, haja vista que a dívida
pública global já atingiu a estratosférica ordem de 325% do PIB mundial em
2016). Uma outra fonte estrutural do endividamento público é o AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA da população do mundo, principalmente em função de avanços na medicina. Assim, o avanço da medicina para ampliar os anos de vida das pessoas significa uma maior complexidade de tal medicina, complexidade esta que tem implicação em maiores custos para o Estado - de forma que combater a degeneração humana em fases mais avançadas da vida torna-se muito mais oneroso para a sociedade e seu mantenedor, o Estado. Nessa mesma linha, contribui para aumentar a dívida pública a solução de conflitos.Concluindo: Ou o homem aprende a controlar a sua natalidade e se torna menos violento ou só nos resta esperar o pior. Quem viver, verá!
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