quinta-feira, 30 de agosto de 2018

O liberalismo escravocrata de João Amoêdo

 Justificando,Yahoo Notícias 15 horas atrás 

Mudanças climáticas ameaçam valor nutricional de alimentos

CIÊNCia

Aumento dos níveis de CO2 na atmosfera alteram composição de alimentos como arroz e trigo e deixam milhões de pessoas suscetíveis à desnutrição, aponta novo estudo. Mais pobres devem ser os mais afetados.
    
Plantação de arroz
Mais de 3 bilhões de pessoas em todo o mundo dependem de culturas básicas como o arroz
Centenas de milhões de pessoas podem vir a desenvolver deficiências nutricionais devido ao aumento dos níveis de CO2 na atmosfera, aponta um estudo publicado nesta semana pela revista Nature Climate Change.
Pesquisadores da Escola de Saúde Pública T.H. Chan, de Harvard, estimam que, a menos que as emissões de carbono sejam drasticamente reduzidas nas próximas décadas, 175 milhões de pessoas podem adquirir deficiência de zinco e 122 milhões de proteína até 2050.
Além disso, 1,4 bilhão de mulheres em idade fértil e crianças menores de cinco anos podem perder 4% de sua ingestão de ferro, o que eleva o risco de anemia.
O estudo soma-se a um crescente número de artigos que mostram que mudanças ambientais, como a escassez de água e o aumento de temperaturas e de níveis de dióxido de carbono, estão afetando a qualidade nutricional e a produção de legumes, verduras e arroz.
Pesquisas mostraram que as concentrações de proteína, ferro e zinco são significativamente mais baixas em culturas mantidas em ambientes onde os níveis de CO2 são maiores que os de culturas cultivadas sob as condições atmosféricas atuais. Cientistas do clima preveem que, se não restringirmos nossas emissões, a concentração de CO2 pode mais que dobrar até 2100.
Com base em um banco de dados GENuS (Global Expanded Nutrient Supply), que estima o impacto de uma menor ingestão de nutrientes na saúde de habitantes de 151 países diferentes, os autores do estudo divulgado nesta semana examinaram quais regiões do mundo sofrerão o impacto da perda de nutrientes em culturas básicas, como arroz, trigo e batatas.
Os mais prejudicados, assim como na maioria dos aspectos das mudanças climáticas, são os países de baixa renda, diz Samuel Myers, coautor do estudo e diretor da Planetary Health Alliance, em Harvard.
"A descoberta é mais importante para quem está próximo de um limiar de deficiência nutricional e conta com tais culturas alimentares para obter uma parte significativa de um nutriente específico de sua dieta", afirma Myers.
Culturas como arroz e trigo são a principal fonte de alimento para mais de 3 bilhões de pessoas em todo o mundo. Muitos que não têm condições de pagar por uma dieta diversificada dependem desses grãos básicos para a maioria de suas calorias.
São essas pessoas, com "baixa diversidade alimentar" e "pouca comida de origem animal" – muitas vezes ricas em zinco, ferro e proteína – que sofrerão mais com o declínio da nutrição das safras, completa Myers.
O país que deverá arcar com o maior fardo é a Índia, que, segundo os pesquisadores, terá um adicional de 50 milhões de pessoas com deficiência de zinco; 38 milhões, de proteínas, e 502 milhões de mulheres e crianças vulneráveis a doenças associadas à deficiência de ferro até meados do século.
CO2 e crescimento das plantas
O dióxido de carbono é essencial para o crescimento das plantas, mas, em excesso, pode ser problemático. Embora a ciência por trás da fisiologia vegetal seja "complexa", segundo Myers, acredita-se que concentrações mais altas de dióxido de carbono possam fazer com que grãos como trigo e arroz produzam mais carboidratos, como amidos e glicose, à custa de nutrientes como proteína, zinco e ferro.
"Ainda não entendemos realmente por que isso está acontecendo, mas achamos que é muito mais complicado do que um simples 'efeito de diluição de carboidratos'. O que sabemos é que, em condições de concentrações mais altas de CO2, as safras se tornam menos nutritivas", diz Myers.
Problema em todo o mundo
Atualmente, cerca de 2 bilhões de pessoas já vivem com deficiências nutricionais no mundo todo. Isso, além dos aproximadamente 815 milhões que não têm acesso a alimentos nutritivos o suficiente e das 1,5 milhão de mortes a cada ano ligadas à baixa ingestão de vegetais.
Se nada for feito, uma redução nos nutrientes devido à mudança climática pode intensificar um "problema já grave" de desnutrição, afirma Kristie Ebi, professora de saúde global da Universidade de Washington.
A falta de ferro pode resultar em anemia por deficiência de ferro, o que, segundo Ebi, "pode levar a complicações graves, como insuficiência cardíaca e atrasos no desenvolvimento de crianças". Já a deficiência de zinco pode levar a "uma perda de apetite e do olfato, problemas de cicatrização e danos ao sistema imunológico".
"O zinco também ajuda no crescimento e no desenvolvimento, e é por isso que a ingestão suficiente de alimentos é importante para mulheres grávidas e crianças em fase de crescimento", aponta Ebi.
Segundo cientistas, não é apenas o mundo em desenvolvimento que sofrerá as consequências de uma redução no valor nutricional dos alimentos básicos. Os resultados do estudo divulgado nesta semana trazem implicações alarmantes para a saúde pública e a segurança alimentar em todo o mundo. De acordo com Ebi, as mudanças têm o "potencial de afetar a todos".
Uma dieta diversificada, que inclua carne, grãos, frutas e verduras, geralmente é suficiente para fornecer vitaminas, micronutrientes e proteínas. Mas, como Ebi aponta, "tal dieta pode estar fora do alcance das populações pobres em todos os países".
Decisões diárias, enfatiza Myers, como a forma como aquecemos nossas casas, o que comemos, como nos movimentamos, o que escolhemos comprar, estão, na verdade, tornando nossos alimentos menos nutritivos e tendo um impacto sobre a saúde de outras populações e de gerações futuras.
"Precisamos entender que nossas ações estão colocando as pessoas mais vulneráveis do mundo em perigo", conclui.
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Como o Brasil alimenta a desigualdade


Educação pública de baixa qualidade, sistema tributário injusto e aposentadorias privilegiadas ajudam a formar uma das sociedades mais desiguais do planeta.
    
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Cena do cotidiano: garoto engraxa os sapatos de um homem, que consulta o celular no Rio
A riqueza brasileira é distribuída de forma extremamente desigual. Somados, os seis brasileiros mais ricos têm o mesmo patrimônio que os 100 milhões na base da pirâmide social – e a maior parte destes são pardos ou negros, descendentes de escravos trazidos da África durante os 350 anos de escravidão no Brasil.
Esse processo de desigualdade tem suas origens na escravidão. "Mas é um processo que se alimenta e se reproduz o tempo todo. Então ficar olhando apenas para um passado distante não é muito produtivo", comenta o economista Samuel de Abreu Pessoa, da empresa de consultoria Reliance. 
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O processo de desigualdade começa pelo sistema educacional, que não garante um acesso igualitário à educação. "Nossa desigualdade foi muito agravada pela maneira como tratamos a questão educacional durante a grande transição demográfica brasileira", diz Pessoa. A população brasileira cresceu enormemente entre 1930 e 1980. Ao mesmo tempo, houve um enorme sub-investimento em educação nesse período, afirma.
Segundo ele, o total investido correspondia a apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Hoje são 6%. "O Brasil não gasta pouco com educação pública, mas gasta de forma extremamente ineficiente", comenta Bernard Appy, do Centro de Cidadania Fiscal. Como consequência, a qualidade da educação pública, nos ensinos fundamental e médio, é muito baixa, o que afeta principalmente as camadas mais pobres da população, que não podem pagar pelo ensino privado.
As consequências dessa situação se manifestam também na baixa produtividade do trabalhador brasileiro. Esta, por sua vez, contribui para os baixos salários, observa Pessoa.
Já o Estado pouco faz para mudar essa situação por meio de uma política fiscal mais justa ou elevando os gastos sociais. "O Estado é quase neutro na forma como interfere na desigualdade", constata o economista.
O sistema fiscal também contribui de forma expressiva para a desigualdade brasileira. Enquanto os 10% mais pobres usam cerca de 32% de sua renda para pagar impostos, a carga tributária dos 10% mais ricos é de 21%.
"O sistema tributário brasileiro é fortemente concentrado no consumo", comenta Tathiane dos Santos Piscitelli, da Fundação Getúlio Vargas. Isso naturalmente gera injustiça. As famílias pobres acabam reservando uma parcela muito maior dos seus ganhos para o consumo, o que faz com que elas também paguem, proporcionalmente, muito mais impostos do que os mais ricos, que destinam uma parcela menor dos seus vencimentos ao consumo.
Além disso, o imposto de renda também favorece os mais ricos. "A tributação sobre a renda deveria ser progressiva, mas na verdade é regressiva, pois há isenção total sobre a distribuição de lucros e dividendos da pessoa jurídica para pessoa física", comenta Piscitelli. O imposto para empresas está em 34%, mas muitas delas usam furos na legislação para pagar bem menos. "É um ponto que precisa ser repensado."
Assim como o sistema previdenciário, cujo déficit não para de aumentar. Responsável por essa situação são as aposentadorias do serviço público. "O setor público garante uma aposentadoria absolutamente fora da realidade", comenta Pessoa. Mas tentativas de reforma esbarram na oposição dos funcionários públicos. "O setor público é cooptado pelas corporações. E os servidores públicos fazem o Estado servir a eles, e não ao público."
Hoje o Brasil destina o equivalente a 14% do PIB para pagar aposentadorias. No Japão são apenas 10%, apesar de no país asiático haver, em relação à população, quatro vezes mais aposentados. Como resultado, falta dinheiro para investimentos em infraestrutura, escolas e hospitais. "Tudo isso estimula as pessoas a pagarem menos impostos", diz Pessoa, o que cria um círculo vicioso.
"A crise econômica que começou em 2014 ameaça os avanços registrados nos últimos anos no combate à pobreza. De 2001 a 2014, o Brasil vivenciou uma redução anual na desigualdade, e a renda dos 5% mais pobres cresceu duas vezes mais que a renda média", diz o economista Marcelo Neri, ex-presidente do Ipea. "Nesse período, programas sociais diminuíram a pobreza em dois terços. Mas atualmente a desigualdade vem crescendo fortemente, o que não acontecia desde 1989." Segundo Neri, 7 milhões de brasileiros voltaram para a pobreza desde 2014.
O resultado são 13 milhões de desempregados, 34 milhões de trabalhadores informais e 27 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho. Já os trabalhadores com carteira assinada são apenas 33 milhões. "Precisamos reduzir de forma rápida o nível de informalidade no mercado de trabalho para dar ao trabalhador condições de acesso às garantias mínimas das leis trabalhistas", afirma o ex-presidente do Banco Central Carlos Geraldo Langoni. "Só com um crescimento anual de 3% ou 4% é possível pensar em políticas sociais."
Appy defende uma simplificação do sistema tributário "complexo e ineficiente", bem como cortes nos benefícios fiscais às empresas. "O modelo brasileiro está contaminado por uma quantidade monumental de benefícios fiscais para setores e empresas", comenta. "Isso gera distorções econômicas enormes e problemas políticos." Ele calcula que 10% do PIB são perdidos dessa maneira.
Appy sugere uma reforma radical em favor da redistribuição. "Estamos propondo cruzar os dados de CPF na compra de bens de consumo com os dados do cadastro de programas sociais – e devolver aos pobres, via transferência de renda, uma parcela relevante dos impostos que pagarem no seu consumo. Assim focamos nas pessoas certas." Quatro candidatos presidenciais – Ciro Gomes, Marina Silva, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad – já manifestaram apoio à ideia, afirma.
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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Saiba as diferenças entre gozar e ter um orgasmo (MATÉRIA PARA ADULTOS)

TIRE SUAS DÚVIDAS · 20/08/2018 - 16H14 | ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO EM 20/08/2018 - 16H17


Vamos tirar todas as dúvidas sobre as diferenças entre gozar e ter um orgasmo. Sim! Você pode ter um orgasmo e não gozar —  e vice-versa. Nos dois casos, a mulher sente prazer, mas de formas diferentes. Para conseguir gozar é preciso estimular a região da uretra, que fica muito próxima ao clitóris. São muito parecidos, mas diferentes.
ORGASMO X GOZAR
Gozar se refere à ejaculação feminina, a expulsão de líquido ejaculatório da uretra. Já o orgasmo é caracterizado por intenso prazer físico, controlado pelo sistema nervoso involuntário ou autônomo. Acontece quando existe um estímulo físico, que dispara para o cérebro um gatilho que libera uma explosão de hormônios para seu corpo e que provoca sensações muito prazerosas, seguidas de um relaxamento profundo.
COMO SABER SE GOZOU
Algumas mulheres que gozam durante as relações sexuais afirmam que a sensação é que estão urinando acidentalmente durante o sexo. No entanto, a verdadeira ejaculação feminina é diferente da urina em seu mecanismo físico, pelo qual os fluidos são liberados. Esse tipo de fenômeno geralmente não ocorre na maioria das mulheres.
OS TIPOS DE ORGASMOS
Os dois tipos mais comuns são os orgasmos clitorianos e vaginais. A fisiologia é praticamente a mesma, tanto a vagina quanto o clitóris são áreas repletas de terminações nervosas que, se estimuladas da maneira correta, podem provocar muito prazer e, consequentemente, o orgasmo feminino.
A maioria das mulheres aprende a se estimular e a se masturbar fricção clitoriana, e acabam deixando de lado a estimulação vaginal — feita durante a penetração. Por isso, a maior parte da população feminina tem mais facilidade em alcançar o orgasmo clitoriano, já que o órgão fica um pouco mais exposto, o que facilita a manipulação.

Fonte: Cosmopolitan

6 motivos pelos quais você não deve fingir um orgasmo

NÃO PEGA BEM · 23/08/2018 - 16H28


Vocês já estão há um bom tempo – uma hora? duas horas? três horas? – fazendo malabarismos durante uma relação sexual. Seu parceiro já chegou ao orgasmo e já se recuperou.
Ou, então, nem faz tanto assim que vocês estão “em ação”, mas essa ação está tão desanimada que você gostaria de pôr um fim logo nessa chatice?
Quem sabe, o sexo esteja até prazeroso e seu parceiro esteja se esforçando um monte, mas, por algum motivo, você não consegue relaxar totalmente e não está chegando lá.
Seja qual for o motivo, fingir um orgasmo pode parecer uma boa saída para encerrar uma relação sexual sem graça ou para não decepcionar um parceiro dedicado.
Pode até ser que a mentirinha funcione num primeiro momento, porém, se isso se tornar hábito, você sairá em grande desvantagem – e seu parceiro também. Veja algumas consequências dessa prática:
1. Você está perdendo os benefícios para a saúde
O orgasmo provoca a liberação de vários neurotransmissores ligados ao bem-estar, como a dopamina, as endorfinas e a oxitocina.
Essas substâncias são capazes de melhorar o sono, aliviar dores, diminuir a ansiedade, fortalecer o sistema imunológico e favorecer a concentração. Ao fingir um orgasmo, você deixa de aproveitar todos esses benefícios.
2. Fingir o orgasmo prejudica o sexo de todo mundo
Ainda mais se você decidir fingir porque o parceiro é ruim de cama! Como você deve saber, muitos homens “aprendem” o funcionamento do corpo feminino por meio dos vídeos pornográficos – ou seja, penetração interminável e dois segundos de estimulação do clitóris.
Fingir um orgasmo porque o parceiro está mandando muito mal acaba reforçando essa ideia. Se ele for seu parceiro fixo, você vai sofrer com um sexo ruim. Se for um parceiro casual, outras mulheres terão o mesmo problema. Ou seja, frustração generalizada!
3. Seu parceiro vai continuar fazendo errado
Quando alcançamos o orgasmo verdadeiro, estamos sinalizando ao parceiro quais tipos de estimulação realmente nos dão prazer. Parceiros que estão conectados conseguem captar esses sinais e compreender cada vez mais o corpo um do outro.
Porém, ao fingir um orgasmo, seu parceiro vai captar a mensagem errada e vai continuar repetindo ações que não resultam em prazer de verdade para você. Afinal, ele acha que aquilo funciona!
4. Fingir é desonesto
Se for uma relação de apenas uma noite, a gente até entende. Porém, caso você esteja fingindo o orgasmo com seu parceiro fixo, com quem você tem uma relação afetiva, essa pode ser uma atitude desonesta.
Pense se fosse ao contrário: o parceiro até pode ter a melhor das intenções e fingir um orgasmo para não te magoar, mas você provavelmente se sentiria enganada se descobrisse depois de meses (ou anos!) que todas aquelas reações de prazer eram falsas.
5. O sexo vira obrigação
Biologicamente falando, o orgasmo é um mecanismo que nos motiva a querer fazer sexo novamente. Quando o fato de não alcançar o orgasmo se torna uma rotina, o sexo se torna frustrante e você acaba perdendo o interesse – ou seja, vira obrigação.
Quando você tem orgasmos com o parceiro, isso significa que você estava relaxada, sexualmente presente e conectada com ele. Sem o orgasmo, você não tem nada disso.
6. Você esquece o seu próprio prazer
Quando você finge um orgasmo, você está se convencendo de que seu prazer não é tão importante. Pois saiba que ele é sim! Não pense que você “está demorando demais” (cada pessoa tem seu tempo) e que é melhor deixar pra lá.
Ao fingir um orgasmo, você tira de si mesma a possibilidade de sentir prazer e priva seu parceiro da oportunidade de dar prazer a você. Vocês podem acabar perdendo a intimidade e o vínculo que os orgasmos criam entre o casal.
É claro que o orgasmo não deve ser uma obrigação em toda relação sexual, mas simplesmente desistir de sentir prazer apenas para agradar ao parceiro não fará bem a você nem ao relacionamento. Portanto, chega de fingir!

Fonte: Dicas de mulher